Poema Sinfónico para 100 Metrónomos, de György Ligeti no Mosteiro São Bento da Vitória

Sexta-feira, 1 de Outubro, entre as 19h00 e as 23h00, no Mosteiro São Bento da Vitória, Poema Sinfónico para 100 Metrónomos, de György Ligeti.

Apoio musical de Mário Teixeira e instalação de Nuno Carinhas.

Indiferentes a certificados de origem geográfica e disciplinar, o teatro e a música trocam de casa para se celebrarem. A Casa da Música comemora o Dia Mundial da Música no Teatro Nacional São João e a Casa da Música retribuirá o gesto a 27 de Março de 2011, assinalando o Dia Mundial do Teatro dentro de portas. Inicia-se este regime de condomínios abertos com Poema Sinfónico para 100 Metrónomos, provocatória instalação sonora e cenográfica (ou happening musical, ou…) assinada por György Ligeti (1923-2006), compositor que acrescentou outros sons ao universo da música contemporânea, a partir de um diálogo indisciplinado com os movimentos de vanguarda e a tradição. Nesta peça, concebida em 1962 (período em que ensaiou uma aproximação aos pressupostos políticos e estéticos do grupo Fluxus), Ligeti explora um conceito que nunca deixou de o fascinar: a combinação de várias linhas musicais a ritmos e andamentos distintos. Em cada grupo de dez, os metrónomos são regulados a diferentes velocidades. O resultado começa por ser caótico, próximo de uma sinfonia polirrítmica, mas do seu abrandamento gradual, provocado pela perda de energia, vão emergindo padrões rítmicos regulares, até restar apenas o tiquetaque de um aparelho. O resto, como no teatro, é silêncio.

On the Road ou A Hora do Arco-íris | TEATRO HELENA SÁ E COSTA

On the Road ou A Hora do Arco-íris é uma peça sobre a viagem de uma mulher que, no percurso entre o Cabo de S. Vicente e o Pulo do Lobo, perfaz de memórias paradas a ausência que enche a sua vida e que brota da paisagem alentejana. Viajar numa auto-caravana é algo contraditório porque é como se nunca saíssemos de casa e, por isso, esta mulher, mais do que fugir do turismo alarve, que avassala o Verão algarvio, procura um lugar que seja o seu, provavelmente sem sair do sítio. No final, vê o arco-íris no horizonte, mas, como toda a gente que viu um arco-íris já percebeu, é impossível passar para o outro lado deste arco de cor. A nossa estrada segue sempre atrás ou ao lado da luz refractada.

Texto Carlos J. Pessoa Encenação Ana Palma Interpretação Maria João Vicente Produção Teatro da Garagem
DIAS 8 E 9 DE OUTUBRO 21H30 TEATRO HELENA SÁ E COSTA

Pressing Cattch, encenado por Quico Cadaval, faz dua apresentações em Vigo

Berrobambán anuncia duas represntações do espectáculo Pressing Catch, dirigido por Quico Cadaval sobre um texto de Paula Carballeira, na quinta-feira 30 de Setembro e sexta-feira 1 de Outubro, às 20.30, no Auditório do Centro Cultural Caixanova, de Vigo.

Espectáculo sobre os medos que a sociedade contemporânea nos impõe, continua a linha de trabalho centrada no público adulto e que incide na franja etária mais nova, como os dois espectáculos antecedentes da companhia: “NdC” e “Vendetta”.

Esta encenação de Quico Cadaval conta com interpretações de Hugo Torres, Paula Carballeira, Chiqui Pereira e Anabell Gago.

Festival “O Gesto Orelhudo”

De 1 a 8 de Outubro, Águeda volta a ser palco da musicomédia internacional, com a 9ª edição do Festival “O Gesto Orelhudo”, evento organizado pela d’Orfeu.

A programação contempla uma diversidade performativa na fusão de música, teatro, clown, humor e dança, reunindo grupos e artistas de Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Brasil e Austrália.

