Munique, anos 1930, uma noite na festa da cerveja, posto de observação que Ödön von Horváth escolheu para contar, em Casimir et Caroline, a euforia angustiada de uma geração a viver o pesadelo do período entre as duas Guerras Mundiais. Uma peça política, sem “mensagem” e sem moralismos de circunstância, que permite a Emmanuel Demarcy-Mota prosseguir a sua pessoalíssima reflexão sobre a condição dos heróis contemporâneos, homens sem qualidades submersos em violentas crises identitárias, primos direitos do Bérenger de Rhinocéros, de Ionesco (que o TNSJ acolheu em 2006), ou do Galy Gay de Homme pour homme, de Brecht. “Carrossel fúnebre”, lemos numa recensão crítica a este espectáculo rigoroso e feérico, de uma tristeza serena, o primeiro que Demarcy-Mota assinou na qualidade de director do parisiense Théâtre de la Ville.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário