sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Voadora: PeriFeria

A companhia de teatro Voadora, depois da estrear a sua primeira obra, Periferia em Tondela (Portugal), apresenta-se agora em Santiago de Compostela.

Autores e intérpretes de ambas as margens do Rio Minho protagonizam esta expêriencia, criada com o apoio do Centro Dramático Galego e da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT).

PeriFeria é classificada como "uma obra inovadora" que nasce do diálogo entre os escritores Marta Freitas, Manolo Cortés e Carlos Santiago, o elenco de actores formado por Marta Pazos e Hugo Torres, o produtor, José Díaz e o técnico, Alfonso Castro, que mostram no palco a "periferia" do teatro, o seu trabalho por trás das cortinas.

PeriFeria é a primeira parte da trilogia "Poética de Lugares Comuns" -Fracasso, Esquecimento e Paraíso. É também o nascimento de Voadora como companhia.

A montagem propõe uma reflexão sobre o fracaso, utilizando como pretexto dramático a festa. Uma festa com as suas duas caras, que se ocultan e subrepõem continuamente num jogo divertido para uns e perverso para outros. Não há alegria sem perigo de dor e na mesma festa onde uns se descobrem e se amam, outros separam-se e sofrem.

O Fracasso festejado em PeriFeria faz com que os personagens se comparem com os grandes fracassados da história e se riam dos mitos.

Autoria: Marta Freitas, Carlos Santiago, Manuel Cortés e Voadora
Encenação: Montse Triola
Elenco: Marta Pazos, Hugo Torres, José Díaz e Afonso Castro
Espaço cénico: Marta Pazos
Desenho de luz: Afonso Castro
Música original: Hugo Torres e Jose Díaz

1 de Março de 2008/// 20:30

2 de marzo de 2008/// 18:00

Salón Teatro
Rúa Nova, 34. 15704
Santiago de Compostela


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Variações à beira de um lago


Texto de David Mamet com encenação de Carlos Pimenta, VARIAÇÕES À BEIRA DE UM LAGO é a nova produção da COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA, com estreia marcada para 28 de Fevereiro, na Sala Experimental do Teatro Municipal de Almada.

Dois homens encontram-se à beira de um lago. Falam sobre patos. No entanto, nenhum deles sabe grande coisa acerca de patos. Usam as palavras como máscara dos conceitos, revelando-se, contudo, nas teias de uma ambígua (mas fascinante) comunicação.Especulando sobre os hábitos dos patos, a conversa deriva para temas como a amizade, a condição humana, o medo da solidão e a morte. Na divagação metafísica que entre si estabelecem, emergem o Mundo e a experiência de vida de ambos.Esta pequena peça revela, nos seus brilhantes diálogos, toda a capacidade de Mamet na exposição da ironia, do non sense e das pequenas tragédias íntimas de cada ser humano. Trata-se de uma comédia simples na qual dois homens se encontram com o seu reflexo na superfície tranquila das águas de um lago: catorze variações, como uma composição musical, num estudo para dois actores. Com Beckett e Albee por perto.


David Mamet nasceu em Chicago em 1947. No início da sua carreira foi actor e encenador. Enquanto escritor obtém os seus primeiros sucessos com Variações à beira de um lago (de 1976), Sexual perversity in Chicago e American Buffalo. De entre os inúmeros prémios recebidos pelo seu trabalho enquanto argumentista, novelista, poeta e ensaísta destacam-se: o Society of West End Theatre Award (1983), o Pulitzer Prize (1984), o Dramatists Guild Hall-Warriner Award (1984) e o American Academy Award (Óscar), em 1986. Mamet escreveu, até à data, vinte e duas peças de teatro, catorze argumentos para cinema, seis ensaios, duas novelas e um livro para crianças.



Texto David Mamet
Encenação Carlos Pimenta
Intérpretes André Gomes e João Ricardo
Tradução Carlos Pimenta
Cenário João Mendes Ribeiro
Música original Mário Laginha
Vídeo Alexandre Azinheira


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A mirada de Pier




A mirada de Pier depois da estreia em Dezembro de 2007 na Sala Nasa, em Santiago de Compostela e da apresentação em Janeiro de 2008, no Centro Cultural Torrente Ballester de Ferrol, continua a digressão durante o primeiro semestre de 2008 em Ourense e Pontevedra e voltou agora à Sala Nasa, onde se apresenta desde o dia 22 de Fevereiro até ao dia 29.

Em Março estará no Teatro Ensalle de Vigo, nos dias 7, 8, 9, 14, 15 e 16. No dia 28 de Marzo a apresentação será no Auditorio Municipal de Ourense.

"A partir de histórias de desejo que nos chegam através do cinema, da arte e da literatura, extraímos os conflitos que gera o desejo, despersonalizando-os e universalizando-os, criando uma história de ficção credível e real empregando esses clichés e estereótipos a favor do trabalho e como parte da ficção".

A mirada de Pier é o terceiro espectáculo de Nut Teatro. A companhia estará na cidade do Porto integrando a programação oficial do FITEI 2008 para apresentar dois espectáculos: 4.48 Psicose de Sarah Kane e Corpos Disidentes, que esteve recentemente no Escena Contemporanea de Madrid.

Direcção: Carlos Neira.
Interpretação: Arantza Villar, Iria Sobrado, Nerea Barros e Xiana Carracelas.
Textos (autora residente): Clara Gaio.
Espaço cénico : Nut Teatro.
Guarda-roupa: Fanni Bell e María Illobre.
Iluminação: Octavio Mas.
Música original: Carlos Barruso.
Desenho Gráfico : Mauro Trastoy.
Produtor executivo: César Abella.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Roberto Oliván estreia na Corunha


A nova produção do Centro Coreográfico Galego KIOSCO DAS ALMAS PERDIDAS, de Roberto Oliván estreia na Corunha.


KIOSCO DAS ALMAS PERDIDAS é uma peça que combina diferentes disciplinas artísticas, fundidas pelo movimento coreográfico, produto da residência do coreógrafo Roberto Oliván na Galiza durante três meses. Roberto Oliván regresa ao seu país despois duma larga estadia em Bruxelas, onde desenvolve o seu traballo artístico como intérprete e criador ao lado de grandes profissionais da dança contemporânea como Anne Teresa de Keersmaeker, Josse De Pauw, Trisha Brown ou Robert Wilson.


O espectáculo é uma co-produção com Laboral Escena.

Direcção: Roberto Oliván


Equipa artística: Ana Beatriz Pérez Enríquez, Álvaro Esteban López, Anna Calsina Forrellad, Jordi Vilaseca Lorite, Hannah Shakti, Kirenia Fernández, Gabriella Máthé, Nuria Sotelo, Lenka Bartunkova, Henrique Peón e Natxo Montero.

Estreia: Corunha, 29 de Fevereiro de 2008, no Teatro Rosalía


domingo, 24 de fevereiro de 2008

Teatro de Marionetas do Porto comemora 20 anos de actividade


Em 2008 o Teatro de Marionetas do Porto comemora 20 anos de actividade e propõe um vasto olhar sobre o seu passado, apresentando ao público da cidade do Porto uma retrospectiva de 16 produções “que consideram marcantes no percurso da companhia”.


Desde o Teatro Dom Roberto, que será apresentado na Festa de Serralves, até à nova produção Boca de Cena Teatro Jantar, que poderá ser revisto em Outubro e Novembro, “vai o percurso de um colectivo artístico e um tempo de natural maturação estética do seu projecto”.


Os espectáculos serão apresentados em diversas salas da cidade e para públicos de todas as idades – 8 espectáculos para público adulto e outros tantos para a infância.

O Teatro de Marionetas do Porto foi fundado em 1988 por 4 elementos que vinham desenvolvendo trabalho no teatro, com particular incidência no teatro de marionetas e no teatro para a infância e juventude: João Paulo Seara Cardoso, Mário Moutinho, Carlos Magalhães e Ana Queiroz.


Desde a sua formação, o Teatro de Marionetas do Porto produziu e apresentou 32 espectáculos: Teatro Dom Roberto, Contos D’Aldeia, Entre a Vida e a Morte, Vida de Esopo, Miséria, Vai no Batalha, 3ª Estação, Máquina-Hamlet (estes dois em co-produção com o Balleteatro Companhia), O Soldadinho, Joanica-Puff, IP5, Alice no País das Maravilhas, Exit, Máquina-Homem (Clone-Fighters), integrado na Peregrinação EXPO 98, O Aprendiz de Feiticeiro, Nada ou o Silêncio de Beckett, Clones na Ponte, performance radical comemorativa dos dez anos de actividade, Óscar, Os 3 Porquinhos, Macbeth, Paisagem Azul Com Automóveis, Polegarzinho, O Princípio do Prazer, História da Praia Grande, O Mundo de Alex, A Côr do Céu, Os Encantos de Medeia, Como um Carrossel à Volta do Sol, O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim, Bichos do Bosque, Cabaret Molotov e Boca de Cena Teatro Jantar.


“Todas estas produções representam experiências extremamente diversas ao nível da contemporaneidade do Teatro de Marionetas, procurando encontrar novas formas de concepção e manipulação de marionetas e novos caminhos no que diz respeito à interpretação e ao relacionamento com outras áreas de criação, como a dança, as artes plásticas e a música.”


Noutra vertente do seu trabalho, a companhia tem-se dedicado ao estudo e recuperação de antigas formas de teatro tradicional, das quais se destaca o Teatro Dom Roberto, que efectuou já mais de mil representações.


Para a Radiotelevisão Portuguesa os elementos da companhia criaram e dirigiram 4 séries de programas para a infância.


Presentemente, o grupo divide a sua actividade entre a programação do Teatro de Belomonte, espaço fixo da companhia situado no Centro Histórico do Porto, e uma intensa actividade de itinerância em Portugal e no estrangeiro (Espanha, França, Irlanda, Bélgica, Suíça, Itália, Israel, Brasil, Polónia, Cabo Verde, Inglaterra, República Checa, Alemanha, Áustria e Marrocos).


A retrospectiva que a companhia apresenta durante o ano inclui Boca de Cena Teatro Jantar, Óscar, Polegarzinho, Os 3 Porquinhos, Capuchinho Vermelho, História da Praia Grande, A Cor do Céu, Miséria, Teatro Dom Roberto, Como um Carrossel à Volta do Sol, Bichos do Bosque, Macbeth, Nada ou o Silêncio de Becket, Os Encantos de Medeia, Cabaret Molotov e Juanica Puff.

Atenção que os espectáculos Os 3 Porquinhos e Capuchinho Vermelho são realmente para adultos.


Não é possível ter tudo, mas ficam de fora espectáculos que são também referências da companhia, como Exit e Vida de Esopo, para não falar do seu grande êxito Vai no Batalha.

O programa completo da retrospectiva pode ser consultado em
http://www.marionetasdoporto.pt/Paginas/calend.html

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Editada em português peça de Pablo Neruda


A editora Campo das Letras, na sua colecção Campo do Teatro, acaba de lançar "Fulgor e Morte de Joaquín Murieta", de Pablo Neruda, com tradução e prefácio de José Viale Moutinho."Fulgor e Morte de Joaquín Murieta", a primeira e única peça de teatro escrita por Pablo Neruda, narra a vida de Joaquín Murieta, um emigrante (chileno, segundo o autor) que chega à Califórnia em 1850 em busca de fortuna, durante a Febre do Ouro.

Em vez de oportunidades, Murieta encontra racismo e discriminação: primeiro, com a aprovação de uma acta que obrigava os mineiros latino-americanos que trabalhavam nas minas californianas a pagar um pesado imposto; depois, com a violação e assassinato de sua mulher, Teresa.

Impossibilitado de ganhar a vida legalmente, Murieta junta-se a um bando, Los cinco Joaquines, responsável pela maioria dos assaltos e assassinatos em Mother Lode, na Sierra Nevada.
Morto a 25 de Julho de 1853 por um grupo de rangers, Joaquín Murieta tornou-se uma figura lendária, eternizada como exemplo de rebeldia perante a injustiça.

Esta peça foi estreada pela companhia do Instituto de Teatro da Universidade do Chile a 14 de Outubro de 1967. Victor Jara interpretou as cantigas de Sérgio Ortega e Neruda.

Em Portugal a peça foi encenada por Roberto Merino, que solicitou a tradução a José Viale Moutinho. Foi levada à cena a 4 de Maio de 2007, na abertura da 26.ª edição do "Fazer a Festa – Festival Internacional de Teatro", numa co-produção do Teatro Art’Imagem e Teatro Nacional de São João.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Festival alternativo das artes cénicas. O ALT.o8


Entre 22 de Fevereiro até 8 de Março, na cidade galega de Vigo vai acontecer o Festival alternativo das artes cénicas ALT.08.


Pelo evento passarão companhias emergentes e outras mais consolidadas numa amálgama de estilos e formas de expressão distintas para que as linhas se cruzem.

Mateo Feijo apresentará a sua nova instalação produzida pelo ALT., na Casa das Artes. Estarão também presentes Mercedes Boronat, reconhecida coreógrafa, Mercé de Rande galega que regressa da Suiça para instalar-se na sua terra agora que as portas se abrem a novos criadores e Estela LLoves que apresentará ao longo de doze dias às 12h00 uma peça de doze minutos no especial 12x12.


Teatro Shakesperiano na leitura do português João Garcia Miguel, assim como a originalidade de companhias coma El Zurdo ou El Pont Flotant, são também destaques da organização.


Como é habitual, a celebração do dia mundial da mulher trabalhadora, no dia 8 de Março contará com a programação Maratón Woman com actividades e actuações ao longo de todo o dia.


Mais informações:
http://www.festivalt.org/




terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Candidaturas para Castilla y Léon


Abriu o prazo de candidatura para participação na décima primeira FERIA DE TEATRO DE CASTILLA Y LEÓN, para todas as companhias profissionais de artes cénicas que tenham interesse em mostrar as suas últimas criações nos cenários da histórica e fronteiriça Ciudad Rodrigo.

Ponto de encontro cultural que se consolidou ao longo de dez edições como local privilegiado para quem quiser mostrar, oferecer, contratar, observar, aprender, intercambiar, julgar, celebrar e ver manifestações cénicas muito diversificadas.

A FERIA DE TEATRO DE CASTILLA Y LEÓN-CIUDAD RODRIGO REALIZA-SE ENTRE 26 E 30 DE AGOSTO.

Inscrições de companhias até de 18 de ABRIL de 2008.

Mais informações em:

http://www.feriadeteatro.com/feria11/index.htm

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Os Encontros ALCULTUR Guimarães 2008


A quarta edição dos Encontros ALCULTUR terá lugar, entre os dias 20 e 23 de Fevereiro de 2008, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, cidade ALCULTUR desde a primeira hora, e que se destaca por ser Cidade Património Cultural da Humanidade e por ter sido escolhida para Capital Europeia da Cultura em 2012.

Os Encontros ALCULTUR são um espaço e um tempo para encontros (e desencontros) de diferentes pessoas, projectos e organizações da (e de) cultura, potenciador de reflexão e debate, de investigação, aprendizagens e conhecimento, de inovação e criatividade, de novas ideias e projectos, de partilha de experiências e boas práticas, e de implementação de novas redes de cooperação.

Constituem uma plataforma de contactos e relações formais e informais e materializam-se dando expressão à emergência das especificidades, das diversidades e das diferenças que caracterizam os múltiplos actores que, assumindo a cidadania, intervêm na cultura e na educação contribuindo para o desenvolvimento das pessoas e das comunidades.

Os Encontros articulam e fazem convergir no mesmo espaço / tempo a reflexão e a intervenção concreta, convocam a investigação, as ciências e os cientistas sociais, mas também a administração pública (central e local), os profissionais, os agentes culturais, as empresas, os actores locais, os criadores e os artistas, e estruturam-se em torno de painéis de debate que assumem diversos formatos de acordo com os temas e os participantes (oradores e audiências).

Os Encontros ALCULTUR Guimarães 2008 têm como tema estruturante “Cultura, Emprego e Economia” e organizam-se em duas sessões plenárias e cinco sessões temáticas, duas conferências e duas reuniões paralelas de âmbito nacional: uma de autarcas com pelouros da cultura e outra de directores de Teatros.

