Afirmou-se no Portugal pré e pós-revolucionário, tornando-se num pioneiro da descentralização através da Cultura. Mário Barradas, encenador e fundador do Centro Dramático de Évora (Cendrev), morreu ontem em casa, em Lisboa. Tinha 78 anos. O seu corpo vai estar em câmara-ardente no Palácio Galveias até à saída do funeral, hoje, às 15h, para o cemitério do Alto de S. João.
Foi aluno da Escola do Teatro Nacional de Estrasburgo, tornando-se num dos poucos portugueses, à época, a estudar teatro fora do país. Marcado pela estética do realismo e as teorias "brechtianas", chegou à direcção do Conservatório Nacional apontado por Madalena de Azeredo Perdigão durante as reformas educativas de Veiga Simão em finais da década de 1960. Um ano depois do 25 de Abril fundaria o Centro Cultural de Évora, antecessor do Cendrev, responsável, para além de inúmeras produções, pela recuperação e revitalização de um importante espólio de marionetas tradicionais do Alentejo (Bonecos de Santo Aleixo). Foi presidente da Associação Técnica e Artística de Descentralização Teatral durante a década de 1980 e e esteve ligado a diversos ministérios da Cultura, nomeadamente, no período de Manuel Maria Carrilho.
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