No início de 1939 um diplomata português, que se viu regressado da
Alemanha em contornos pouco esclarecidos, desenvolve esforços para que
reconsiderem o seu regresso a Berlim já para o ano de 1940. Suspira
constantemente com a oportunidade de representar Portugal na Alemanha,
ávido de fortuna fácil e disponível para a corrupção das «famílias de
bem».
Apostando tudo num jantar em casa de um tio seu, antigo ministro, que
entretanto falece sem que ainda se saiba publicamente, o diplomata verá
o seu jogo de influências sofrer severo revés ao ser traído por quem
nunca imaginaria que o pudesse ser.
Ironizando a actual subserviência europeia à Alemanha, Comida é uma peça acerca do lado glutão da cidadania. A sofisticação da secundarização do povo e o torpe das intenções políticas.
Valter Hugo Mãe
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