O Teatro da Terra, apoiando-se no universo singular de José Luís Peixoto, constroí um espectáculo onde o imaginário corresponde ao local onde esta estrutura se decidiu fixar.Nesta segunda produção o Teatro da Terra mergulhou nos sons, cheiros, silêncios e nos diversos mundos interiores do Alto Alentejo, sob a direcção de três criadores (Maria João Luís, Gonçalo Amorim e Gonçalo Luz) toda uma equipa de criativos e colaboradores se juntou num processo que pretende cruzar o universo contemplativo do filme com a crueza da cena.
CAL percorre três contos de José Luís Peixoto extraidos do livro homónimo ( "A velha Carlota", "A idade das mãos", "O homem que está sentado à porta"), escolhidos pela sua placidez aparente, carregada de uma tensão provocada pela espera, uma espera que também é a da morte, da tomada de consciência n’"A velha Carlota": "-Eu já não presto para nada." e sua possibilidade redentora: "-Não diga isso, … a gente gostamos muito de si." Pelo rejuvenescimento provocado pelo amor, e pela aceitação tranquila de que é tempo de deixar ir o corpo em "A idade das mãos". Pela incredulidade de que alguém alguma vez se poderia lembrar desta gente em "O homem que está sentado à porta", onde a literatura e a arte aparecem como um caminho possível para aproximar as pessoas.
CAL, de José Luís Peixoto ( a partir do livro homónimo), com Maria João Luís e Gonçalo Amorim, video de Gonçalo Luz e música de Baltazar Gallego com interpretação de Janita Salomé e Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor, estará em cena de 18 a 29 de Novembro, noCine-Teatro Municipal de Ponte de Sor.
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