terça-feira, 30 de setembro de 2008

ÓPERA, CABARET E FADO


Memória dos Anjos – Da Fé à Perdição Vai Um Passo” é o recital cénico que a soprano Catarina Molder e o pianista Nuno Barroso protagonizam a 1 de Outubro (21h30) no Theatro Circo em contexto de evocação do Dia Mundial da Música.

Partindo da atracção entre opostos como princípio unificador, o projecto da Companhia de Ópera do Castelo coloca em palco um cruzamento de múltiplas áreas artísticas, conjugando reportórios e linguagens musicais, plásticas e cénicas tão distintas como a ópera, o cabaret e o fado que em comum têm a sua base lírica.

Produto final da busca de novos formatos para o tradicional recital de canto e piano, “Memória dos Anjos” expõe a fé religiosa de Puccini, que, em queda vertiginosa, passa para a perdição com trechos da ópera “Lulu”, de Alban Berg, e da “Cantata Fausto”, de Scnitke, com a provocação e sensualidade cruas do “kabarett” alemão, nas canções de Kurt Weill, Schönberg e Hollaender e a doce melancolia do fado.

Homenagem aos grandes momentos e «intérpretes/anjos» que marcaram o “kabarett”, a ópera e o fado, o espectáculo, que conta ainda com encenação de Jorge Rodrigues e vídeo do artista plástico Noé Sendas, expõe o Canto como libertação superior, sublimação dos gritos, dores, alegrias e desesperos que uma cantora desenvolve num percurso iniciático, perseguida por um mundo de imagens e sombras de um cenário vivo, projectado num amplo espaço nocturno. Inicialmente apresentado no espaço “Lux”, em Lisboa, “Memória dos Anjos”, definido por Catarina Molder como «uma sequência de canções oriundas do repertório erudito que são exploradas sob ponto de vista da sua carga dramática, numa trama teatral» inclui ainda a interpretação/ representação de obras de Benjamin Britten, M. Spoliansky, Amadeu do Vale, Lino Ferreira, António Mestre e J. Maria Rodrigues.

«Interessa-me muito misturar expressões artísticas distintas, repertórios opostos para não só criar sequências sonoras e musicais ricas e contrastantes, como ampliar todas as possibilidades cénicas e teatrais que estas misturas suscitam» salienta a soprano – também autora e directora artística – que fez nascer “Memória dos Anjos” a partir da «profunda vontade de querer renovar os formatos dos concertos tradicionais, praticamente inalterados desde há mais de duzentos anos».

Formada em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa e com uma pós-graduação na mesma área pela Hochschule für Musik und Theater de Hamburgo, Catarina Molder, fundadora da Companhia de Ópera do Castelo, dedicou-se ainda, paralelamente ao seu percurso como cantora à concepção de espectáculos destinados à sensibilização do público infantil para o canto lírico e música erudita. A par do recital “O Universo da Infância”, foi responsável pela criação, produção e interpretação de óperas como “A Hand of Bridge” (2001), “A Casinha de Chocolate”, de Humperdinck, ou “Chez Castafiori”, entre outros.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dança na Cuarta Pared


Território Danza 2008, na sala Cuarta Pared, em Madrid abre um espaço para a diversidade. Nesta quinta edição e durante quatro semanas poderão ser vistos criadores consagrados e artistas novos, espectáculos integrais e peças curtas, trabalhos finais e trabalhos em processo de criação.

Entre 29 de Setembro e 18 de Outubro haverá oportunidade de ver Noche de Solos e Noche de todos, criados por Carmen Werner e a sua Provisional Danza e ainda pela mesma companhia El Privilegio de Morir. A conhecida companhia Pisando Ovos apresenta o espectáculo 3000, enquanto El Curro DT apresenta um espectáculo de amor e desamor em Sin poema desesperado. De Corazon (Companhia Complot), The Monster Mash (Ladinamo) e diversos solos competam o programa.

domingo, 28 de setembro de 2008

A Soul for Europe

A Setepés, enquanto parceiro estratégico da "A Soul for Europe" divulgou a realização de 3 encontros europeus no ano 2008 e convidar os interessados portugueses a estarem presentes:

FORUM BELGRADE Belgrado, 3 e 4 de Outubro - Este Fórum em Belgrado refere-se à segunda reunião de políticos, gestores e sociedade civil que na capital sérvia realizará mais um dos encontros de uma série nomeada, Forum X - "A Soul for Europe".

FORUM LYON – Lyon, 10 e 11 de Outubro - Na sequência dos fóruns organizados em Belgrado, Pécs e Skopje, Lyon será a primeira cidade importante da Europa do Oeste palco do lançamento do Projecto "Forum X – A Soul for Europe" . Desta vez o foco estará centrado não só nas novas formas de cooperação entre políticos e a sociedade civil, mas também na causa fundamental: integrar o potencial criativo da cultura em outras áreas e sectores da sociedade.

CONFERÊNCIA DE BERLIM, 14 e 15 Novembro de 2008 - A 3ª Conferência de Berlim marca o fim da 1ª fase de trabalhos do projecto "A Soul for Europe" . A partir de 2009 esta iniciativa, que desde 2003 atribuiu uma dimensão cultural a este projecto europeu, irá lançar, em conjunto com importantes parceiros europeus, novos projectos, bem como a organização de iniciativas que envolvem cada vez mais a juventude.

sábado, 27 de setembro de 2008

Experimental de Cascais no Porto e Teatro Bruto em Lisboa

Não é tão habitual como de certo todos desejariam, mas neste fim-de-semana, acontece que uma companhia do Porto representa em Lisboa e uma companhia da Grande Lisboa (Cascais) representa no Porto.


O Teatro Experimental de Cascais apresenta, no Teatro Campo Alegre, a peça Medeia do escritor Mário Cláudio, com interpretação da actriz Anna Paula. Os cenários são de Mestre José Rodrigues e a encenação de Carlos Avilez.