A decorrer diariamente na Tenda do Espaço d'Orfeu, este ano são destaques a cativante performance dos espanhóis Mayalde e as canções ribeirinhas na versão concerto de “Povo Que Lavas no Rio Águeda” (1 Outubro), a versatilidade dos portugueses Clarinetes AdLibitum e a excentricidade criativa do australiano Linsey Pollack (2 Outubro), o regresso das acrobacias dos musiclowns italianos Teatro Necessario (3 Outubro), a hilariante musicomédia dos brasileiros Tangos & Tragédias (4 Outubro), o humor percussivo dos espanhóis Yllana (6 Outubro), a ironia de movimento do galego Quique Péon (7 Outubro) e a expressividade cómica do belga Elliot (8 Outubro), engatando a noite de encerramento com as noites de OuTonalidades em Águeda.

Pedra a Pedra, um espectáculo a pensar nos mais novos

"PEDRA A PEDRA" , de Rosa Díaz, espectáculo baseado no livro Piedra a Piedra de Isidro Ferrer será apresentado na FESTA DO OUTONO de Fundação Serralves, no Porto, hoje, Domingo 26 de Setembro, pelas 11h00, 12h30 e 17h30.

Interpretado por TIAN GOMBAU e com encenação de ROSA DÍAZ, o espectáculo conta com música de MARIANO LOZANO e cenografia e adereços de ISA SOTO.

Certo dia, ao caminhar descalço pela praia, vi que a terra estava cheia de pedras. Comecei a classificá-las e guardá-las como um tesouro precioso.

Se uma pessoa observa o que nelas há, poderás ver que não são simplesmente pedras.
Uma proposta para despertar a imaginação das crianças através de objectos inanimados.

Lagarta Lagarta inicia no Salón Teatro a digressão galega do seu último espectáculo "Cásting (a comedia)"

A companhia galega Lagarta Lagarta ocupa esta semana o Salón Teatro de Santiago de Compostela com a sua última produção, Cásting (a comedia), uma adaptação de Roberto Salgueiro do texto homónimo do realizador de televisão, director e dramaturgo teatral Roger Justafré, com encenação de Rosa Álvarez.

María Bouzas, Ernesto Chao, Belén Constenla, Rocío González e Alberto Rolán constituem o elenco desta versão que será apresentada em Santiago de Compostela até Domingo, antes de iniciar a digressão pelos teatros da Galiza.

Últimos espectáculos de Matarille Teatro

Matarille Teatro realiza os últimos espectáculos da companhia com a apresentação do seu espectáculo "Cerrado por aburrimiento - VAMOS A EMPEZAR", de Ana Vallés, que terá lugar este Sábado 25 e domingo 26 de Setembro, no Teatro Cambaleo, em Aranjuez.

"Nos planteamos los beneficios del silencio y la posibilidad de parar, saber reconocer el momento justo en que conviene dejar una etapa - hasta aquí hemos llegado- y no tener miedo a los cambios.
Proponemos la posibilidad de observarnos desde fuera, con una mirada en perspectiva. Salirnos de la escena para observarla con distancia. Y se habla también desde la perspectiva temporal de la experiencia, del tiempo dedicado al teatro, nuestra profesión; del papel que jugamos los que lo hacemos, de la capacidad de resistencia indispensable para poder hacer teatro."

O FITEI lamenta o desaparecimento desta companhia que obteve assinalável êxito nas suas passagens pelo festival do Porto, considerados por muitos como dos melhores espectáculos apresentados nos últimos tempos, como foi o caso de "História Natural - Elogio do Entusiasmo" e "Animais Artificiais". Ana Vallés e os outros criadores desta companhia prosseguirão as suas carreiras noutros projectos - Ana Vallés assina já a direcção de um novo espectáculo com Núria Sotelo.

O Teatro Maria Matos apresenta obras essencias de Ana Borralho & João Galante

Ana Borralho & João Galante ocupam um lugar único na criação contemporânea portuguesa. Ao longo dos anos, construíram uma obra de grande coerência formal e consistência temática. Centraram o seu universo de trabalho na dicotomia público/privado e fizeram-no sempre de forma transgressora e sem regras pré-definidas. Em quase todas as suas peças, procuram tornar o evento teatral – por definição comunitário – num encontro íntimo e privado, convidando o público a interagir directamente com os intérpretes ou a colabora no próprio surgimento da obra.