O programa geral pode ser consultado em http://www.alcultur.org/programa.php

Programa cultural: http://www.alcultur.org/programaCult.php

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Adúlteros Desorientados



A verdade é que agora mesmo se estão a cometer no mundo milhões de adultérios nos lugares mais convencionais que se possa imaginar, mas também nos mais estranhos. Há adúlteros da tarde e da manhã e da noite e da madrugada, do fim de semana e dos dias úteis. Há adúlteros de apartamentos com cheiro a cebola, de hotéis de terceira, de sótãos, de automóveis, de salinhas de fotocopiadoras e de palácios. Os adúlteros fornicam, conversam, discutem ou choram no interior de um compartimento estanque em que a única coisa que chega da realidade exterior é o oxigénio.
Juan José Millás in “Cuentos de Adúlteros Desorientados”

O VisõesÚteis começou o ano com esta estreia absoluta: Adúlteros Desorientados, a partir de Juan José Millás.

Estreado a 15 de Janeiro no Espaço Serv’artes no Porto, onde ficará em cena até 25 de Março, sempre à terça-feira, sempre às 22h, já esteve em Aveiro e em Vila Real.

Adúlteros Desorientados é um monólogo divertido para um público descontraído mas exigente, concebido para possibilitar a relação directa entre criadores e público.

Adúlteros Desorientados
a partir de Juan José Millásuma
criação do Visões Úteis



Ficha artística

Texto: Juan José Millás
Dramaturgia e direcção: Ana Vitorino, Carlos Costa e Catarina Martins
Banda sonora original: João Martins
Interpretação: Pedro Carreira

Sinopse

Um adúltero tenta encontrar justificação para a sua vida dúplice no relato de inúmeros adultérios reais, possíveis e imaginários. Com um humor desconcertante, viaja pelo estado de confusão em que estão submersos os adúlteros, permanentemente obrigados a uma vigilância constante para que a sua opção de vida não se torne transparente aos olhos dos outros. Sempre encarando o adultério como algo a que não se pode escapar… enfim uma vocação, ou até uma metáfora da própria vida.

Porto: todas as terças-feiras de 15 de Janeiro a 25 de Março às 22h

Espaço Serv’artes - Rua da Constituição, 2105

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cursos de teatro do Galpão Cine Horto


O Galpão Cine Horto, de Belo Horizonte, através do Núcleo Pedagógico, disponibiliza mais um semestre com cursos e oficinas teatrais. A proposta das actividades é orientar o indivíduo criador para o trabalho colectivo, em grupo. O ambiente de grande efervescência criativa, proporcionado pelos vários projectos realizados (Oficinão, Galpão Convida, Sabadão, Pé Na Rua, entre outros), torna a aprendizagem um processo rico e estimulante para crianças, adolescentes e adultos. Além disso, a realização semestral da MOSTRA DE ALUNOS e sua participação em oficinas, palestras e espectáculos aumentam a base teórica e desenvolvem o senso crítico do actor. E é com a proposta de pesquisar, investigar e compartilhar novos conhecimentos na área teatral que os novos alunos serão aguardados.


OFICINÃO RESIDÊNCIA 2008
2ª etapa de inscrições
Local: Galpão Cine Horto, R. Pitangui, 3.613 – B. Horto – Belo Horizonte / MG – CEP:31030-210

Período de inscrição: até 22 de Fevereiro de 2008

CURSOS DE TEATRO DO GALPÃO CINE HORTO
AULA INAUGURAL:Para Pais e Alunos
Dia 1 de Março (sábado), às 10h30

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Valdemuller - nova produção do teatro galego


O novo espectáculo do Centro Dramático Galego estreia no dia 15 de Fevereiro de 2008, pelas 20h30, no Teatro Principal, em OURENSE.

Valdemuller é uma criação colectiva a partir da novela de Xosé A. Neira Cruz.

Mina faz quinze anos e está a preparar a celebração habitual com a sua família, ainda que sem muita vontade. A sorte faz alguns dos tópicos da festa sufrerem algumas mudanças involuntárias, como aconteceu com o elegante traje que lhe preparam. Um agasalho misterioso desencadeia uma investigação. Mina recebe um pingente com a forma de uma estrela, ante o qual toda a familia experimenta um certo nervosismo. A rapariga, pouco a pouco e com a ajuda da sua tia Olga, vai descubrindo os segredos que esconde o adorno e as histórias que oculta a sua família. Começa uma viagem até Valdemuller, o lugar onde reside a sua tia avó. Ao mesmo tempo que descobre o que significa ser uma "filha da lua", experimenta um proceso de autoconhecimento e amadurecimento que a ajudará a continuar a sua vida a partir de outra perspectiva.

Adaptação: Gena Baamonde, Alba Grande Vázquez, Montse Piñón López, Raquel Queizás, Manuela Varela Quintas e Pablo Vergner
Encenação: Pablo Vergne
Assistente de direcção: María Eugenia Romero Baamonde
Direcção de produção: Alba Lago
Espaço cénico: María de la Iglesia
Desenho dos bonecos: Ricardo Vergne
Desenho do guarda-roupa dos bonecos: Mari Carmen Pérez Pastor e Gador Enríquez
Desenho multimédia: Fundación Intemperie
Desenho de luz: Octavio Mas
Sonoplastia: Pablo Vergne
Contrução dos bonecos: Ricardo Vergner, Gustavo Brito, Javier Gallego e Bernardo Rodríguez
Confecção do guarda-roupa dos bonecos: Mari Carmen Pérez Pastor
Maquilhagem: Dolores Centeno
Construção cenográfica: Talleres do IGAEM
Caderno pedagógico: Ánxela Gracián
Fotografia: Tono Arias
Design gráfico: Signum
Revisão linguística: Rossetta
Gabinete de comunicação: Trisquelia
Coordenação de Espaços CDG: Xocas López

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A FÁBRICA DE NADA


A FÁBRICA DE NADA de Judith Herzberg, pelos Artistas Unidos, a partir de 14 de Fevereiro em cena no Centro Cultural da Malaposta.