O espectáculo Medeia foi apresentado no Estoril com um enorme êxito, tendo a actriz Anna Paula recebido as melhores críticas pela sua brilhante interpretação.

O espectáculo estará em cena apenas 2 dias: 27 e 28 de Setembro, às 22h00 e 16h00 respectivamente.

Uma actriz arrasta ao longo da vida a obsessão de representar a Medeia, de Eurípedes, e empolgada pela ânsia que se torna matéria da alma, precipita na morte dos que a rodeiam o seu próprio e irredimível aniquilamento.
A cada Medeia, entendida pelas variáveis da história, ou da geografi a, sobra em desvario quanto lhe escasseia em argúcia. Não que a inteligência se lhe distinga da paixão, iluminada como vai pela chama da fúria, mas é pela ruína que investe, cega aos gestos que lhe permitam a edifi cação de si, e a prossecução dos seus planos. A mulher que evolui à nossa vista maniacamente destruirá, conforme à heroína que abraça, os fi lhos que nela engendrou o amante traidor. E até a casa de teatro, na qual um palco vazio, corroído pelo interminável tempo de um país pequeníssimo, parecia esperar por ela, até essa acabará por ir sendo lentamente demolida.
Ninguém recupera um mito, este ou um qualquer, sem que se lhe queimem os dedos na incomodidade da empresa. Pode no entanto perdoar-se a tentativa de o insufl ar de um resíduo de sentimentos fi ngidamente novos, o da angústia que trucida a mãe presa do terror de vir a ser devorada pelos que pariu, o da catástrofe que a nossa suicidária tendência não deixa de provocar nos outros, ou o da substituição da estratégia política pela táctica da informação.
Se à sombra de Medeia, a grande feiticeira, não conseguirmos desenhar certa magra linha assim, de impressões elementares, será a essa vertigem do Mundo, inseparável da busca de sentido em que todos nos empenhamos, que fi caremos a dever o direito de nos considerarmos seus irmãos de sangue, incapazes de escolher, quando não seus legítimos herdeiros, marcados pelos mesmos impulsos
.
Mário Cláudio

Ficha técnica e artística
ENCENAÇÃO Carlos Avilez
REALIZAÇÃO PLÁSTICA José Rodrigues
PRODUÇÃO E ELABORAÇÃO DE PROGRAMA Fernando Alvarez
FOTOGRAFIAS DE CENA E CARTAZ Susana Paiva
CONSULTADORIA MUSICAL Vítor Carneiro
LUMINOTECNIA E DIRECÇÃO DE MONTAGEM Manuel Amorim
SONOPLASTIA E MONTAGEM Augusto Loureiro
CONTRA-REGRA E MONTAGEM Rui Casares
ASSISTÊNCIA DE ENSAIOS Jorge Saraiva
MANUTENÇÃO DE GUARDA-ROUPA Virgínia Pão-Mole
INTERPRETAÇÃO Anna Paula




Boca, de de Regina Guimarães e Saguenail, produção do Teatro Bruto com direcção de Ana Luena termina hoje as representações em Lisboa, no Espaço Mitra (Teatro Merional).

Texto original inspirado na pesquisa de cartas de amor oriundas do espólio da literatura epistolar e outras expressamente redigidas para o efeito. Alia a música clássica à música electrónica, o canto à representação teatral.

Um apaixonado, um escrivão, um coleccionador. O apaixonado, incapaz de exprimir por palavras a paixão que o arrebata, dirige-se a um escritor profissional – o escrivão – para que ele o faça em seu lugar sob forma de ardente carta.
Mas o escrivão expressa-se num estilo convencional, recheado de chavões e lugares-comuns, que não corresponde ao sentimento difuso, inflamado e indizível do seu cliente.
Após varias versões falhadas da impossível missiva, todas elas severamente criticadas pelo apaixonado que desconfia do talento do escrivão, este último propõe-lhe uma visita a um grande coleccionador que, entre outras preciosidades, possui uma extraordinária amostra de cartas literárias célebres.

Cartas utilizadas:
Heloísa (a Abelardo) / Mariana Alcoforado (ao Cavaleiro Chamilly) / Suzette de Gontard (a Hölderin) / Bettina Brentano (a Goethe) / Julliette Drouet (a Hugo) / Guillaume Apollinaire (a Lou) / Franz Kafka (a Milena) / Fernando Pessoa (a Ofélia) / Lettera amorosa de Monteverdi

Ficha técnica e artística
DIRECÇÃO, CENOGRAFIA E FIGURINOS Ana Luena
MUSICA ORIGINAL Magna Ferreira e Fernando Rodrigues
TEXTO Regina Guimarães e Saguenail
INTÉRPRETES
[Actores] Luciano Amarelo, Mário Santos, Pedro Mendonça, Sílvia Silva e Marta Inocentes [Músico] Fernando Rodrigues [Cantora] Ana de Barros
DESENHO E OPERAÇÃO DE LUZ Mário Bessa
DIRECÇÃO DE MOVIMENTO Luciano Amarelo
BANDA SONORA E OPERAÇÃO DE SOM Fernando Rodrigues
FOTOGRAFIA Marco Maurício
DESIGN GRÁFICO R2 design
PRODUÇÃO EXECUTIVA Sara Leite
DIRECÇÃO PRODUÇÃO Susana Lamarão

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Solitos, de Azar Teatro em Portugal


ACTO SEGUINTE – FESTIVAL DE TEATRO DA GUARDA apresenta hoje Solitos, pelo Azar Teatro [ESPANHA], companhia integrada na Red de Teatros de Castilla y León.

