sábado, 30 de abril de 2011

Texto de Raul Brandão numa dramaturgia e encenação de João Brites

Ana Brandão, Guilherme Noronha, Paulo Castro (actores), Christian Luján, Diogo Oliveira, Inês Madeira, Paulo Carrilho, Sara Belo (cantores), Sandra Rosado (bailarina), Jorge Salgueiro (maestro), Bruno Sousa, Catarina Claro, Jacinto Loy Perez Rodriguez, Marisa Correia, Ricardo Sousa, Rogério Monteiro e Sara Araújo (músicos), constituem o elenco de A MORTE DO PALHAÇO, de Raúl Brandão, que está em cena no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, numa encenação de João Brites co-produzida pelo Teatro o bando e Teatro Nacional de S. João.

De uma galeria de figuras marginais que se encontram de passagem no seu percurso infindável, de uma colecção de refugiados cujo olhar está sempre à espera de um Verão que nunca chega, surge-nos um palhaço indigente que se ergue contra o mundo, “como se um bicho de esgoto criasse asas e se pusesse a voar”. Passados vinte anos, o Teatro O Bando regressa às palavras de Raul Brandão (1867-1930) e à música de José Mário Branco, mas a este gesto dificilmente poderíamos chamar reposição, porque no caso concreto destes incansáveis alquimistas, uma nova paisagem cénica e uma nova visão dramatúrgica implicam necessariamente outras formas de organização e percepção. A Morte do Palhaço que co-produzimos e apresentamos no claustro do Mosteiro de São Bento da Vitória é um espectáculo onde a luta quotidiana se aproxima dos sonhos, ainda que para tal tenha de sacrificar a realidade. Um espectáculo que procura derrubar portas invencíveis, portas que não se abrem, que não se vergam e que só cedem sob o peso de uma vida, pois sempre morre alguém para que a humanidade dê um novo passo. Passados vinte anos, João Brites regressa inquieto aos mesmos pontos de interrogação: “Quais são os nossos sonhos e quimeras? E que força precisamos para os atingir? E quem são os nossos pares nesta luta?” - in website TNSJ

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A MENINA DOS MEUS OLHOS Estreia dia 27 de Maio de 2011 Festival TAC Valladolid, Espanha

A Menina dos Meus Olhos, estreia no dia 27 de Maio de 2011, no Festival TAC Valladolid, Espanha.

Espectáculo de teatro dança, concebido para ser também apresentado em teatros e onde o grupo de teatro As Avozinhas contracena com o projecto musical Mudo as Maria.

O grupo de Teatro AS AVÓZINHAS existe há nove anos, formado por mulheres com mais de sessenta anos, dirigido por Dolores de Matos. Para além da reflexão e debate sobre a participação do idoso nesta sociedade tão desigual, busca a oportunidade de experiências estéticas em diferentes linguagens artísticas, negadas anteriormente a estas pessoas.

As Avózinhas, nome escolhido pelo Grupo, é um projecto de intervenção experimental, que tem a intenção de formar estas mulheres/actrizes, e utilizar o teatro como um recurso na compreensão das subjectividades dos idosos, a partir da encenação das suas lembranças, mesmo que recorrendo a textos escritos a propósito para o grupo, ou propostos por dramaturgos e escritores: como Gonçalo M. Tavares – Os Henriques; Cândido Ferreira Canja de Mel; A Cotovia com dramaturgia de João Brites a partir da poesia de Natália Correia, entre outros, e agora com Cláudia Lucas Chéu nesta criação A Menina Dos Meus Olhos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Atrasos no QREN obrigam rede de teatros a cortar na programação