Uma fábrica de cinzeiros fecha, e os trabalhadores, não querendo ficar desempregados, resolvem continuar a trabalhar numa nova produção: nada. À volta de nada organiza-se tudo, desde a escolha do gerente da fábrica, aos furtos dos produtos e aos tribunais, com muita música cantada e tocada a mostrar por que caminhos segue esta história.

A FÁBRICA DE NADA

de Judith Herzberg

Tradução de David Bracke e Miguel Castro Caldas
Encenação Jorge Silva Melo
Com Américo Silva, António Filipe, António Simão, Carla Galvão, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Miguel Telmo, Paulo Pinto, Pedro Carraca, Pedro Gil, Sérgio Conceição, Sérgio Grilo, Vítor Correia e os músicos Gonçalo Lopes, João Madeira, Miguel Fevereiro, Paulo Curado, Rini Luyks e Rui Faustino
Figurinos Rita Lopes Alves
Luz Pedro Domingos
Música Rui Rebelo
Som André Pires
Uma produção Artistas Unidos / Culturgest / Teatro Viriato
com o apoio da Embaixada dos Países Baixos

De 14 de Fevereiro a 16 de Março no Centro Cultural da Malaposta

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Co-produção hispano-argentina


ABREGO PRODUCCIONES, de Espanha e TEA TEATRO da Argentina estrearam LAS MENINAS DUERMEN EN LA RUA, na Sala Argenta do Palácio dos Festivais de Cantábria.

Esta obra continua o projecto criativo iniciado em 2004, consolidando a internacionalização do trabalho da ABREGO PRODUCCIONES e a sua interligação com criadores do outro lado do Atlântico.

LAS MENINAS DUERMEN EN LA RUA, de Fulgen Valares, depois da estreia em Santander, fará uma tournée a nível de toda a Espanha que começará pela Estremadura, onde já no próximo dia 15 estará no Gran Teatro de Cáceres. Em Março inicia a digressão pela América Latina, com passagens por Argentina, Chile e Paraguai.

Autor: Fulgen Valares

Encenador: Horacio Medrano

Companhia: Abrego Producciones (Espanha) e Tea Teatro (Argentina)

Intérpretes: Andrea Juliá e María Vidal

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A Floresta até dia 17


Termina no próximo dia 17 a carreira de A FLORESTA de Aleksandr Ostróvsk, do Teatro da Cornucópia.

Uma das comédias mais importantes daquele que tem sido chamado o fundador do teatro russo. Escrita em 1871, A Floresta, traça com delicado humor o retrato de um grupo de personagens numa herdade russa do fim do século XIX, as suas relações, os seus anseios, a sua ignorância, as suas insatisfações, o seu mau viver. Tudo gira em torno da tensão entre o dinheiro e a felicidade. Os ricos não conseguem ser felizes com o seu dinheiro. Os pobres não são felizes porque o não conseguem ter. A proprietária, viúva rica e aparentemente virtuosa, vai vendendo talhões da sua floresta a um mujique enriquecido que lhe corta as árvores para aproveitar a madeira, e guarda o dinheiro para os prazeres com que sonha. Impede a alegria dos que a rodeiam, seus criados e protegidos. Dois actores ambulantes chegam um dia à herdade e vêm perturbar este equilíbrio. Esses, os artistas, têm a ilusão de poderem ser felizes sem dinheiro. Geram-se mais desencontros que encontros em divertidas situações que têm tanto de real como de teatral. Considerada habitualmente como uma "comédia de costumes", a obra tem uma qualidade poética que chega a lembrar Shakespeare na sua capacidade para pôr em cena a vida verdadeira sem nunca "moralizar", para entender os seres humanos nas suas pobres contradições.


Tradução Nina e Filipe Guerra
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Interpretação
António Fonseca, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Márcia Breia, João Pedro Vaz, José Gonçalo Pais, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Rita Durão e Teresa Madruga


Lisboa: Teatro do Bairro Alto.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Texto de Danill Harms por Miguel Borges


A VELHA de Daniil Harms por Miguel Borges, na CASA D'OS DIAS DA ÁGUA, de 12 a 24 de Fevereiro, às 22H, de 3ª a Domingo.


No pátio está uma velha com um relógio de parede nas mãos.

Passo ao lado da velha, paro e pergunto:

"Que horas são?"

- Veja - diz-me a velha.

Olho para o relógio e vejo que não tem ponteiros.

- Não tem ponteiros - digo eu.

A velha olha para o mostrador e diz:

- Um quarto para as três.

(In A Velha de Daniil Harms)



Um trabalho de Miguel Borges

Texto - Daniil Harms

Tradução - Nina Guerra e Filipe Guerra

Assistência - Paulo João

Fotografia e Grafismo - Miguel Nicolau

Produção Executiva - Marta Vieira

Apoio Técnico e montagem - Ana Rosa Abreu e Daniel Coimbra

Produção - João Garcia Miguel

Apoio e Acolhimento - Casa D'Os Dias Da Água


Informações e Contactos
Casa D'Os Dias Da Água
Rua Luz Soriano nº 67ª Tel. 21 314 03 52 LISBOA

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Público exclusivamente feminino


La Piel del Agua estreia no Festival Escena Contemporánea de Madrid 2008, 9 e 10 de Fevereiro, na Sala Nave de Cambaleo e em 13, 14 e 15 de Fevereiro na Casa de América, em Madrid

Em La Piel del Agua, 60 mulheres por espectáculo são convidadas a celebrar uma recriação da cerimónia do banho segundo o costume de Hammam.

A origem de ‘La piel del agua' é a especial confraternidade e a alegria ritual que viveu junto dos hammams para mulheres do Médio Oriente Lidia Rodríguez, a directora do Teatro en el Aire. Com textos de Carlos Javier Sarmiento e a criação colectiva do Teatro en el Aire submergem-se 60 mulheres do público, a que nessa altura chamam banhistas, numa nova viagem que sempre parece alterar o tempo e o espaço.

O Teatro en el aire surge da iniciativa de um colectivo de actores e actrizes de nacionalidades diversas (Argentina, Bulgária, Chile, Cuba, Espanha, França, Holanda e Venezuela), debaixo do impulso criador de Lidia Rodríguez. A sua proposta artística tem origem no ano de 2001, paralelamente à fundação de La Caravana, e baseia-se na busca da fusão da linguagem sensorial aplicada ao teatro.


Ideia original e encenação: Lidia Rodríguez Correa
Intérpretes: Ana Ramos, Cristina Peregrina, Kateleine Van der Maas, Isabel Calero, Laura de Casas, Mara Movilla, Susana Fernández e Yanina Carchak

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Romulus e o outro


“Muita gente quando vê um deficiente não sabe como tocar-lhe. Decidimos, por isso, começar por nos tocarmos.” Conhecido sobretudo como intérprete das criações da Companhia Paulo Ribeiro, Romulus Neagu apresenta assim o ponto de partida de O Ensaio de um Eros Possível, dueto entre o bailarino romeno e José António Correia, doente com paralisia cerebral. Profundamente interessado num “corpo humano, exposto e frágil”, Neagu tem desenvolvido nos últimos anos projectos na área da dança com grupos específicos, como idosos, imigrantes e pessoas com deficiências. Com A Invisibilidade das Pequenas Percepções, o coreógrafo aprofunda esse trabalho imensamente delicado e corajoso, promovendo agora o encontro no palco de um bailarino profissional, José António Correia, uma jovem proveniente de uma instituição de solidariedade social e o músico Ulrich Mitzlaff. Fruto de um longo trabalho que envolve a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral e instituições de acolhimento de menores da cidade de Viseu, esta nova criação toma de empréstimo elementos da psicologia e da psicoterapia, fazendo da dança uma transgressiva estratégia terapêutica, mas sobretudo um espaço efectivo – também afectivo – de encontro de corpos e identidades. A par deste díptico, o TeCA exibe um video-documentário que devolverá ao público a intensa experiência de criação de um destes objectos performativos, saudavelmente marginais na esfera da produção coreográfica nacional.


ROMULUS E O OUTRO
Teatro Carlos Alberto
[8 16 Fevereiro 2008]


O Ensaio de um Eros Possível

Concepção, direcção e espaço cénico Romulus Neagu

Vídeo Paulo Américo

Figurinos Paulo Guimarães

Desenho de luz Cristóvão Cunha

Interpretação José António Correia, Romulus Neagu

Produção Companhia Paulo Ribeiro

Colaboração Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral – Núcleo de Viseu

[8 + 9 Fevereiro 2008] sexta-feira e sábado 21:30




A Invisibilidade das Pequenas Percepções – Making of

Video-documentário de Miguel Clara Vasconcelos

Produção executiva Companhia Paulo Ribeiro

[11 Fevereiro 2008] segunda-feira 21:30




A Invisibilidade das Pequenas Percepções

Estreia absoluta

Concepção, direcção e espaço cénico Romulus Neagu

Música (interpretada ao vivo) Ulrich Mitzlaff

Vídeo Paulo Américo

Figurinos Paulo Guimarães

Desenho de luz Cristóvão Cunha

Interpretação Ana Isabel Gomes, José António Correia, Romulus Neagu

Co-produção Teatro Viriato, TNSJ

Colaboração Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral – Núcleo de Viseu, Internato Viseense de Santa Teresinha

[15 + 16 Fevereiro 2008] sexta-feira e sábado 21:30




“Uma pausa para descansar, começar de novo ou esquecer-se de si”

Entrevista com ROMULUS NEAGU.

Por MÓNICA GUERREIRO.



Chegou a Portugal em 1998, para uma residência criativa, e por cá ficou, a convite de Paulo Ribeiro. Habituados a vê-lo como intérprete, poucos conhecem o seu percurso como coreógrafo. Como é que um bailarino clássico virtuoso, premiado, troca os êxitos de Bucareste pela vida calma de Viseu?

Durante muitos anos fui intérprete de dança clássica, trabalhava na Ópera Nacional de Bucareste e fazíamos um repertório de Giselles, Dom Quixotes e Belas Adormecidas. Ao mesmo tempo, também tinha uma pequena liberdade de coreografar, mas eram coisas pouco consistentes, ainda à procura de algo mais desafiante. Na minha evolução dentro das linguagens da dança, a chegada a Viseu mudou muita coisa. Deparo-me com uma comunidade de gente interessada em dançar, em ter aulas, mas sem qualquer treino. E cresceu em mim a necessidade de ir um pouco mais longe enquanto intérprete, na aquisição de uma outra linguagem coreográfica. Interessavam-me aquelas pessoas que tinham imensa apetência pela dança, porque os seus movimentos eram naturais, não eram controlados pela técnica. E eu achava-me cheio de vícios! Interessou-me explorar as possibilidades que esse gesto natural trazia.