Espectáculo sem palavras, mas repleto de humor, ironia e melancolia. Trata-se de uma fábula sobre a incomunicação, que conta a história de um casal de empregados dos caminhos-de-ferro cuja existência, silenciosa e monótona, é marcada pelos horários dos comboios, numa relação de gestos repetidos.A chegada de um observador encarregue do controlo exaustivo do trabalho dos “guarda-linhas”, que ambos hostilizam, faz desmoronar esse quotidiano rigidamente rotineiro, dando lugar a novos encontros e situações. A mudança é trágica e inesperada. Cada um tem de enfrentar o seu próprio vazio. Porém, um vento imprevisto fá-los descobrir que ainda estão a tempo de cumprir alguns dos seus sonhos…

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Julieta inicia digressão em Portugal

A Bemditas - Criadores Culturais estreia a digressão nacional de "Julietta", no Festival Internacional de Teatro É-Aqui-In-Ócio, da Póvoa de Varzim, hoje, dia 25 de Setembro, às 22 horas.

Depois de um ano e meio em digressão em Espanha, Argentina e México, inicia finalmente a apresentação em diversos locais de Portugal.

Julietta [a personagem] está pendurada num trapézio. Joga inocente, como a menina que é, desfruta do espaço, em movimento, o risco. Não sabe o que a espera.Sílvia [a actriz] está pendurada num trapézio. Consciente arrisca, como a mulher adulta que é. Desfruta do jogo, do vértigo, do silêncio. Sabe perfeitamente o que a espera.

Julietta recebe o anúncio, dentro de poucos dias casará com Paris. O tempo acelera e faz zig zag no espaço aéreo que a circunda, que a contém, que a desespera. Larga-se ao vazio, fala consigo mesma, arma estratégias, nega-se, enfrenta-se, mas a lei paternal impõe-se, deverá ir a uma festa e conhecer o seu pretendente.
Julietta dança. Sílvia dança.
Ambas se enamoram, uma sabendo o seu destino cruel.
A outra, inocente nos preâmbulos da vida.
A dança do amor, do descobrimento.
Mas o desejado é um inimigo.
Não dela mas da sua família.
Mas o desejado mata o seu primo.
Mas o desejado é deportado.
Sílvia diz com palavras, gestos, lágrimas e tropeços.
Julietta deve casar-se com quem seus pais decidiram.
Uma cura dá-lhe um fármaco mágico.
Irá fazer-se passar por adormecida e despertará quando os convidados da festa já estiverem pensando noutra coisa.
O padre avisará Romeu e fugirão juntos.
Mas a mensagem não chega e aparece o Romeu para ver a sua amada morta.
Julietta desperta junto ao cadáver do seu amado.
Sílvia chora. Lágrimas de verdade. Torrentes. Cataratas.
Julietta mata-se. Cerimónia ritual. Infinitamente repetida.
Sílvia transpira. Ela sabia mas não pôde fazer nada para a salvar
.


Ficha Artística e Técnica:
Baseado em: Romeu e Julieta William Shakespeare
Interpretação: Sílvia Balancho
Texto e Encenação: Claudio Hochman
Música: César Viana
Dramaturgia: Claudio Hochman, Rita Pitschieller, Clara Marchana
Assistente de Encenação: Rita Pitschieller
Assistência Aérea: Marcelo Curotti, Joaquim da Silva Gouveia, Mila
Responsável Técnico (tournée): João Tomé
Direcção de Produção: Luciana Pattin

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Duas peças de Juan Mayorga em Barcelona


La Paz Perpetua, de 2 a 12 de Outubro pelo Centro Dramático Nacional, com José Luis Alcobendas, Julio Cortazar, Israel Elejalde, Susi Sánchez e Fernando Sansegundo, sob a direcção de José Luis Gómez. No Teatro Nacional da Catalunha.

La Tortuga de Darwin, está em cena desde 3 de Setembro de 2008 com carreira prevista até 5 de Outubro de 2008. É uma co-produção de Teatro el Cruce e Teatro de La Abadía, com encenação de Ernesto Caballero e interpretação de Carmen Machi, Vicente Díez, Susana Hernández e Juan Carlos Talavera. No Teatre Romea.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

João Pedro Vaz encena Persona


João Pedro Vaz encena para a companhia “As boas raparigas…” o texto de Igmar Bergman “Persona”, que será apresentado no Estúdio Zero, no Porto, a partir de 24 de Setembro.

Persona é o conhecimento, um terrível conhecimento sobre a nossa solidão, a nossa singularidade. A nossa capacidade de tocar um ao outro. É uma confissão dos nossos medos. Do homem, do fracasso, da morte. Persona é um drama sobre o desespero, o silêncio. Um terror indescritível da vida em todos os aspectos. É um drama sobre a sensibilidade da pele, dos rostos e das palavras não entendidas. Persona é uma ilusão estilhaçada. Uma vitória sobre o silêncio.“
Texto do trailer de Persona


Encenação│ João Pedro Vaz
Tradução│ Armando Silva Carvalho
Cenografia│ Cláudia Armanda
Design de Luz│ Nuno Meira
Sonoplastia│ Luís Aly
Elenco│Maria do Céu Ribeiro e Sandra Salomé

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Improvisação em Movimento


A companhia de dança The Little Queens apresenta o II Festival Internacional de Improvisação em Movimento que terá lugar na cidade de Granada de 13 a 19 de Outubro.

O II Festival Internacional de Improvisação em Movimento oferecerá uma série de cursos intensivos para o estudo da Improvisação, como tendência artística e arte performativa. Para tal conta com Israel Shahar Dor que orientará o curso de “Performance in live” e com a bailarina Diana Bonilla que dará Técnica de "Contact-impro". O colectivo The Little Queens orientará o trabalho final do dia com diversas práticas cénicas de Improvisação abertas ao público em general.

