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Um homem cheio de buracos. O coração é fraco!
A vida empurra-o e corta-lhe as pernas. Os inimigos crescem como larvas. A fuga é necessária!
Insectos, mártires, aves, línguas longínquas!
O Homem-Artista viaja, reinventa-se, esconde-se. O Mar é o caminho! Viaja para longe, viaja contra.
Drogas, águas, alucinações, febres, fumos, pós, exorcismos!
E as mulheres?
As suas próprias larvas o atravessam.
Coleccionador de fantasmas e rodeado por inimigos.
A tinta-da-china substitui as palavras.
O Oriente cada vez mais perto de si. Aprende a subtrair, desprende-se.
Perdeu amigos e a mulher no fogo. Perde a grande âncora!
Deixou-nos uma vasta e rica obra.
Uma criação teatral entre o movimento e a sombra, a pintura e a poesia, a imagem e o som, a violência e o sono, a nostalgia e o humor negro.
Luciano Amarelo
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