A questão adensa-se quando decide trabalhar com pessoas com necessidades especiais. O Romulus foi buscar intérpretes amadores, mas de grupos específicos: idosos, imigrantes, pessoas portadoras de deficiência. Desenvolve aquilo a que se convencionou chamar de “dança na comunidade”…

Na verdade, a minha curiosidade passava por pesquisar outra linguagem coreográfica, outro tipo de fisicalidade, coisas muito diferentes daquilo a que – tantos anos ligado à técnica clássica! – estava habituado a fazer. Como é que se pode trabalhar com pessoas que têm uma limitação física? Como é que se pode extrair dança daqueles corpos? O Ensaio de Um Eros Possível apareceu assim. Não há intenções muito complexas, nem objectivos terapêuticos: apenas um intérprete à procura de uma coisa para desenvolver. E cheguei aí de uma forma pacífica. Comecei por fazer ateliers e workshops, por interagir com as pessoas dessa comunidade. Escolher uma delas para trabalhar comigo foi o passo seguinte. E posso dizer que, de certa forma, estes projectos ajudaram-me também a mim. Apesar de viver cá e falar a língua – estou integrado –, faltava-me conhecer essa outra parte.

Em O Ensaio de Um Eros Possível, a primeira impressão que temos é de um trabalho que contraria a sua natureza de bailarino virtuoso, já que tudo se passa no chão. Não existe a verticalidade que caracteriza a técnica clássica, o que deve ter sido um desafio…

Para mim, estar no chão não é nada natural. Mas para o José António também não. Passa muito tempo na cadeira de rodas, são os pés dele. Passámos por um processo de adaptação ao chão, e a nós próprios naquele contexto. Precisámos de encontrar esse lugar comum e comunicar num território neutro, nem meu nem dele. Descobrimos assim coisas novas, algumas, de certa forma, importadas do contact improvisation, outras das “técnicas de chão”, adaptadas à nossa situação e limitações. Este dueto, muito sensitivo, acabou por prescindir completamente da cadeira de rodas. Foi uma opção clara.

Para A Invisibilidade das Pequenas Percepções foi “recrutada” mais uma intérprete: Ana Isabel, uma estudante de 17 anos, que desde os quatro vive num internato. Um condicionalismo psicossocial, bem diferente da incapacidade física do José António. Nesta peça, a coreografia dos gestos simples revela-se no puxar, afagar, empurrar…

Tanto um como outro são privados de afecto. É essa a sua principal limitação e foi isso que tentei desenvolver como ideia fundamental do projecto. Estas pessoas estão numa viagem e fazem uma pausa para descansar, começar de novo ou esquecer-se de si. E a relação entre elas é de total necessidade: funcionam em conjunto, são um mecanismo, com base no afecto. Estes corpos têm necessidade de estar uns com os outros, de apoiar e ser apoiados. Aqui entra o pormenor do gesto, como motor e promotor do movimento. A intenção, o gesto e o movimento. Sempre na procura do outro.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Entregues os Prémios Max 2008


Na gala de entrega dos Prémios Max 2008, onde o FITEI esteve presente para recolher a estatueta que lhe foi atribuída como Prémio Max Especial Hispanoamericano de Artes Cénicas, a revista Primer Acto obteve o Max da Crítica. O júri deste prémio, concedeu o galardão a esta revista teatral por ser há cinquenta anos uma publicação de referência no mundo do teatro. Iniciativa de José Ángel Ezcurra, director da revista Triunfo e de José Monleón, responsável pelas secções de teatro dessa revista, Primer Acto foi fundada em Abril de 1957. Desde essa altura publicou 321 números, que contaram regularmente com a colaboração de destacados autores e criadores espanhóis. José Monleón, recebeu pessoalmente o prémio e referiu que Primer Acto “quis ser um espaço aberto de diálogo, um ensaio democrático num país onde a palavra democracia era uma palavra proibida. Nascemos em liberdade e brigamos em liberdade”.


Outro prémio especial foi atribuído à editora Caos Editorial, o Prémio Max Novas Tendências, editora que incorpora as novas tecnologias numa nova relação interactiva que implica tanto o autor como o leitor e tem possibilitado que “autores espanhóis de teatro tenham chegado a impensáveis confins do universo em esmeradíssimas edições o que tem proporcionado que muitas delas tenham sido objecto de tradução, estudo e encenação”.


Os outros dois prémios especiais foram o Prémio Max Espectáculo Revelação, para Quintana Teatro e Max de Honra para Vítor Ullate, bailarino e coreógrafo que trabalhou largos anos com Maurice Béjart.


Quanto ao prémio atribuído ao FITEI, entregue pelo Alcaide de Sevilha Alfredo Sanchéz Monteseirín, foi apresentado pelo dramaturgo Santiago Moncada que referiu as razões da atribuição do prémio. No programa, Carlos Gil Zamora diz que “esta folha de serviços (…) manifesta a importância desta realidade, mas o seu valor intangível reside no que tem tido de encontro real entre os agentes activos das dramaturgias ibero-americanas e a sua atenção às novas tendências”.