O II Festival Internacional de Improvisação em Movimento é dirigido a todos os interessados no movimento, a arte da improvisação, a criadores em general… bailarinos, actores, educadores físicos, acrobatas, músicos, estudantes, terapeutas, comediantes, video-artistas, escultores, fotógrafos…É a primeira vez que um festival deste tipo acontece em Espanha. THE LITTLE QUEENS escolheu a cidade de Granada como referente artístico internacional, devido ao seu ambiente inigualável e à sua história.

domingo, 21 de setembro de 2008

Teatro Extremo abre nova época


O Teatro Extremo abre a nova época de teatro com “Einstein” de Gabriel Emanuel, em co-produção com o Teatro da Trindade, um espectáculo que proporciona uma visão humana, simples e divertida de Albert Einstein. Estreou em 19 de Setembro e estará em cena até 19 de Outubro, no Teatro Extremo.

A companhia prepara para Novembro a estreia de “Preto no Branco” de Antónia Terrinha, uma peça para toda a família com cenografia de Eric Costa, em co-produção com o Centro Cultural da Malaposta. De 6 a 16 de Novembro no Centro Cultural da Malaposta e de 6 a 21 de Dezembro no Fórum Romeu Correia, em Almada.

De Setembro a Dezembro, o Teatro Extremo desloca-se em digressão de norte a sul do país, com as peças “Pedro e o Lobo”, “Maria Curie”, “Einstein”, “Histórias Dentro de uma Mala”.

sábado, 20 de setembro de 2008

Revista Primer Acto


Já está à venda o número 324 da revista espanhola de teatro “Primer Acto”, revista dirigida por José Monleón e que recebeu o Prémio Max em Fevereiro deste ano.

Esta revista de investigação teatral publica neste número diversos artigos críticos sobre encontros teatrais realizados em Beirute, Porto (FITEI), Segóvia, Zamora, Valladolid e Madrid. É também publicado um dossier sobre o Prémio Born, que inclui o texto que venceu o XXXII prémio, referente a 2007, “El Show de Kinsey” da autoria de Jesús Díez.

Na rubrica Palcos do Mundo há artigos de opinião sobre a Bulgária, França, Itália e Porto Rico.

Entrevistas com Alfredo Alcón, Mário Moutinho (FITEI), Carlos Marquerie e Roberto Ramos Perea, a par de artigos incluídos nas rubricas dedicadas aos clássicos, à memória histórica, às autonomias, aos encontros e aos livros, completam este número da “Primer Acto”.

A revista lançou recentemente uma nova publicação, a ”Teatro de Papel” dedicada à divulgação e estudo dos autores espanhóis contemporâneos, com periodicidade semestral.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Massacre - Ópera para 5 cantores, nove instrumentos e electrónica


A imprevisibilidade é um dos traços do génio criativo do compositor austríaco Wolfgang Mitterer (n. 1958), cultor de uma linguagem de extremos, de tensões, multidimensional. Massacre é a primeira das suas óperas, género onde também inovou, fazendo coexistir composição acústica e electrónica, canto operático e improvisação. O libreto adapta “livremente” Massacre em Paris, peça do dramaturgo quinhentista Christopher Marlowe (inspirada no Massacre de São Bartolomeu, em Agosto de 1572, que deu início a uma onda de violência promovida por católicos contra protestantes), gesto que denuncia uma vontade de transportar o sangrento imaginário da intolerância religiosa para contextos mais contemporâneos. Apresentada em 2003 no Wiener Festwochen, ganha agora uma segunda vida, depois da T&M Paris – em associação com outros parceiros do Réseau Varèse, como a Casa da Música – ter encomendado ao encenador francês Ludovic Lagarde uma nova versão cénica, cuja estreia mundial acontece no palco do TNSJ.

Massacre - Ópera para 5 cantores, nove instrumentos e electrónica

música Wolfgang Mitterer
libreto Stephan Müller, Wolfgang Mitterer baseado em The Massacre at Paris, de Christopher Marlowe
encenação Ludovic Lagarde
dramaturgia Marion Stoufflet
cenografia Ludovic Lagarde, Sébastien Michaud
vídeo David Bichindaritz, Jonathan Michel
desenho de luz Sébastien Michaud
figurinos Fanny Brouste
interpretação Elizabeth Calleo, Valérie Philippin, Nora Petročenko, Jean-Paul Bonnevalle, Lionel Peintre (cantores) e Stéfany Ganachaud (bailarina)
direcção musical Peter Rundel
electrónica Wolfgang Mitterer
músicos Remix Ensemble: Angel Gimeno, Trevor McTait, António A. Aguiar, Vítor J. Pereira, Simon Breyer, Simon Powell, Jonathan Ayerst, Vítor Pinho, Mário Teixeira
co-produção T&M Paris, Casa da Música, Festival Musica, Schauspielfrankfurt; com o apoio de Réseau Varèse, subsidiado pelo Programa Cultura 2000 da União Europeia; em colaboração com o Théâtre de Saint-Quentin-en-Yvelines e Teatro Nacional São João e com a participação da Compagnie Ludovic Lagarde

20 e 21 de Setembro, no Teatro Nacional S. João, Porto

Obras de Raúl Brandão pela Escola da Noite

A Escola da Noite estreia TNT [Tumulto no Teatro] a partir das peças "Eu sou um Homem de Bem", "O Doido e a Morte" e "O Rei Imaginário" de Raúl Brandão no dia 18 de Setembro, na Oficina Municipal de Teatro, em Coimbra.
O espectáculo vai estar em cena até 19 de Outubro.

