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No palco os bailarinos esperam que algo lhes aconteça, esperam o momento em que aparece o desejo. Do desejo pode surgir a ação e por isso o gesto, o movimento, a palavra. Os bailarinos constroem frente ao espectador um diálogo permanente entre o que conhecem e o que desconhecem. Apresentam-se a cru, numa espécie de dança documentário. O vídeo aparece em O Desejo Ignorante à maneira dos Grandes Ballets Russos e das Óperas Renascentistas onde os cenários pintados imitavam a realidade trazendo paisagens majestosas para cena. O vídeo propõe contexto, cenário, paisagem. Uma das questões que é fundamental na pesquisa para O Desejo Ignorante é a de unir pensamento e ação, fazê-los dialogar em simultâneo, não os separar dizendo que agora pensamos e agora dançamos.
O DESEJO IGNORANTE, projecto e direcção de Márcia Lança e Aniol Busquets, dias 11 e 12 de Novembro 2011, integrado no Festival Temps d’Images.
Teatro Maria Matos, Lisboa.
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