Lista dos outros prémios

Melhor Espectáculo de Teatro: Marat - Sade - Animalario, Centro Dramático Nacional
Melhor Espectáculo de Teatro Musical: Ascenso y caída de la Ciudad de Mahagonny - Teatro Español de Madrid
Melhor Espectáculo de Dança: Escupir en el Tiempo - Compañía de Danza Erre que erre Mejor Autor Teatral em Castelhano: Juan Mayorga - El chico de la ultima fila
Melhor Autor Teatral em Catalão ou Valenciano: Toni Martín y Carme Portacelli - Fairy
Melhor Autor Teatral em Euskera: Maite Aguirre, Inés Martínez de Iturrate, Santiago Ortega – Cabaret infantil haur kabareta
Melhor Autor Teatral em Galego: Xose Manuel Pazos Varela, Candido Pazo Gonzalez, Suso de Toro, Anxos Sumai e Sonia Delgado – Emigrados
Melhor Adaptação de Obra Teatral: Juan Mayorga - Un enemigo del pueblo
Melhor Composição Musical para Espectáculo Cénico: Luis Delgado - Un enemigo del pueblo
Melhor Coreografia: Blanca Li - Poeta en Nueva York
Melhor Encenador: Andrés Lima – Marat - Sade
Melhor Director Musical: Manuel Gas - Ascenso y caída de la ciudad de Mahagonny
Melhor Cenografia: Elisa Sanz - Pequeños paraísos
Melhor Figurinista: Elisa Sanz - Pequeños paraísos
Melhor Desenho de luz: Xavi Clot (AAI) - Plataforma
Melhor Actriz Protagonista: Vicky Peña - Homebody Kabul (en casa, en Kabul)
Melhor Actor Protagonista: Francesc Orella - Un enemigo del pueblo
Melhor Actriz Secudária:. Gloria Muñoz - Homebody Kabul (en casa, en Kabul)
Melhor Actor Secundário: Carles Canut – Plataforma
Melhor Intérprete Feminina de Dança: Mar Gómez - Dios menguante
Melhor Intérprete Masculino de Dança: José Jaén "El Junco" - Romancero gitano
Melhor Espectáculo Infantil: Pequeños paraísos- Aracaladanza
Melhor Empresário ou Produtor Privado de Artes Cénicas : Animalario - Marat - Sade

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Imagina que descalcei o sapato e agora não o consigo enfiar


Imagina que descalcei o sapato e agora não o consigo enfiar, produção da Escola de Mulheres de 2007, a partir do livro Coisas de Mulheres… e de Homens! estará nos dias 11 e 12 de Fevereiro, no Teatro do Viriato, Viseu.

Uma peça composta por vários monodiálogos, como Teresa Rita Lopes, a sua autora, os define. Reconstruções de momentos um dia qualquer que nasce carregado de projectos que percorrem uma lógica do absurdo e que conduzem normalmente ao desastre ou a novos rumos para a vida.

Amor, nostalgia, (com)paixão, poesia do absurdo das coisas de mulheres e de homens que são também e talvez as coisas de cada um de nós.

Autoria: TERESA RITA LOPES

Selecção de Textos: MARTA LAPA

Encenação e Movimento: MARTA LAPA
Espaço Cénico: MARTA LAPA E MIGUEL CUÑA
Música Original: JOÃO LUCAS

Desenho de Luz: MANUELA JORGE
Desenho Gráfico: JOÃO LUCAS

Produção Executiva: MANUELA JORGE
Operação de Som: INÊS POMBO

Adereços: MARINEL MATOS

Apoio à Montagem: JOÃO CACHULO

Produção: Escola de Mulheres

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Made in Éden em Palmela



A peça de João Garcia Miguel e Miguel Moreira estará em Palmela a convite de O Bando, entre 7 e 17 de Fevereiro.

Made in Éden an ode to my dead friends é o resultado de um trabalho a partir dos textos Epístolas de Guerra de Adolfo Luxúria Canibal que vêm inseridos no seu livro Estilhaços. O resultado é uma heresia. Utilizei o texto como ponto de partida, como uma linha do horizonte que se curva e nos conduz no espaço habitado, como um som que nos guia na imensidão. As palavras quase desapareceram dando lugar a histórias de dois seres que se recriam e se desdobram em várias personagens.
João Garcia Miguel, no blogue da peça.

"As pedras substituem as palavras e os risos são faca e carícias, cortam e chocam, deixam passar a corrente, golfadas pequenas, pontapés e pêlos eriçados. A guerra começou aonde?"

"[...] Criámos um mundo onde as portas só fecham e nunca se podem abrir. É um mundo avariado onde as televisões avariadas e sem sinal descansam ternamente deitadas ao colo de sofás paraplégicos, mutilados de guerra aleijados sem pernas. As pedras voam por cima das nossas cabeças e as portas deixaram de abrir e só se fecham para que quando a desgraça bata à porta esta não possa entrar. Foi um segredo que me ajudou a criar este mundo, um mundo avariado. Um aviso-segredo que soou por dentro de uma televisão esquecida. A Guerra faz com que o braço se separe do corpo e que se escrevam poemas, cartas de amor e que tudo faça sentido?"
João Garcia Miguel

Textos a partir de Estilhaços de ADOLFO LUXÚRIA CANIBAL

Encenação e Dramaturgia JOÃO GARCIA MIGUEL

Coaching MIGUEL MOREIRA

Interpretação LUÍS GUERRA e SARA DE CASTRO

Co-produção: João Garcia Miguel Produções / Teatro Útero / O Espaço do Tempo / Teatro o bando

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Política teatral analisada pela ADE Teatro



O número de Novembro-Dezembro da revista ADE Teatro é quase integralmente dedicado à política cultural e teatral em Espanha, com artigos sobre a mesma matéria que analisam os casos da Alemanha, França, Reino Unido e Finlândia.

Inclui ainda artigos sobre o Foro das Artes Cénicas e Musicais em Sevilha e sobre os festivais do Cairo, de Almada e de Olite.

Este número publica ainda a tradução castelhana do texto dramático de Max Rouquette "El Glosário", de 1995 ("Le Glossaire", éditions Espaces 34).