Dramaturgia e encenação: Sílvia Brito
Cenografia e adereços: António Jorge

Elenco:

"Eu Sou um Homem de Bem"
Homem de Bem > Ricardo Silva

"O Doido e a Morte"
Baltasar Moscoso, Governador Civil > Miguel Magalhães
Nunes > Eduardo Gama
Senhor Milhões > António Jorge
Baltasar Moscoso, esposa do Governador Civil > Maria João Robalo
Enfermeiro > Ricardo Silva

"O Rei Imaginário"
Teles > Eduardo Gama


Figurinos: Ana Rosa Assunção
Desenho de luz: Danilo Pinto
Música Original: Eduardo Gama
Grafismo: Ana Rosa Assunção
Fotografia: Augusto Baptista
Operação de luz e som: Danilo Pinto
Direcção de montagem: Rui Valente
Execução de elementos cénicos e montagem: Alfredo Santos, António Jorge, Carlos Figueiredo e Danilo Pinto
Execução de figurinos: Maria do Céu Simões e Mário da Silva Oliveira
Comunicação: Isabel Campante
Venda de espectáculos: Pedro Rodrigues
Produção: A Escola da Noite

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eclipse Arte na Vilarinha


Depois da Comemoração do 30ª aniversário da Companhia, o Pé de Vento acolhe no seu Teatro da Vilarinha, no Porto, o 5º Festival de Artes do Palco da Eclipse Arte.

O Dom de ser Quixote, de António M. Rodrigues, 21ª produção da Eclipse Arte, que estreou a 16 de Setembro, integra o evento e estará em cena até ao dia 24 de Setembro.

O Dom de ser Quixote, espectáculo para maiores de 6 anos, é teatro de marionetas actores, onde a vertente tradicional do teatro de marionetas se une a uma linguagem teatral contemporânea. Depois de muitos anos refugiado na leitura de romances de cavalaria, D. Quixote decide tornar-se cavaleiro andante e partir à aventura pelo mundo, com a missão de defender e salvar os mais fracos. Dedicando todos os seus actos heróicos a um amor ideal. Nesta viagem o Cavaleiro da Triste Figura luta contra as adversidades do caminho errante, encontrando vários desafios que se adaptam à vida dos nossos dias, questionando o sentido da vida e encontrando alternativas com humor e poesia.

O 5º Festival de Artes do Palco da Eclipse Arte integra ainda a performance Elementos e Movimentos, como primeira parte de O Dom de Ser Quixote. Outros espectáculos:
Astrov Tchekov - dias 26 a 28 de Setembro, estreia absoluta, de António M. Rodrigues.
Vânias - dias27 e 28 de Setembro, encenação de António M. Rodrigues a partir de o Tio Vânia.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Circular 4 - Festival de Artes Performativas


A 4ª edição do Circular - Festival de Artes Performativas acontece entre 20 e 27 de Setembro, em Vila do Conde. No decorrer de uma semana, serão apresentadas performances/espectáculos de Alejandra Salinas & Aeron Bergman, Rogério Nuno Costa, Cláudia Dias, Projecto Teatral e Mathilde Monnier & La Ribot.

Durante o Festival terão ainda lugar conversas entre os artistas e o público, proporcionando o diálogo sobre os processos de criação desenvolvidos. Estará também patente uma mostra bibliográfica sobre artes performativas, que pretende dar a conhecer projectos editoriais publicados em Portugal.

De 13 a 30 de Setembro, o Festival apresenta no Fórum da FNAC Sta. Catarina, no Porto, uma selecção representativa de fotografias de trabalhos apresentados nas anteriores edições do Festival, da autoria de Susana Neves.

Programa, reservas e bilhetes e mais informações em http://www.circularfestival.com/

sábado, 13 de setembro de 2008

Piano e dança contemporânea de Tânia Carvalho


De Mim Não Posso Fugir, Paciência!” é o mais recente projecto que a bailarina e coreógrafa de dança contemporânea Tânia Carvalho apresenta no Theatro Circo, em Braga, a 18 e 19 (21h30) de Setembro.

Interpretada por quatro bailarinos – Luís Guerra, Maria João Rodrigues, Marlene Freitas e Ricardo Vidal – e uma pianista – a própria Tânia Carvalho –, “De Mim Não Posso Fugir, Paciência!” explora «os movimentos que um pianista deveria aprender de modo a interpretar a música».

Recorrendo ao expressionismo, «tendência de um artista para distorcer a realidade de modo a suscitar um efeito emocional», Tânia Carvalho, para quem «tocar um instrumento implica ser um bailarino», coloca nesta peça o seu interesse pelo modo como a música não produz qualquer efeito se o pianista não estiver sintonizado com o sentido e o ritmo da coreografia.
Como marionetas manipuladas pelo pianista, a peça, que tem por base um texto de Patrícia Caldeira, desenrola-se através das reacções dos bailarinos aos gestos do pianista, concretamente ao som produzido pelo piano e aos momentos de silêncio, que resultam igualmente dos movimento executados pelos bailarinos e que, desta forma, se desenvolvem em mútua influência.

Contudo, a coreógrafa afasta a categorização deste trabalho dos domínios da improvisação: «a minha intenção é visar o todo, a totalidade da composição, de tal forma que, no palco, a impressão será a de que as reacções entre bailarinos e pianista acontecem em plena reciprocidade pela primeira vez».

Natural de Viana do Castelo, Tânia Carvalho iniciou-se na dança clássica com cinco anos, direccionando a sua formação para a dança contemporânea, que culminou com o ingresso no Fórum Dança e, mais tarde, com o curso de Coreografia da Fundação Calouste Gulbenkian.
Responsável por vários projectos, tanto a nível interpretativo como criativo, Tânia Carvalho destacou-se na autoria das peças “Explodir em Silêncio Nunca Chega a ser Perturbador”, “Na Direcção Oposta”, “Um Privilégio Característico” e “Newtan”.

Co-fundadora da associação “Bomba Suicida”, a bailarina e coreógrafa representou Portugal em eventos como “Pointe to Point”, inserido no Third Ásia-Europe Dance Fórum (no Japão), e foi convidada para residências no Reino Unido e em França.
Em 2007, escolheu o palco do Theatro Circo como cenário para a estreia do solo “Uma Lentidão que Parece Uma Velocidade”.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

As Criadas de João Garcia Miguel


Estreia a 13 de Setembro de 2008, às 21 horas, no Pequeno Auditório do CCB, Lisboa, um novo projecto de João Garcia Miguel com Miguel Borges e Anton Skrypiciel, a partir de As Criadas de Genet.

A primeira premissa que nos conduzirá como um cego que guia outros cegos é o desejo de usarmos o texto As Criadas de Genet como um guia de viagens, como um manual de instruções para a construção de situações do espectáculo, mas silenciando o autor, emudecendo o texto na medida do possível. O uso de textos com um travo de clássicos na sua formulação e nos conteúdos que tratam é um desafio que permite aprofundar perguntas como: O que é que significa hoje fazer teatro? Como se joga este jogo ou de que peças é feita esta máquina?
As Criadas é um texto que mais uma vez, me aproxima do tema da morte. Aqui a morte é multiplicada e omnipresente nas suas formas e presenças: a morte como uma metamorfose do ser em busca de si e dos seus limites; a morte como um atrevimento uma provocação que leve a exceder as próprias forças em busca de uma paz que não deseja; a morte como um ideal de transformação que dá extensão aos movimentos de inquietação da imaginação; a morte como uma imagem que transporta consciência de si; a morte como desejo de afrontar aquilo que mais se teme; a morte como expressão de um outro que habita dentro de nós e que desconhecemos; a morte como uma união com a nossa própria imagem.Será sobre o domínio de uma geometria do simbólico ou geometria significativa?
Citando as didascálicas de Genet: “Os encenadores deverão esforçar-se por conseguir uma deambulação que nunca poderá ser fortuita: as Criadas e a Senhora andam de um lado para o outro no palco desenhando uma geometria significativa. Não posso dizer qual deva ser, mas sei que essa geometria não se deve limitar a simples idas e vindas. Deverá inscrever-se como, segundo se diz, se inscrevem no voo das aves os presságios, no voo das abelhas uma actividade de vida, nos passos de alguns poetas uma actividade de morte.”Nos gestos e nos movimentos dos actores devem inscrever-se o quê? A vida? Uma transcendência para uma outra qualquer visão do mundo? Uma consciência que nos faça soçobrar e cair para dentro de nós mesmos experimentando sensações que nunca nos atreveríamos a fazer sem que nos empurrassem para tal? Nada? Apenas formas vazias que cada um desenha e utiliza como quiser? A morte? Na verdade não sei o que deve ter um gesto ou um movimento de um actor; mas atrevo-me a firmar que deve ser algo próximo da música, de um sentir que nos confronte a razão com o corpo, que nos permita espectadores do eu cairmos para dentro; que nos permita separar e imobilizar um gesto refazendo-lhe os sentidos possíveis; que nos permita começar a existir.
JGM

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nova Galega de Dança


Depois de dois espectáculos onde a Companhia Nova
Galega de Dança
surpreendeu o público com a sua linguagem,
coreográfica e musical, agora com Tradicción, esta
companhia quer surpreender de novo utilizando, desta
vez, os elementos que compõem o seu próprio imaginário.
Com este espectáculo Nova Galega de Dança quer aproximar
os elementos tradicionais a partir da contemporaneidade,
mostrando as nossas raízes a partir do presente.
Terra, percussão, madeira, vento, força, povo, movimento,
pele, destreza e virtuosismo.

Setembro
Día 12 21.00 h. Teatro Rosalía Castro (A Coruña). ESTREIA
Día 13 21.00 h. Teatro Rosalía Castro (A Coruña)
Día 19 21.00 h. Centro Social Caixanova (Pontevedra)
Día 20 20.30 h. Centro Cultural Caixanova (Vigo)
Día 28 20.30 h. Auditorio Pazo de Congresos Municipal (Ourense)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

ENCONTRO DE ESTÉTICA E TEORIA CULTURAL



O Encontro Efémero.Criação.Acontecimento visa reunir investigadores universitários, criadores e mediadores culturais para uma reflexão e um debate capazes de aprofundar o conhecimento sobre a Arte, em particular a que é realizada em Portugal. Objectivo complementar: discutir criticamente os caminhos que a Criação pode percorrer quando lhe importa rever a sua dimensão estética e política, no seio da sociedade actual.
Repensar a nossa relação com o Efémero e aceitar o desafio do Acontecimento, em antecipação de uma Bienal da Luz, são duas acções articuladas que motivam uma visão estratégica sobre a problemática da criação na contemporaneidade. Se os convidados estrangeiros Christine Buci-Glucksmann [França] e Malcolm Miles representam duas posições particularmente ricas e sólidas sobre as duas categorias que o Encontro procura debater, o conjunto de convidados nacionais oferece uma panorâmica abrangente e transversal da produção artística na actualidade, nomeadamente na sua relação não apenas com o mundo das ideias, mas com o próprio espaço urbano e o presente quotidiano.

Participantes, modelo e objectivos
Christine Buci-Glucksmann, José Manuel Rodrigues, Margarida Medeiros, Pedro Costa, Luís Oliveira, Susana Mendes Silva, João Fernandes, Pedro Amaral, Paulo Ferreira de Castro, Luís Carmelo, Malcolm Miles, Manuel Gusmão, Teresa Cruz, Jacinto Lageira, Pedro Bandeira, Delfim Sardo, João Tabarra, Miguel von Hafe Pérez, Tiago Guedes, Ana Pais, Pedro Cabral Santo, Carlos Vidal e Idalina Conde debatem a articulação entre dois conceitos filosóficos – o Efémero e o Acontecimento – fundamentais no âmbito da produção artística contemporânea.


Relevando o pensamento e experiências marcantes no campo da investigação, da mediação cultural e da actividade artística, em áreas diversas – das artes plásticas à música, do cinema à fotografia –, o encontro propõe-se não apenas como gesto cartográfico, mas sobretudo enquanto modelo de reflexão estratégica para a criação artística na actualidade e a sua afirmação em sentido lato.


