Janis é uma jovem à boleia pelas estradas de um país em mudança. A força interior que a acompanha nesta viagem é apenas um reflexo de uma geração que incorporou a mudança social como o maior dos desejos colectivos.
Janis é a voz de uma juventude que procurou encontrar-se a si própria através do excesso e que procurou na diferença um manifesto para a auto-afirmação. O espaço-tempo desta peça encontra frente-a-frente as drogas e a libertação sexual, a música rebelde e os sentimentos anti-guerra, a luta anti-racista e o alcance de uma existência mais verdadeira.
Muitos verão em Janis a figura lendária de Janis Joplin. Outros sentirão que aquela que caminha é apenas uma entre muitos jovens que decidiram fazer frente a uma América que colocou tartarugas lentas no caminho.
“Janis e a Tartaruga” não é uma biografia. É apenas, de alguma forma, uma visita à geração dos sessenta.
Ficção, monólogo, uma rapariga, uma tartaruga... e outra que aparece no lugar de cada um de nós.
Texto de Pedro Pinto e Filipe Pinto
Direcção musical | Carlos Tê
Interpretação | Filomena Cautela
Até 29 de Março2009
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