terça-feira, 11 de setembro de 2007

The Pillowman no Teatro Nacional S. João


Teatro Nacional São João[7 16 Setembro 2007]terça-feira a sábado 21:30 domingo 16:00

The Pillowman de Martin McDonagh
tradução e encenação Tiago Guedes
cenografia e animação Jerónimo Rocha, Joana Faria, Nico Guedes
figurinos Carolina Espírito Santo
música Hugo Leitãodesenho de luz José Álvaro Correia
interpretação Gonçalo Waddington, João Pedro Vaz, Marco D’Almeida, Nuno Lopes
produção Teatro Maria Matos estreia [7Set06]
classificação etária Maiores de 16 anos
duração aproximada [2:00] com intervalo

De um ser chamado Homem-Almofada só se pode esperar uma natureza cândida, feliz e sobretudo inofensiva. A não ser que se trate de uma criatura imaginada por Katurian, a personagem central de The Pillowman (2003), do dramaturgo inglês Martin McDonagh. Nesse caso, só pode ser uma criatura que, movida pela mais terrível das boas intenções, se esforça por convencer criancinhas a cometer suicídio. Abordando com humor sardónico e cáustica ironia temas difíceis (ao suicídio infantil some-se ainda o infanticídio e o abuso sexual de menores), McDonagh urde uma irresistível farsa sobre o arsenal de perigos que decorre da, aparentemente inócua, decisão de ficar em casa e escrever uma história. Estreia fulgurante de Tiago Guedes (realizador do filme Coisa Ruim) na encenação, que – conjugando uma excepcional direcção de actores com o inspirado aproveitamento de recursos expressivos como a animação – nos propõe uma comédia negra travestida de drama. Mais uma eloquente prova que os Municipais de Lisboa dão ao Porto de que é possível – e desejável – criar objectos imensamente comunicativos a partir de exigentes matérias textuais e de uma indesmentível diferença artística.“A estreia de Tiago Guedes na encenação fica marcada pela assinalável direcção do elenco. […] Um crime e castigo pós-moderno, onde a farsa devora a tragédia.”Diário de Notícias, 13Set06“As escolhas de Tiago Guedes, cineasta que aqui realiza a sua primeira encenação teatral, dificilmente poderiam ter sido melhores. O ritmo dos diálogos é irrepreensível, os registos pedidos aos actores e adoptados durante a representação são exemplares. […] Um espectáculo que pouco tem a ver com o panorama teatral português, frequentemente tão arredado destes píncaros de excelência.”Expresso, 16Set06

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