As actividades nos teatros da Guarda, Maria Matos (Lisboa), Virgínia (Torres Novas), Viriato (Viseu) e no Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) estão a ser afectadas por sérias restrições orçamentais devido a um atraso nos financiamentos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).
Este atraso, explicaram esta terça-feira quatro representantes destas cinco estruturas numa conferência de imprensa em Lisboa, está já a limitar a programação e a obrigar os responsáveis a recorrer às autarquias mais do que seria desejável e até mesmo a contrair empréstimos bancários.
Tudo porque, explicou José Bastos, director do Centro Cultural Vila Flor, a 5 Sentidos, a rede de programação com a qual se candidataram ao financiamento do QREN em Abril do ano passado - dinheiros que chegam via Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), um sistema que envolve apoios da União Europeia mas que exige uma comparticipação dos Estados membros que a ele recorrem - continua sem receber qualquer verba.
A candidatura que estes cinco teatros apresentaram ao QREN, programa tutelado pelo Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, implicava a constituição de uma rede de programação destinada a reduzir as assimetrias regionais no que toca à produção e fruição cultural e foi aprovada apenas em Fevereiro deste ano, nove meses depois do prazo previsto, segundo os directores dos teatros.
Mas a falta de aprovação – tudo indicava que ela chegaria – e o facto de não estarem ainda assinados nem o protocolo, nem o contrato de financiamento não impediu os teatros de avançarem como previsto até 31 de Março, graças à banca e às câmaras municipais que os apoiam.
Neste momento, dos 2,9 milhões de euros de investimento aprovado para os 34 meses abrangidos pela candidatura, os cinco teatros já investiram 709 mil euros, dos quais quase 535 mil deveriam ter sido cobertos pelo FEDER (é supostos que os fundos europeus garantam 1,8 milhões dos quase três milhões aprovados).
“A asfixia financeira está a limitar a execução orçamental”, explicou ainda o director do Vila Flor. “O impacto nas estruturas é evidente e o atraso obriga-nos a ir à banca, o que tem custos elevados e vai prejudicar a programação dos teatros, mesmo a que não é feita no âmbito da rede.”
Com a 5 Sentidos estas cinco salas já apresentaram 40 projectos – produto de encomendas directas, co-produções ou da simples compra de espectáculos – em mais de 200 sessões, entre os quais "As Lágrimas de Saladino", de Rui Horta, "A Gaivota", numa encenação de Nuno Cardoso, e "Out of Context – For Pina", de Alain Platel.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Zé Paredes encena texto de Copi








O actor e encenador português radicado na Galiza, Zé Paredes, prepara a encenação de Le Frigo, um texto de Copi, interpretado por Mundo Villalustre, com estreia prevista no Festival Visibles de Madrid, no Teatro Triángulo, nos dias 23, 24 e 25 de Junho.

O universo prodigioso de L., um homem que é mulher e que no dia do seu quinquagésimo aniversário recebe um estranho presente: um frigorífico. Le Frigo, um retrato saturado de imagens e solidão, é uma das mais fascinantes propostas de interpretação do teatro contemporâneo. É um texto cáustico e intemporal onde todos os géneros sexuais e todos os estilos teatrais se sucedem promiscuamente de forma vertiginosa e surpreendente: da comédia de situação à farsa de costumes, do melodrama ao cabaret, da tragicomédia à sátira social. - Zé Paredes

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mensagem da REDE no Dia Mundial da Dança 2011


Em 1982, a UNESCO, através do seu Conselho Internacional para a Dança, estipulou o dia 29 de Abril como o Dia Mundial da Dança considerando a importância desta manifestação artística e a necessidade de ser reconhecida.

Em 2011 celebra-se pelo 29º ano consecutivo esta efeméride com a organização de diversos eventos, nos mais variados formatos, em diversas partes do mundo. Num momento de difícil contexto político nacional e no meio de uma crise económica mundial, a REDE, associação que reúne 26 estruturas dedicadas ao desenvolvimento da dança contemporânea e dos seus cruzamentos disciplinares, vem, mais uma vez, chamar a atenção para o enorme trabalho que ainda há a fazer em Portugal. A visibilidade e o reconhecimento desta disciplina, da sua especificidade, da sua pluralidade e a necessidade inadiável da criação de estratégias a longo prazo para o seu desenvolvimento e implantação no tecido social do país são objectivos a perseguir.

A celebração possível neste momento específico que atravessamos passa não só por continuar um trabalho de resistência e de produção de alternativas, como também por relembrar, de forma sintética, aquilo que defendemos:

- A dança deve fazer parte do plano estratégico e financeiro de qualquer governação, tendo em conta os aspectos específicos do seu exercício enquanto actividade profissional e da sua implantação no imaginário e no tecido social do país;
- A actividade no campo da dança, tal como em qualquer outra categoria profissional, deve ter uma regulamentação adequada que permita zelar pelo respeito e pela dignidade dos profissionais que a desenvolvem;
- A dança deve ser uma parte imprescindível na educação de crianças, jovens e adultos, como potenciadora do desenvolvimento de uma relação saudável com o próprio corpo e com os outros;
- A dança deve deixar às gerações futuras uma memória, a sua documentação e transmissão faz parte de um património comum que deve ser preservado e valorizado;
- A dança deve ser acessível a todos e merece ter espaço regular de apresentação, de experimentação e de divulgação na programação nacional e internacional.

