Raul Cortez, Paulo Autran e Eva Wilma são apenas alguns dos nomes que cresceram sob a sua direcção. Exímio formador de actores, responsável por um dos projectos teatrais mais estimulantes do Brasil – o Centro de Pesquisa Teatral do SESC –, participou activamente no movimento que revolucionou por completo o teatro brasileiro nas últimas décadas do séc. XX. Tudo isto cabe no nome de Antunes Filho, de quem nos chega
A Falecida Vapt-Vupt, espectáculo que é mais do que uma simples revisitação da primeira “tragédia carioca” de Nelson Rodrigues. Depois de ter enfrentado
A Falecida nas décadas de 60 e 80, Antunes Filho encontra agora na fragmentação das cenas, na multiplicidade de ambientes e na trajectória vertiginosa da protagonista – uma mulher tuberculosa dos subúrbios cuja única esperança de redenção consiste num enterro de luxo – a matéria-prima exacta para um ensaio sobre a vida contemporânea, as suas velocidades e interferências. Antecipando a apresentação de Turismo Infinito em São Paulo,
A Falecida Vapt-Vupt soma um capítulo ao romance inacabado do TNSJ com o Brasil teatral, depois de experiências felizes como o ciclo Portugofonia (2004) e Madame (2000) – espectáculo de Ricardo Pais que propiciou o encontro de dois autores (Eça de Queirós e Machado de Assis, através da mediação de Maria Velho da Costa), duas actrizes (Eunice Muñoz e Eva Wilma) e, não menos importante, duas variações de uma mesma Língua.
A Falecida Vapt-Vupt , de Nelson Rodrigues, tem encenação de Antunes Filho, cenografia e figurinos de Rosângela Ribeiro, desenho de luz de Davi de Brito, sonoplastia de Raul Teixeira e interpretação de Adriano Bolshi, Andrell Lopes, Angélica Colombo, Bruna Anauate, Eloisa Costa, Erick Gallani, Fred Mesquita, Geraldo Mário, João Paulo, Lee Thalor, Marco Biglia, Marcos de Andrade, Michelle Boesche, Tatiana Lenna e Ygor Fiori
Co-produção
CPT – Centro de Pesquisa Teatral, Grupo de Teatro Macunaíma (São Paulo, Brasil)
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