sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Manuel António Pina (1943-2012)

O escritor, poeta e jornalista Manuel António Pina morreu hoje no Porto, aos 68 anos. 

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi jornalista do Jornal de Notícias durante trinta anos, tendo colaborado também com inúmeros outros órgãos de comunicação social. Foi autor, entre outras, de mais de três dezenas de obras de poesia, crónica, ensaio e literatura infantil.

Em 1978 recebeu o prémio de Poesia da Casa da Imprensa, em 1987 o prémio Gulbenkian, em 1988 o prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude. Em 1993 recebeu o prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas, em 2002 o da Crítica, da secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários em 2004 o prémio de Crónica da Casa da Imprensa e o de prémio de Poesia Luís Miguel Nava. Em 2005 o Grande prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT. Finalmente, em 2011, foi-lhe atribuído o Prémio Camões.

Manuel António Pina escreveu duas dezenas de peças de teatro, sendo "História do sábio fechado na sua biblioteca" a última peça escrita pelo autor. Foi bolseiro do Centro Internacional de Teatro de Berlim junto do Grips Theater, na Alemanha, e algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema e à televisão, transpostas para BD, bem como musicadas e editadas em disco. Foi Sócio Fundador e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Companhia de Teatro portuense Pé de Vento.

Recentemente, o Teatro O Bando levou ao palco do Teatro Nacional S. João a nova criação "Ainda não é o fim" que convoca poemas e crónicas de Manuel António Pina, com encenação de João Brites.

"Um sítio onde pousar a cabeça" | http://vimeo.com/channels/355230 (excertos)
Documentário, uma produção da RTP com realização de Alberto Serra e Ricardo Espírito Santo, dedicado à vida e à obra de Manuel António Pina.

Entrevista - Manuel António Pina | http://www.youtube.com/watch?v=q4BGtNZFG94 (íntegra)
Página Literária do porto


Entrevista Manuel António Pina. “A vontade que tenho era pôr um cinturão de bombas e rebentar com essa malta toda” | http://www.ionline.pt/node/181453
Por Nuno Ramos de Almeida, Jornal i

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