EFÉMERO.CRIAÇÃO.ACONTECIMENTO ENCONTRO DE ESTÉTICA E TEORIA CULTURAL
16 e 17 de Setembro
Institut Franco-Portugais

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Setembro no Porto: mês do FIMP


O FIMP - Festival Internacional de Teatro de Marionetas do Porto, iniciado em 1989, realiza este ano mais uma edição, ocupando pelo segundo ano consecutivo a Praça D. João I - apenas o espectáculo Macbeth do Teatro de Marionetas do Porto será apresentado no TeCA.


Parte importante da programação resulta de residências artísticas. Isabel Alves Costa diz que o festival "tem sido sempre um lugar onde nos permitimos fazer todas as deambulações através de pessoas, de estéticas, de culturas, oscilando entre as fidelidades e cumplicidades para com determinados grupos e artistas e os riscos e curiosidades perante o desconhecido. Gostamos das franjas, dos rompimentos, das transversalidades, dos desafios... sem perder de vista a nossa razão de existir: as marionetas".

Destaques da programação:
Residencial da Praça • Intervenção Plástica [Nuno Carinhas • PT]

Convocatórias • Residência Artística [Núcleo de Experimentação Coreográfica • PT]

Hino do FIMP • Espectáculo de Música

Fanfarra na Baixa • Espectáculo de Música [F.R.I.C.S. + Fanfarra de São Bernardo • PT]

MacBeth • Espectáculo de Marionetas e Objectos [Teatro de Marionetas do Porto • PT]

Histórias da Carochinha • Espectáculo de Marionetas e Objectos
[Era Uma Vez, Teatro de Marionetas • PT]

(Surtout) ne pas rester seule dans l’herbe • Espectáculo de Circo [Cheptel Aleïkoum • FR]

Oficinas [SKITe / Sweet & Tender Collaborations • VÁRIAS]

Les Bénévoles • Animação com Marionetas [TOF Théâtre • BE]

Le Best Of… Les Bénévoles • Espectáculo de Marionetas e Objectos [TOF Théâtre • BE]

O Auto da Barca do Inferno • Espectáculo de Marionetas e Objectos [Era Uma Vez, Teatro de Marionetas • PT]

Volta ao Mundo, uma viagem de circo-navegação • Espectáculo de Marionetas e Objectos
[Limite Zero • PT]

Déviations Marseillaises 1 – Porto • Residência Artística [La Zouze - C.ie Christophe Haleb • FR]

Público Alvo • Residência Artística [Teatro Praga • PT]

Som da Praça • Espectáculo de Música [SKITe / Sweet & Tender Collaborations • VÁRIAS]

Daydream • Work in progress [Teatro de Ferro • PT]

A Visita do Rinoceronte • Work in progress [Balleteatro Companhia + Movimento Incriativo • PT]

Stan • Espectáculo de Marionetas e Objectos [Jim Barnard • UK]

Noite de Jazz • Espectáculo de Música [Quarteto de Mário Franco e Sérgio Pelágio, • PT]

Lopin/ Petites Âmes/Des Nouvelles des Vieilles • Espectáculos de Marionetas e Objectos
[Là Où – marionnette contemporaine • FR]

Entre 12 e 20 de Setembro, Porto.


domingo, 7 de setembro de 2008

Fiestacultura - edição de Outono



A revista espanhola Fiestacultura, dedicada ao teatro de rua, acaba de lançar o número 36, onde se destaca uma entrevista com Eugenio Barba.

Neste número, é publicada abundante informação sobre os festivais de verão que se realizam por toda a Espanha, e não só, que incluem na sua programação espectáculos de teatro de rua.

O Festival de Viladecans, a Mostra de Alcoi, Umore Azoka de Leioa, La Strada de Graz, Chalon de la Rue, X.Trax de Manchester, Festival de Alcorón e o KaldeArte, são alguns exemplos de eventos reportados e comentados nesta edição.

Destaque ainda para a 6ª parte do dossier "La Escena Callejera".

Mais informações sobre a Fiestaculura em http://www.fiestacultura.com/

sábado, 6 de setembro de 2008

Para pensar qualquer ditadura


O Centro Latinoamericano de Creación e Investigación Teatral, da Argentina, fundado em 1975, tem há dois meses em cena “Terror y miséria en el primer franquismo”, de José Sanchis Sinisterra.

PLATO ÚNICO. Com Stella Minichiello, Alejandro Orlandoni, Fito Pérez. Encenação: Claudia Quiroga
EL ANILLO. Com María Forni, Claudia Sánchez. Encenação: Teresita Galimany
INTIMIDAD. Com Concha Milla, Annie Stein. Encenação: Carlos Ianni
DOS EXILIOS. Com Daniel Bazán Lazarte, Octavio Bustos. Encenação: Claudia Quiroga
EL TOPO. Com Claudia Quiroga, Sebastián Vila. Encenação: Carlos Ianni
ATAJO. Com Román Lamas, Roberto Municoy. Encenação: Teresita Galimany


Franquismo em seis capítulos para pensar qualquer ditadura. Todas as ditaduras se parecem. Todas geram o mesmo horror, o mesmo terror. A mesma incompreensão. Por isso não é estranho que o autor da obra teatral Terror y miseria en el primer franquismo, José Sanchis Sinisterra, tenha eleito uma como exemplo de todas. E uma com a qual o espectador pode facilmente identificar-se e transpor para o seu horizonte de expectativas, já que em todas as ditaduras se cozinham as mesmas e pútridas fabas.

Galardoada com o Prémio Nacional de Literatura Dramática pelo Ministério de Cultura de Espanha, o relato toma como modelo Terror e miséria no Terceiro Reich, de Bertold Bretch, mas apenas como ponto de partida: os seis “capítulos”, ou partes, em que se divide a obra funcionam como um mostruário das distintas abordagens possíveis para um mesmo horror.