A REDE é uma organização supra-associativa que representa os interesses da comunidade da dança contemporânea portuguesa.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

TEP E PRIMEIROS SINTOMAS APRESENTAM “OS ASSASSINOS”

A convite do Teatro Experimental do Porto, Bruno Bravo, director do grupo teatral Primeiros Sintomas, assina a encenação de um novo espectáculo, co-produzido pelas duas companhias.

“OS ASSASSINOS”, de Miguel Castro Caldas, ocupação de um conto de Ernest Hemingway, com encenação de Bruno Bravo, que estreará, no Auditório Municipal de Gaia, no dia 5 de Maio. A cenografia é de Stéphane Alberto, os figurinos de Susana Sá, o desenho de luz de André Calado, estando a interpretação a cargo de Dinis Gomes, Miguel Loureiro, Paulo Pinto, Ricardo Neves-Neves e Susana Sá.

O conto The Killers, de Ernest Hemingway, foi fonte de inspiração para vários filmes, sobretudo americanos, mas também para Andrei Tarkovsky, o único realizador que respeitou o final do autor, deixando-o em aberto.

Dois gangsters entram num restaurante meia hora antes deste começar a servir as refeições. Dirigem-se ao balcão e dizem que estão à espera do Sueco. Rapidamente percebemos que vêm para o matar. O Sueco costuma ir àquele restaurante todos os dias. Eles ficam à espera dele. Mas ele não vem. No fim, o criado do restaurante vai ao quarto de hotel onde o Sueco está instalado. Avisa-o de que andam uns tipos à procura dele para o matar, que o melhor é ele fugir. Mas ele diz que não foge, que está farto de fugir, não sairá do sítio onde está…” (Miguel Castro Caldas)

domingo, 24 de abril de 2011

Simplesmente Complicado em Lisboa

A co-produção CENDREV / Teatro Municipal da Guarda, Simplesmente Complicado, de Thomas Bernhard, com encenação de Américo Rodrigues, será apresentada em Lisboa, na Sala da Comuna, nos dias 29 e 30 de Abril.

Três cenas, divididas segundo as partes do dia – manhã, meio-dia e fim da tarde: um velho actor está em pé de guerra com o seu passado. Ele sobreviveu a toda a família, mas em conversas solitárias continua as discussões com a esposa, há muito falecida. Até Shakespeare e Schopenhauer se tornaram seus adversários. O seu dia-a-dia decorre agora num quarto degradado, onde recebe a visita de ratos, que vivem por trás de um rodapé. A esses animais atribui nomes como almirante Nelson ou Dönitz até que por fim os quer envenenar. A sua única ligação ao mundo exterior é uma menina de nove anos, que lhe traz leite uma vez por semana, apesar dele abominar leite. Além dele – ela é a única pessoa a poder usar a coroa de Shakespeare, que ele outrora levara consigo como recordação de um espectáculo.

sábado, 23 de abril de 2011

I Mostra de Dança da Galiza em Santiago de Compostela

O Centro Coreográfico Galego (CCG) organiza a I Mostra de Dança da Galiza, que se realizará entre 26 e 30 de Abril em Santiago de Compostela, com a participação de 37 companhias galegas de todos os estilos. O Salón Teatro e a Praça de Cervantes serão os palcos desta programação.

Esta iniciativa tem como principal objectivo reflectir diante do público o dinamismo coreográfico da Galiza, apresentando criadores emergentes ao lado de consagrados.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Seiva Trupe encena texto de Thomas Bernhard

Thomas Bernhard, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos universais, é o autor da nova produção da Seiva Trupe. À BEIRA DO FIM, texto sobre a irresistível teatralidade do nazismo na qual um respeitável presidente do Tribunal da República Federal Alemã, ex-oficial SS, torna a vestir o seu uniforme para celebrar o aniversário de Himmler. Estamos em plena democracia, têm de esconder uma coisa destas, embora a achem justa, repetem-na a cada ano, vestem-se, bebem champagne, fazem um jantar e recordam. Nem todos estão de acordo em tudo, uma das irmãs discorda totalmente desta ideologia e fá-lo com raiva, embora seja inútil qualquer coisa que faça. Adivinha-se a loucura mais total e perigosa por baixo das relações, o seu segredo vital fá-los endogâmicos, o seu amor à sua raça e à sua classe fá-los perversos. É a teatralização do fascismo na versão de Bernhard.

A obra À BEIRA DO FIM é apresentada pela primeira vez em Portugal, com um elenco composto por LURDES NORBERTO, MÁRIO JACQUES e PAULA GUEDES. A encenação é de JÚLIO CARDOSO.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

'Dura dita dura' do Teatro de Ferro em Estarreja | Segunda-feira, 25 de Abri


«Era uma vez um menino pequeno que vivia num país pequeno virado para o grande oceano. Dizia-se que, nesse país, grandes homens e homens de todos os tamanhos se tinham lançado pelo mar dentro à procura de outros países e de outros homens. Mas isso tinha acontecido há tanto tempo que o menino de que estamos a falar nunca tinha molhado os pés no mar..

DURA DITA DURA é a história de um menino, o Baltazar, que cresce algures, numa te...rreola perdida de um Portugal esquecido - mas apertadamente vigiado e auto-vigiado. Baltazar é mudo, mas não surdo. A sua vivacidade de menino fora do baralho conflitua manifestamente com o obscurantismo que caracteriza o Portugal dos pequeninos. Baltazar é um escândalo de silêncio num país silenciado. Mas não se escolhe o lugar e o tempo onde se nasce.

DURA DITA DURA é um espectáculo de marionetas para todas as idades acerca da atmosfera de terror surdo que reinou durante meio século num país onde as paredes tinham ouvidos. Através do olhar atento, por vezes atónito, de uma criança bem amada mas permeável ao mal-estar dominante, pretende-se dar a conhecer um passado ainda próximo que tende contudo a esbater-se nas «brumas da memória»...

Texto e Canção | Regina Guimarães
Encenação, Cenografia e Marionetas | Igor Gandra
Música | Michael Nick

quarta-feira, 20 de abril de 2011

María Beatriz Vergara protagoniza 'A Casa de Bernarda Alba'

LA CASA DE BERNARDA ALBA, de FEDERICO GARCÍA LORCA, estreia em Quito, Equador, com direcção de JESÚS CRACIO.

Trata-se de uma co-produção PRODUCCIONES ESCÉNICAS- FUNDICIONES TEATRALES – IBERESCENA - FUNDACIÓN TEATRO NACIONAL SUCRE.

LA CASA DE BERNARDA ALBA é protagonizada por MARÍA BEATRIZ VERGARA, que estará na próxima edição do FITEI com 'MEDEA LLAMA POR COBRAR'.

Esta encenação do texto mais universal de Garcia Lorca, que ganhou o projecto da IBERESCENA denominado “Fortalecimiento al Teatro Clásico", estreia no dia 5 de Maio, no Teatro Sucre, em Quito.

As actrizes JUANA GUARDERAS, SUSANA PAUTASSO, VALENTINA PACHECO, RANDI KRARUP, SONIA VALDEZ, DOLORES ORTRÍZ, MARILÚ VACA,, PAULINA TAPIA e LORENA RODRÍGUEZ compõem o restante elenco.

terça-feira, 19 de abril de 2011

EARLY WORKS, DE TRISHA BROWN, PELA TRISHA BROWN DANCE COMPANY | 21 Abr - 24 Abr 2011 - Museu e Parque de Serralves

A Companhia de Trisha Brown propõe ao público da Cidade do Porto um percurso pelo Museu e pelo Parque de Serralves ao longo do qual irão sendo reveladas peças fundadoras da obra de Brown. Esta recontextualização espacial das peças coreográficas de Brown - característica distintiva dos Early Works que concorre para a sua vitalidade e actualidade - proporcionará novas leituras das obras e dos espaços de apresentação.

O programa integrará doze “Early Works” (de 1968 a 1974), de Trisha Brown, peças matriciais no trabalho desta extraordinária coreógrafa que pertence a um grupo de artistas que, nos anos sessenta, foi protagonista de uma das maiores experiências de interdisciplinaridade e improvisação em arte na história do século XX.

Criados nos anos 60 e início dos anos 70, os Early Works rompem as fronteiras da dança. Resultam de uma nova experimentação física e conceptual, da improvisação, do cruzamento das artes performativas com as artes visuais, da confluência da arte com a “vida quotidiana ”.
Estes primeiros trabalhos de Brown são ainda criados para espaços não convencionais (como galerias, ginásios e salas de apartamentos) e para espaços exteriores (parques, ruas, terraços ou fachadas de edifícios) numa tentativa de aproximar a arte da vida das pessoas e oferecer aos públicos possibilidades alargadas de percepção das peças.

Nos Early Works, Brown desenvolve as “Equipment Dances” – que implicam a construção e uso de estruturas -, como Floor of the Forest; as “Structured Pieces” – danças que emanam de uma regra simples e das suas permutações -, como Sticks ou Figure Eight e as “Accumulating Pieces” – um movimento, repetido, ao qual se junta um segundo e repete-se a frase, à qual é acrescentada um terceiro movimento… -, como Accumulation ou a Raft piece. É também neste período que Brown cria peças trompe l’œil, que desafiam a gravidade e iludem a perspectiva do espectador, como a emblemática Planes.

No seu conjunto, as peças deste período são rigorosas mas alegres e o movimento é “puro” e abstracto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Exposição Contrapontos Visuais em Santiago de Compostela

A exposição "Contrapontos visuais", selecção de imagens de Susana Neves e Pedro Sottomayor sobre três edições do FITEI, de 2006 a 2008, continua a ser solicitada por entidades portuguesas e estrangeiras.

A exposição revela dois olhares que ora se complementam ora se opõem, sublinhando também o espírito do festival, que nos últimos anos abriu os seus palcos a outras práticas artísticas.
Desta vez, a exposição viaja até Santiago de Compostela, onde poderá ser vista no Salón Teatro.

Trata-se de um acordo estabelecido com o Centro Dramático Galego, com apoio da AGADIC, que prevê igualmente a apresentação de um espectáculo do FITEI 2011 naquela sala de espectáculos e a presença no festival do Porto de uma companhia galega.

domingo, 17 de abril de 2011

Nova encenação de Luís Mestre no Teatro Nova Europa




"Iremos Curar-te Pelo Excesso" de Mickaël de Oliveira com encenação de Luís Mestre pelo Teatro Nova Europa em Co-Produção com a Casa das Artes de Famalicão, estreia 22 de Abril, no Estúdio Zero, Porto.


Texto de Mickaël de Oliveira, encenação de Luís Mestre e interpretação de Gilberto Oliveira, Tânia Dinis e Sílvia Santos.

Iremos curar-te pelo excesso trata de uma viagem pelo mundo contemporâneo dos complexos, da relação que as pessoas têm com o seu próprio corpo e de como essa relação consigo próprio afecta o equilíbrio de uma sociedade ou de um simples casal que procura o mítico “bem-estar” nas terapias mais exóticas, seguindo o mito da “emancipação pessoal”. Iremos curar-te pelo excesso penetra na intrusão do desconforto de um homem que está encarcerado num espaço dedicado à festa, seja ela qual for, com a sua mulher e uma desconhecida que não os deixa sair enquanto todos não tiverem encontrado a “solução” ao seu problema. Ele terá de passar por níveis sucessivos, através de jogos perversos e de resoluções de enigmas, de espera, de tortura psicológica, para poder, finalmente, alcançar a prometida cura para além dos desejos egoístas. Iremos curar-te pelo excesso também poderia ter-se chamado fuck yourself.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

I CONCURSO INTERNACIONAL DE DANÇA DE OEIRAS - CONVITE À PARTICIPAÇÃO


O professor, coreógrafo e crítico de dança António Laginha, director do Centro de Dança de Oeiras (CDO), lança um convite à participação de bailarinos e estudantes de dança no I Concurso Internacional de Dança de Oeiras. O concurso decorrerá nas instalações do CDO, no Palácio Ribamar, em Algés, e no Auditório Municipal Eunice Muñoz (AMEM) em Oeiras, durante a Semana da Dança, de 26 a 30 de Abril, numa organização conjunta do CDO e da Revista da Dança.

Esta iniciativa que, para além da Semana da Dança, comemora também o 10º Aniversário do Centro de Dança de Oeiras incluirá uma exposição/ instalação e duas galas internacionais de dança, a realizar no Palácio Ribamar. Na gala da noite dia 29 de Abril, participarão a maioria dos bailarinos galardoados com os primeiros prémios do concurso, para além de vários artistas convidados.

