AS RELAÇÕES DE CLARA, da dramaturga contemporânea alemã Dea Loher, com
encenação de Luís Varela, estreou no Auditório
Municipal de Gaia e permanecerá em cena até 15 de Dezembro.
“Clara era redactora técnica. Livros de instruções para
electrodomésticos: ferros de engomar, máquinas de secar roupa... Clara
provocaram o seu despedimento. A família próxima de Clara, a irmã
doméstica e o cunhado bancário, desaprovam a sua decisão. Clara é uma
mulher livre. Clara quer saber qual é o seu lugar no mundo neste novo
milénio. Clara namora com o jovem Tomás que faz umas vezes isto, outras
aquilo: fez uma formação profissional como talhante, foi barman,
motorista duma empresa de entrega de encomendas, vendedor de roupas de
homem... agora tem uma loja de velharias. Tomás tem também uma amante:
uma professora de biologia reformada. Clara está muito optimista: quase
teve um emprego como arquivista no Museu de história natural, quase
trabalhou como cobaia na indústria farmacêutica... foi dar sangue no
Hospital por vinte cinco euros. O cunhado de Clara quer começar uma vida
nova, cheia de aventuras: faz no banco um desfalque de 34 mil euros
para dar a Clara e partir com ela, talvez, para um safari em África.
Clara é amante dum médico do Hospital. Vive num quarto sórdido na Pensão
Rosa. A irmã de Clara descobre-se apaixonada pela professora de
biologia e vive agora com ela: arranjou um emprego como chefe de vendas
na loja de recordações do Parque de diversões. Está feliz. Clara
prostitui-se? Clara suicida-se. Um misterioso chinês sem nome salva-a in extremis?” (Luís Varela)
Um nova produção do Teatro Experimental do Porto,
nesta nova fase, em ano de comemoração dos 60 anos de representações.
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