Até 28 de Setembro
CELCIT. Moreno 431.
Buenos Aires, Argentina

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Feminine de Paulo Ribeiro no S. João


“Quatro amigos encontram-se num ringue ou recinto para jogar à bola, e ali vão-se provocando e desafiando, pregando partidas e contando histórias.” Assim descrevia Paulo Ribeiro, em entrevista, o seu Masculine (2007), coreografia interpretada por três bailarinos e um actor que tomava o Pessoa da vida-de-todos-os-dias como ponto de partida e referência central. Interpretado por quatro bailarinas e uma actriz, Feminine é o lado B da aventura pessoana do coreógrafo, espectáculo onde a bola de futebol dá lugar aos saltos altos. Passagens do Livro do Desassossego – obra que há anos não abandona a mesa-de-cabeceira de Paulo Ribeiro – e de outros textos de Pessoa desencadeiam movimentos e palavras num quinteto feminino de excepção, formado após uma audição em que participaram cerca de 250 candidatas das mais diversas partes do globo. Estreia absoluta de um espectáculo cujo criador é bem conhecido do público do TNSJ, Feminine abre a temporada 2008/2009 com sarcasmo, sentido de humor, volúpia, sensualidade – e outras subtilezas femininas.


Para dar corpo à formação que imaginava, Paulo Ribeiro anunciou uma audição, à qual responderam 250 candidatas de todos os cantos do mundo. Quatro foram escolhidas – a que se juntou Leonor Keil, actual directora artística da Companhia Paulo Ribeiro e sua intérprete de há muitos anos (além de sua mulher). […] Este é, no percurso da Companhia, fundada há 12 anos, um projecto invulgar, que não se baseia em cumplicidades firmadas com um colectivo de bailarinos habitual. As intérpretes nunca tinham trabalhado juntas e, na maior parte, não se conheciam. Elisabeth Lambeck é holandesa, trabalhou na Alemanha e soube da audição quando estava a trabalhar em Scope, de Rui Horta, com Romeu Runa; está em Portugal há um ano. São Castro – depois de dançar no Balleteatro ou na Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo – entrou no Ballet Gulbenkian no final de 2004, pela mão de Paulo Ribeiro, o então director; poucos meses depois estava novamente no “mercado”, como se sabe. Quanto a Margarida Gonçalves, passou pela Academia Contemporânea do Espectáculo e pelo Teatro Bruto, além de outras experiências com encenadores como José Carretas ou António Fonseca; sob direcção de John Mowat, protagonizou recentemente Salazar – The Musical, sendo o teatro físico o seu território de partida. Erika Guastamacchia, italiana de Bari cuja formação em dança contemporânea foi feita em Roterdão, veio a Portugal fazer a audição e por cá ficou; era a única que nunca tinha lido Pessoa e que admite que ainda não terminou o Livro do Desassossego, ponto de partida para a dramaturgia da peça.
Mónica Guerreiro
Excerto de “Feminine: Cinco Intérpretes à Volta de Pessoa”. Obscena: Revista de Artes Performativas. N.º 13/14 (Jun./Jul. 2008). p. 52


textos Fernando Pessoa
tradução Richard Zenith
direcção e coreografia Paulo Ribeiro
música Nuno Rebelo
voz Richard Zenith, Cathrin Loerke
figurinos Ana Luena
desenho de luz Nuno Meira
assistência de coreografia Peter Michael Dietz
interpretação Elisabeth Lambeck, Erika Guastamacchia, Leonor Keil, Margarida Gonçalves, São Castro
co-produção Companhia Paulo Ribeiro, Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, IGAEM – Centro Coreográfico Galego

Teatro Nacional S. João, Porto - 5 e 6 de Setembro

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cena Contemporânea em Brasília


Decorre em Brasília, até dia 7 de Setembro o Cena Contemporânea Festival de Teatro de Brasília, que contou com a participação dos portugueses Teatro de Marionetas do Porto.

Esta edição do Cena Contemporânea leva a Brasília espetáculos de criadores inéditos no Brasil, artistas intrigantes que têm renovado a cena teatral na Europa, Oriente Médio e América do Sul, trabalhos que integram e misturam diversas linguagens.

A programação internacional é feita de nomes como Angelica Liddell, uma jovem criadora espanhola cuja radicalidade tem conquistado a crítica na Europa, o grupo Los Corderos, também da Espanha, Orto-Da Theatre Group, de Israel, Teatro de Marionetes do Porto, os italianos do mágico e imperdível Jardim Japonês, a poesia visual feita com o corpo da dançarina e coreógrafa Maria Donata D’Urso, o teatro venezuelano de Gustavo Ott e o grupo peruano Cuatrotablas que apresenta a vida do poeta César Valejjo.

A programação conta ainda com a participação de alguns dos mais importantes espetáculos e grupos do Brasil e de Brasília, além de oferecer à cidade uma mostra para as crianças, mostra de cinema, dezenas de actividades de formação e especialização, com ênfase na dramaturgia, e um seminário que discutirá as relações entre Política e Cultura.

O jornalista espanhol Carlos Gil Zamora, editor da revista Artez, de Bilbao, que acompanhou a última edição do FITEI e que é o autor do texto do programa dos Prémios Max sobre o festival do Porto, foi, nesta edição do Cena Contemporânea de Brasília, o indicador de alguns dos grupos que integram a sua programação.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Curso de Iniciação Teatral na Argentina


Dirigido por Aldo El-Jatib, a Escola Experimental del Rayo, organiza um curso de iniciação teatral, em Rosário, Argentina. O curso inicia-se em 9 de Setembro e é mais uma iniciativa de formação do Grupo Laboratório de Teatro "EL RAYO MISTERIOSO", fundado e dirigido desde 1994 por Aldo El-Jatib, que tem como principal objetivo encontrar novas formas de expressão teatral e desenvolvimento da comunicação com o espectador.