Podem concorrer todos os bailarinos portugueses ou estrangeiros, nascidos entre 1 de Janeiro de 1970 (com menos de 40 anos) e 1 de Janeiro de 2000 (com idade superior a 10 anos), a solo, dueto ou em trio.


Os interessados deverão inscrever-se até 16 de Abril em http://www.cdo.com.pt/.

O regulamento do concurso encontra-se disponível em http://www.cdo.com.pt/regulamento.pdf.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Lua de Maria Sem no Teatro Maria Matos


A Lua de Maria Sem, peça escrita na íntegra por João Monge, tem como ponto de partida a criação de novas letras para fados tradicionais compostos por Alfredo Marceneiro. A palavra cantada, por Manuela Azevedo, junta-se à palavra dita, por Maria João Luís. Duas expressões de uma mesma personagem, Maria Sem.

Texto de João Monge, com encenação de Maria João Luís e interpretação de Manuela Azevedo e Maria João Luís.

De 14 a 17 de ABRIL, no Teatro de Maria Matos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cursos de verão da Cuarta Pared


A Cuarta Pared, de Madrid, retoma este verão os seus Cursos Internacionais de Teatro AFORO. Cursos que abarcam distintas disciplinas, desde a encenação à acção teatral de rua. Para esta edição, conta com a presença de alguns dos nomes mais interessantes do panorama espanhol e internacional: Marco Antonio de la Parra (Chile), Marcelo Díaz (Alemanha/Argentina), Alberto Jiménez, Daniel Abreu, Silvia de Marta e Adolfo Simón.

Mais informações AQUI

segunda-feira, 11 de abril de 2011

UM PRECIPÍCIO NO MAR no Teatro Aveirense



Os Artistas Unidos estarão no Teatro Aveirense com UM PRECIPÍCIO NO MAR de Simon Stephens, tradução de Hélia Correia, com interpretação de João Meireles e cenografia e figurinos Rita Lopes Alves, no dia 15, às 21h45.

Lá porque não sabemos, não quer dizer que não venhamos a saber. Nós só não sabemos por agora. Mas acho que um dia saberemos. Acho que sim.

Monólogo perfeito de quarenta e poucos minutos, parece a história trivial de um jovem amor, da paternidade e da família, mas com a ratoeira de uma tragédia sem sentido. Pode ser Deus responsável pela beleza da vida e também pela crueldade inexplicável?

Simultaneamente, no Museu de Aveiro, os Artistas Unidos abrem a exposição QUATRO de Sofia Areal, Manuel Casimiro, Jorge Martins, Nikias Skapinakis que termina no fim do mês.

sábado, 9 de abril de 2011

A Feia no cartaz de São Paulo

Contando com as interpretações de Alessandra Velho, Aline Abovsky, Edgard Jordão e MMiguel Hernandez, a companhia Foco em Loco apresenta em São Paulo a tragicomédia de Cleide Piasecki 'A Feia'.

A peça estará em cena até 24 de Abril.

Sob a direcção de Jairo Mattos, o espectáculo explora o género cómico nas suas possibilidades de ampliações e distorções para deixar claro a relatividade dos contornos da realidade e o absurdo de fazermos qualquer juízo baseados no efémero da aparência física. Assim, para contarmos essa história, visitamos a farsa, o melodrama, os formatos de programa de auditório de tv e o teatro de bonecos como projecção da angústia pessoal. As linguagens dialogam na tentativa de abolir qualquer certeza e ideia estabelecida e nos conduzir até os limites humanos, onde o riso se encontra com a dor e o preconceito cede espaço ao tragicómico.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

‘El jardín de las delicias’ na Cuarta Pared


‘El jardín de las delicias’ estreia no dia 8 de Abril e estará em cena nos dias 9, 10, 14, 15, 16 e 17 de Abril, na Sala Cuarta Pared de Madrid.

'Curtidores de Teatro' e 'Proyecto Bufo' produziram ‘El jardín de las delicias’, considerada uma das obras mais contundentes do Teatro Pânico mundial. A iniciativa surgiu quando as duas companhias participaram no laboratório de investigação Espacio Teatro Contemporáneo (ETC) da Cuarta Pared de Madrid. Colocaram as suas características específicas ao serviço de um espectáculo apresentado no âmbito do Ciclo Impulso ETC promovido por aquele espaço de criação e apresentação de artes cénicas.

O texto seleccionado foi escrito em 1967 por Fernando Arrabal, expoente máximo do Teatro Pânico e um dos autores contemporáneos espanhóis mais representados a nível internacional. O ponto de partida desta obra é o reconhecido tríptico de El Bosco.

Uma linguagem contemporânea, numa encenação que combina elementos plásticos e audiovisuais, canto, dança, palavra e movimento.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Com “As Três Irmãs” Nuno Cardoso encerra a trilogia tchekhoviana

© Victor Hugo Pontes

Depois de “Platonov” (TNSJ, 2008), o fulgurante primeiro ensaio, inacabado, caótico, tido como irrepresentável, da obra teatral mais estruturante do drama moderno, e de “A Gaivota” (Ao Cabo Teatro/ TNSJ/CCVF/Teatro Maria Matos/Teatro Aveirense, 2010), uma espécie de espelho vertiginoso onde o Teatro se serve de si próprio para ensaiar uma reflexão sobre o paralelo entre vida e criação, Nuno Cardoso encerra a sua trilogia tchekhoviana com “As Três Irmãs”, metáfora do sonho destruído pelo tempo que passa, drama imbricado da decadência de uma classe dominante cuja fixação infantil na felicidade dos “tempos de antanho” esconde mal a ausência de horizonte e a perda de sentido. Reexercício de uma metodologia de trabalho que prolonga e aprofunda a ideia de ensaio, tomando o repertório e uma dramaturgia material, física, descoberta com o corpo, enquanto pontos de partida para o livre desenvolvimento das linguagens de criadores cujo trabalho conjunto parece exponenciar as qualidades de cada um.


Em “As Três Irmãs”, Olga, Macha e Irina vivem um quotidiano banal numa pequena cidade dos confins da Rússia, enquanto sonham com o regresso à Moscovo natal. Nestes tempos de crise, quando a nostalgia daquele momento em que “éramos felizes e não sabíamos”, repetindo a formulação de Pessoa, paira como uma ameaça, importa saber onde fica a nossa Moscovo, importa compreender porque é que o sonho não se torna motor de futuro. Importa redescobrir o Teatro como ensaio de nós próprios e como alternativa ao consumo cultural de massas que apenas prolonga a submissão.


As Três Irmãs”, de ANTON TCHEKHOV, tradução de ANTÓNIO PESCADA, encenação NUNO CARDOSO e interpretaçaõ de DANIEL PINTO, ISABEL ABREU, JOÃO GROSSO, JOSÉ NEVES, LUÍS ARAÚJO, MANUEL COELHO, MARIA AMÉLIA MATTA, MARIA DO CEÚ RIBEIRO, MICAELA CARDOSO, SARA CARINHAS, SÉRGIO PRAIA, TONAN QUITO e VITOR D’ANDRADE.


Co-produção TNDM II e AO CABO TEATRO.

No Teatro Nacional D. Maria II, entre 14 e 22 de Maio.

No dia 30 de Maio o espectáculo será apresentado no Porto, no âmbito do 34º FITEI.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

António Pinto Ribeiro nos Encontros Derivas "Para que servem a Arte e o Conhecimento em Geral?"


Sexta-feira, 15 de Abril entre as 22:00 e as 23:30, no Centro de Memória, Vila do Conde, os Encontros Derivas "Para que servem a Arte e o Conhecimento em Geral?" contam com a participação de António Pinto Ribeiro.

António Pinto Ribeiro tem formação académica nas áreas da Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais. É professor-conferencista em universidades nacionais e internacionais, investigador, programador cultural e colabora regularmente com a imprensa especializada. Já publicou vários livros de ensaio e ficção. Foi director artístico da Culturgest, programador geral do fórum cultural O Estado do Mundo na Fundação Calouste Gulbenkian e coordenador do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, entre outros. Da sua obra publicada destacam-se Ser Feliz é Imoral? - Ensaios sobre Cultura, Cidades e Distribuição e À Procura da Escala - cinco exercícios disciplinados sobre cultura contemporânea.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Maratona Cultural em homenagem aos 447 anos de Shakespeare terá 13 horas ininterruptas de cultura e lazer com entrada franca



Na terça-feira, dia 26 de abril, o Globe-SP, São Paulo, Brasil, irá celebrar o aniversário de William Shakespeare com uma série de workshops, palestras, entrevistas e performances que ocuparão todos os espaços da escola. Todas as atividades são gratuitas e serão desenvolvidas por nomes reconhecidos do teatro, do cinema e da TV, incluindo os diretores Ulysses Cruz, Ramiro Silveira, Juliano Barone e Ronaldo Marinsky, os atores Fernando Vieira, Marcello Boffa, Rita Grillo, Priscilla Carvalho, Daniela Flor, Miguel Hernandez, Wilson Canhas, Bruna Longo e Deborah Serretiello, a fonoaudióloga Monica Allegro, o produtor Eduardo Jacsenis, a coreógrafa Tatiana Guimarães e os músicos Renata Maciel e José Ferreira. O aniversário de Shakespeare já faz parte do calendário cultural da cidade de São Paulo e todo ano atrai centenas de pessoas para o Globe-SP.

Partindo do princípio que a cultura amplia nosso referencial, qualquer pessoa pode participar da comemoração. Independente de ser actor ou não.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Feria de Teatro de Castilla-La Mancha até 7 de Abril


A Feria de Teatro de Castilla-La Mancha regressa este ano aos palcos da cidade de Puertollano, depois de ser realizada, o ano passadoem Albacete. Mais vanguardista que nunca, segundo a organização, esta mostra constitui um referente internacional e do estado espanhol, “com espectáculos para a reflexão, para a emoção, para a surpresa… uma autentica revolução para os sentidos". Espectáculos de referência do teatro contemporâneo internacional têm cada ano um encontro com esta feira, onde durante três dias as companhias aproveitam para apresentar as suas novas criações e provectos artísticos.


Consulte o PROGRAMA

domingo, 3 de abril de 2011

Teatro Viriato tem programação em risco a partir de setembro

A programação do Teatro Viriato, em Viseu, pode ser “drasticamente reduzida” a partir de setembro por falha na contratualização de uma candidatura a fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

O diretor do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, explicou à Lusa que em causa estão 150 mil euros já devidamente programados mas que dependem do cumprimento de um projeto aprovado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC), entidade competente na gestão das candidaturas ao QREN.

“Nós cumprimos todas as regras, preenchemos todos os requisitos, num processo extremamente burocrático, mas, depois, somos confrontados com a irresponsabilidade da CCDRC, que simplesmente deixa cair uma candidatura ao QREN por não ser capaz de cumprir prazos”, acusou Paulo Ribeiro.

Esta situação leva a que, de uma programação anual orçada em 300 mil euros, metade pode estar em causa “apenas porque a entidade (CCRC) a quem compete a contratualização das candidaturas deixa o processo morrer por incumprimento de requisitos simples”.

Esta candidatura foi feita em 2009, englobada num projeto denominado Rede 5, que agrega ainda espaços semelhantes na Guarda, Guimarães, Torres Novas e o Maria Matos, em Lisboa.

sábado, 2 de abril de 2011

Programação do Teatro Ensalle

Helen Bertels - Wir Frauen ©Teresa Borace

O Teatro Ensalle, de Vigo, iniciou a programação do último trimestre da presente temporada. Poderá ser vistas na sala de Vigo, a companhia de Tenerife Nómada Teatro-Danza com Que Corra el Aire, resultado da residência no Senegal de Roberto Torres.


Sapistri Teatro, apresentará Por qué o menino se coce na polenta, dirigida por Roberto Leal, que conta com a participação de Baltasar Patiño.


Destaque ainda para Helen Bertels, integrante dos desaparecidos Teatro Galan e Matarille Teatro, com o trabalho íntimo Wir Frauen.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Loja das Lamparinas contos do mundo


Estreia a 6 de Abril, com carreira prevista até dia 17 de Abril, A Loja das Lamparinas contos do mundo, criação do Teatro da Terra, com Elsa Galvão e João Didelet.

Nasreddin Hôdja andava um dia a cercar a sua casa de migalhas de pão. Um transuente parou e perguntou-lhe:
- Qual a razão de tão singular prática?
- É para me protejer dos tigres.
- Mas aqui não há tigres.
- Pois. Vês que resulta.


Uma recolha de contos do mundo.

Uns são divertidos, outros não, quase todos desconcertantes, pretexto para brincarmos com questões que preocupam a humanidade nos últimos dez mil anos.


Como habitualmente, O Teatro da Terra apresenta A Loja das Lamparinas no Teatro Cinema de Ponte de Sor.