Entre Setembro e Dezembro, o Teatro Maria Matos apresenta três marcos essenciais da sua obra. Começa com sexyMF, um espectáculo que nos desafia não apenas como espectadores ou indivíduos mas, principalmente, como figuras sociais que jogam o jogo da representação sexual. É uma performance/instalação para 13 performers e dois músicos. O trabalho questiona as assimetrias que regulam as identidades sociais e as definições de masculino/feminino, confrontando o espectador com personagens sexualmente ambíguas. Os espectadores são convidados a estabelecer um contacto directo com os performers e a circular livremente no espaço.

Sexta 24 e Sábado 25 Setembro em sessão contínua no Teatro Maria Matos, em Lisboa, das 21h30 às 23h30.

Circular Festival de Artes Performativas | 25 de Setembro a 2 de Outubro | Vila do Conde | 6ª edição

A 6ª edição do Circular Festival de Artes Performativas apresenta propostas que atravessam diferentes linguagens artísticas, como a dança contemporânea, a performance, as artes plásticas, o teatro e a música, privilegiando o envolvimento com os processos criativos. Ao procurar estabelecer um diálogo próximo da comunidade artística que se repercuta também na relação com o contexto local e os seus públicos, o Circular promove e apoia o desenvolvimento de residências artísticas em Vila do Conde cujo resultado é apresentado em estreia absoluta no festival.

Considerando fundamental a divulgação das artes performativas e a sua circulação nacional, o Circular apresenta trabalhos recentemente estreados de jovens criadores portugueses, assim como propicia o contacto com novas criações de artistas nacionais e internacionais, cujos percursos têm vindo a demonstrar notável interesse.

Reconhecendo o exercício de permanente questionamento da criação contemporânea e a necessidade de constituir património nas artes performativas em Portugal, tornando-o acessível aos novos públicos, o Circular propõe a revisitação de obras de referência das artes performativas portuguesas.

Paralelamente, o Circular organiza conversas com as equipas artísticas participantes, abertas à participação do público, estimulando, deste modo, o diálogo e a reflexão crítica.

Mais informações em http://www.circularfestival.com/ Programa disponível para download (pdf) Cartaz disponível para download (pdf)

Programa

Island
Gary Stevens (UK)
25 Setembro Sábado 21:30 + 22:30
Teatro Municipal de Vila do Conde

Conversa após o espectáculo
Moderada por Blanca Calvo e Ion Munduate
Teatro Municipal de Vila do Conde

Assim não vais longe
Gustavo Sumpta
26 Setembro Domingo 19:00
Auditório Municipal de Vila do Conde

A Côrte d'Urubu
Calhau!
26 Setembro Domingo 21:30
Auditório Municipal de Vila do Conde

Antonio Miguel
Miguel Pereira
1 de Outubro Sexta 21:30
Teatro Municipal de Vila do Conde

Conversa após o espectáculo
Moderada por Ana Cristina Vicente
Teatro Municipal de Vila do Conde

Unfolding
Sofia Dias e Vítor Roriz
2 de Outubro Sábado 19:00
Auditório Municipal de Vila do Conde

Conversa após o espectáculo
Auditório Municipal Vila do Conde

Romance-s
Companhia 7273 (CH)
2 de Outubro Sábado 21:30
Teatro Municipal de Vila do Conde

Conversa após o espectáculo
Teatro Municipal Vila do Conde



Actividades paralelas

Residência Artística Francisco Tropa e Laurent Pichaud
24 a 27 de Setembro
Teatro Municipal de Vila do Conde

Big Curator is watching you! Exposição
Fase documental (final) do projecto "A Oportunidade do Espectador" (2006/2008)
Rogério Nuno Costa
25 de Setembro a 2 de Outubro
Teatro Municipal de Vila do Conde
Terça a Domingo 14:00 às 19:00 - 20:00 às 22:30 Encerra à Segunda-feira

Mostra bibliográfica de artes performativas
25 de Setembro a 2 de Outubro
Teatro Municipal de Vila do Conde
Terça a Domingo 14:00 às 19:00 - 20:00 às 22:30 Encerra à Segunda-feira


Programa completo em http://www.circularfestival.com/circular/programa/pt

Bilhetes, reservas e informações

Contactos

http://www.blogger.com/info@circularfestival.com
www.circularfestival.com

Festival Y#08 - festival de artes performativas | 17 de Setembro a 30 de Outubro

O Festival Y#08 - festival de artes performativas decorre de 17 de Setembro a 30 de Outubro 2010, na Covilhã [Auditório Teatro das Beiras, Jardim Público], Guarda [Teatro Municipal] e Torres Novas [Teatro Virgínia]. O Festival teve início a 17 de Setembr, sexta-feira, com a apresentação da performance musical "Tumbala", no Jardim Público da Covilhã, às 21h30.

COVILHÃ

17 de Setembro > 21h30 | Jardim Público
Tumbala [performance musical]

7|8|9 de Outubro > ao longo do dia | vários locais
Patrícia Portela > Audiomenus [contos]

20 a 23 de Outubro > 21h30 > Auditório Teatro das Beiras
Quarta Parede > Gota a gota [teatro visual/multimédia]

20 a 30 de Outubro [excepto dias 24 e 25] > 21h às 23h30 > Teatro das Beiras
Quarta Parede > Corpo Memória Desperdício [instalação multimédia interactiva]

26 de Outubro > 21h30 > Auditório Teatro das Beiras
António Júlio > 200 gr. [performance]

30 de Outubro > 21h30 > Auditório Teatro das Beiras
David Marques > Future Plans [dança]

GUARDA > Teatro Municipal

14 de Outubro > 21h30
Sónia Baptista > Vice-Royale. Vain-Royale. Vile-Royale [performance]

21 de Outubro > 21h30
Antonio Tagliarini & Idoia Zabaleta > Royal Dance [dança]

29 de Outubro > 21h30
Macarena Recuerda Shepherd > That’s the story of my life” [teatro de objectos/multimédia]

TORRES NOVAS

18 de Setembro > 21h30 > Praça 5 Outubro
Circolando > Charanga [teatro físico/música]

4 de Outubro > 21h30 > Teatro Virgínia
Teatro Necessario > Nuova Barberia Carloni [novo circo/música]

9 de Outubro > 21h30 > Teatro Virgínia
Companhia Clara Andermatt > Void eléctrico [dança/música]

Mais informações em quartaparedecovilha.wordpress.com

MIRONESCÓPIO: A Máquina do Amor | Nova temporada de espectáculos no Festival Internacional de Marionetas do Porto

A Tarumba - Teatro de Marionetas apresenta no FIMP a sua última criação, Mironescópio: A Máquina do Amor. Um espectáculo de pequenas formas inspirado nos antigos Peep Shows e nas primeiras experiências cinematográficas realizadas no século XIX, com a utilização de aparelhos como o Cinetoscópio e o Mutoscópio.

“… Mironescópio é um divertimento concebido em torno de Peep Shows, caixas de reduzida dimensão para onde se espreita… Pequenas formas, breves narrativas, Mironescópio é um conjunto de fugazes olhares para antecâmaras do Prazer”. João Carneiro in Expresso, Caderno Actual, 19 de Dezembro de 2009

18 de Setembro Sábado Ateneu Comercial do Porto, 21h00, 22h30,24h00

25 de Setembro Sábado Coreto do Jardim da Cordoaria21h00, 22h30 e 24h00

Direcção artística e construção: Luís Vieira e Rute Ribeiro

Actores-manipuladores: Ana Gabriel Mendes, Luís Hipólito, Luís Vieira, Raquel Monteiro, Rute Ribeiro, Susana Esteves Pinto

Adaptação e textos: Rute Ribeiro

Comédia de Miguel Morillo no Teatro-estúdio Mário Viegas

Hamlet da Silva, de Miguel Morillo, no Teatro-Estúdio Mário Viegas, em Lisboa, em cena todas Quartas, até ao final de Outubro.

"Hoje é um dia perfeito, mas espera um bocado que já vem aí um gajo e lixa-te." Este ditado popular castelhano resume a comédia do autor madrileno Miguel Morillo. São quatro histórias de quatro pessoas comuns, carregadas de humor e ironia, que insinuam a impossibilidade de comunicação e a solidão a que se está sujeito. Quatro indivíduos lixam a vida uns dos outros. O espectador acaba por rever-se nas peripécias montadas, ao mesmo tempo que participa na comédia e ajuda a desvendar o final.


Interpretação: Alexandra Sargento, Augusto Portela, Hugo Sovelas, Patrícia Bull
Encenação: Eduardo Condorcet

Onze candidatos para a direcção do S. Luiz

Acto inédito na história dos teatros em Portugal: com a saída de Jorge Salavisa, depois de dez anos à frente do São Luiz, em Lisboa, a EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural), que tutela este equipamento municipal, decidiu abrir um concurso público para encontrar novo director artístico e, apesar de apenas dia 22 ser oficialmente anunciada a lista de candidatos ao cargo, esta está concluída.

Onze candidatos entre nomes mais e menos conhecidos, figuras cujo percurso tem passado pela direcção de teatros, como os programadores Aida Tavares (actual directora) e Giacomo Scalisi (ex-programador de teatro no Centro Cultural de Belém), os encenadores Jorge Silva Melo (director dos Artistas Unidos e fundador do projecto A Capital, no Bairro Alto, fechado em 2000), André Gago, Carlos Pimenta, João Garcia Miguel (este actualmente à frente do Teatro Municipal de Torres Vedras), José Luís Ferreira (à frente das relações internacionais do Teatro Nacional S. João) ou Pedro Fernandes (à frente do Cine-teatro de Estarreja). Ainda ligados à produção e gestão cultural estão os nomes de Ana Coelho (ligada à Artemrede, uma estrutura de produção que actua nos teatros da região de Lisboa e Vale do Tejo), Alexandra Maurício (responsável pela produtora de eventos Décima Colina) e José Vieira Mendes (jornalista e programador de cinema).

Os nomes resultam de uma lista inicial de 17 à qual o júri, constituído por Ana Marin, António Pinto Ribeiro, Emmanuel Demarcy-Mota, Pedro Burmester e presidido por Francisco Motta Veiga, director municipal de Cultura da Câmara de Lisboa, chegou depois de eliminadas as candidaturas que não reuniam as condições formais e processuais. (in Público)

"Coros para depois dos assassinatos" em Santiago de Compostela

Teatro Nu, na sua segunda produção, elege Edward Bond, com a peça “Coros para depois dos assassinatos” do ciclo “War Plays”, para continuar com o texto como gerador de energia teatral. Estreia no Teatro Principal de Santiago de Compostela no dia 24 de Setembro.

Os personagens de "Coros para despois dos asasinatos" não são mais que o resultado de fragmentos de guerra, duma contínua confrontação com a violência humana como carácter idiossincrático, sendo assim, o que são ou o que fazem não interessa realmente, mas sim a sua continua relação com a violência ou o resultado da mesma. São personagens tipológicos da sociedade moderna, economicamente brutal, onde os valores humanos são levados ao limite da sua utilidade e importância, passo a passo, caminho do abismo na era da bomba H. Mas “as estrelas escreverão uma nova lei, não podemos cortá-la”.

Encenação de Zé Paredes e interpretação de Mónica Camaño, Zé Paredes e Lois Soaxe.

Galiza descobre Thomas Bernhard

ÓNFALO TEATRO apresenta em Santiago de Compostela, neste fim-de-semana, "NA META (Sálvese quen poida)", de Thomas Bernhard. É a primeira vez que se representa uma obra de Bernhard na Galiza. A encenação é de Ana Contreras e Afonso Becerra de Becerreá.

Na meta (sálvese quen poida) é uma comédia negra sobre o êxito e o fracasso, uma revisão humorística sobre o caminho para os objectivos de cada um e o que nele se perde e se ganha. Uma mãe de muito génio saca a sua metralhadora verbal e faz saltar pelos ares alguns dos pilares da sociedade. A mãe viúva e a filha solteira reproduzem dinâmicas de dependência, tirania e submissão. Um escritor novo, que acaba de triunfar no teatro, dirige-se frontalmente a duas espectadoras que orquestram esta comédia cáustica. Uma primeira parte em que se fazem as malas e uma segunda onde se desfazem. Umas personagens que deixam sair os monstros que a maior parte delas esconde. O riso terrível do conhecimento.

No Salon Teatro, Santiago de Compostela.

Exposição de Sara Maia no FIMP

Integrada na edição deste ano do FIMP e logo no segundo dia do evento, depois da estreia de "Ópera dos 5 € – also known as – Trans-Gueto-Express", inaugura , também no Mosteiro São Bento da Vitória, a exposição "Role-Playing" de Sara Maia, a partir de "O Diálogo no Pântano" de Marguerite Yourcenar.

Pequena peça escrita por Marguerite Yourcenar aos 27 anos, O Diálogo no Pântano inspira-se numa lenda italiana da Idade Média. Nela, uma nobre de Siena é enclausurada pelo marido ciumento num castelo cercado por um pântano e aí abandonada à sua sorte. A jovem Yourcenar retomou o tema para escavar a psicologia das duas principais personagens, mostrando-nos o marido, doze anos mais tarde, em busca do castelo de cuja exacta localização não é mais capaz de lembrar. Encontrará uma mulher, mas a incerteza quanto à sua identidade e à sua verdadeira natureza (é uma ilusão, um espectro?) – tema que, afinal, atravessará a obra futura da romancista – coloca-nos num território movediço, em que realidade e sonho, razão e loucura se permeiam mutuamente. A convite de Nuno Carinhas, a artista plástica Sara Maia encena o texto de Yourcenar em sete peças de grande formato, numa exposição – Role-Playing – que ocupará essa espécie de castelo rodeado de pântanos que é o Mosteiro de São Bento da Vitória. No enredo e na natureza das personagens, Sara Maia encontrou matéria-prima para prosseguir a sua "série de pequenos teatros" (como lhe chamou a poetisa Ana Marques Gastão), onde o sarcasmo convive com a ambiguidade, a fantasia com a crueldade, e o grotesco com o enigmático.

Professor do Actors Studio dá formação em Lisboa

Estão abertas as inscrições para NYC ACTING TRAINING PROGRAM, a Técnica Meisner por John Frey. Um novo curso para actores: a Técnica Meisner, desenvolvida por um dos mais importantes professores do Actors Studio. Uma base sólida para a arte da representação trazida a Lisboa pelo actor, argumentista e encenador John Frey.

O New York City Acting Training Program é um programa de ensino de representação criado para desenvolver no actor as ferramentas fundamentais necessárias para se construir um verdadeiro instrumento de interpretação.

OUTUBRO 2010-ABRIL 2011
Auditório Camões – Lisboa

Titiriguada em Guadalajara

De 14 até 19 de Setembro na cidade de Guadalajara realiza-se a quarta edição de Titiriguada, Festival Internacional de Títeres y Teatro Total. Um evento cultural e festivo que todos os anos dá vida aos jardins do Palácio do Infantado, com novas propostas de marionetistas, músicos, bailarinos e outros artistas de diversas partes do mundo.

Destaque na programação para a prestigiada companhia ‘T Magisch Theatertje’ (Pequeño Teatro Mágico) da Holanda com a apresentação da sua obra de marionetas para adultos "Panta Rhei II".

MINDELACT 2010 entre 16 e 26 de Setembro

O MINDELACT é o principal evento teatral de Cabo Verde e actualmente o mais importante acontecimento teatral de toda a África Lusófona. Foi considerado em 2005, o mais importante evento teatral do continente africano. Decorre no mês de Setembro, na cidade do Mindelo, e para além da vertente de espectáculos, promove o intercâmbio entre todos os participantes, acções de formação nas mais diversas áreas artísticas ligadas ao teatro, concertos de música, exposições de design e artes plásticas, e, nos últimos anos, um “Festival off” alternativo e uma programação específica dirigida às crianças, denominada de “Teatrolândia”.

Teve a sua primeira edição em 1995, só com a participação de grupos de S. Vicente e Santo Antão, em 1996, teve já um cunho nacional e em 1997 internacionaliza-se e confirma-se como o mais importante evento teatral do arquipélago.

Contando com diversas estreias absolutas, a programação apresenta UTOPIA (ITÁLIA / ESPANHA / EUA) de Leo Bassi, VOID - PORTUGAL / CABO VERDE de Clara Andermatt,
ZOO (ESPANHA) pelos Yllana, FULANA, SICRANA E BELTRANA (CABO VERDE) pela Companhia Sikinada, OS AMANTES (CABO VERDE) pelo Grupo de Teatro do CCP - IC e A DESCOBERTA DAS AMÉRICAS (BRASIL), grande êxito na última edição do FITEI, pela companhia Leões de Circo Pequenos Empreendimentos, o famoso monólogo de Dario Fo, numa interpretação notável de Júlio Adrião.

ADRIANA MATER (ANGOLA) pelo Elinga Teatro, LES CHAISES (FRANÇA) pelo Thêatre du Tropic, QUANDO AS MÁQUINAS PÁRAM (BRASIL / PORTUGAL) co-produção de Companhia Harém de Teatro & Teatro Extremo, A ILHA FANTÁSTICA (CABO VERDE) pelo Grupo de Teatro Nova Casa e UMA SOLIDÃO DEMASIADO RUIDOSA (PORTUGAL) pelos Artistas Unidos, completam a programação do palco principal.

A Colecção Privada de Acácio Nobre

Na cave dos avós de Patrícia Portela foi encontrado um baú com fragmentos de textos e maquetas de objectos idealizados por Acácio Nobre, um português de referência do início do séc. XX, mas agora esquecido; um homem com uma carreira política, científica e artística discreta e muito inovadora para o seu tempo. Um Lumière português, um Steve Jobs precoce, um bio-engenheiro sem par na História e um amante/apoiante acérrimo dos artistas e da arte, embora apenas daquela que revoluciona o mundo. Em suma: um Leonardo da Vinci português que uma ditadura silenciou e eliminou dos registos da História portuguesa.

Patrícia Portela reúne os textos e os modelos encontrados no baú esquecido, segue as pistas até novos e preciosos documentos perdidos em arquivos pessoais e casas de amigos, e reconstrói algumas das obras, ideias políticas e ambiciosos projectos científico-artísticos de Acácio Nobre. Tendo o objectivo máximo de reavivar a obra de um homem, anónimo, como tantos outros, e de questionar a memória colectiva de um país que, se tivesse decidido atribuir a este homem a imortalidade que lhe era devida, seguindo alguns dos seus princípios, teria sido um país diferente.

texto e imagens Patrícia Portela máquina de escrever e instalação sonora Christoph de Boeck programação, efeitos especiais, pós produção de imagem Irmã Lúcia efeitos especiais performer André e. Teodósio

No Teatro Maria Matos, até18 de Setembro.

A Língua das Pedras

Até 12 de Setembro a companhia Visões Úteis, do Porto, apresenta em Cluny (França) uma instalação multimédia que integra o evento "Toute l'Europe à Cluny", encerramento oficial das comemorações dos 1100 de Cluny.

Espalhada pelos 6 pisos da medieval Tour des Fromages, a instalação A Língua das Pedras compreende vídeo, som, intervenções plásticas e um interface digital. Tudo inspirado no material recolhido pela equipa do Visões Úteis durante duas viagens nos passados meses de Fevereiro e Março a quase 20 sítios cluniacenses de França, Alemanha, Itália e Suíça.

"Com A Língua das Pedras procuramos desenvolver algo como uma cartografia espiritual da herança de Cluny na Europa contemporânea e devolver à cidade de Cluny os vestígios de um legado imaterial que há 1100 anos se dispersou por todo o continente. Realçamos a abordagem transdisciplinar e multimedial da comunicação que a Ordem desenvolveu e o modo como o próprio projecto da construção europeia encontra no projecto de Cluny um espelho fiel. Este trabalho servirá ainda de inspiração ao projecto "Viagens com Alma" que o Visões Úteis irá desenvolver em Portugal, a convite da Diocese do Porto, a partir de Outubro próximo e até ao finalde 2011."

FiraTàrrega 2010

Arranca hoje a FiraTàrrega 2010, onde a companhia Voala Project apresentará o espectáculo inaugural. O evento, na sua 30ª edição, contará com a participação de 89 companhias e 15 estreias absolutas.

Para além da Voilà Project, a programação inclui diversas companhias que participaram nas últimas edições do FITEI, como os Kamchatka e Nacho Vilar Producciones. Muito vocacionada para o teatro de rua, a FitaTarrega apresenta também alguns espectáculo de teatro, de dança, circo e multidisciplinares, num total de 225 espectáculos de programação oficial, para além da programação do Espacio 23 Arts e do Espacio Teatre de Ponent (programção de empresas de distribuição teatral) e dum extenso programa off.

Materiais Diversos

Festival Materiais Diversos, uma festa de 16 dias, terá 20 espectáculos num total de 26 apresentações em Minde, Alcanena e Torres Novas.

A missão de cruzar espectáculos internacionais (este ano vindos do Canadá, Alemanha e França), nacionais (de artistas consagrados e jovens revelações) e de desenvolver vários projectos com as associações locais, reforça a integração da comunidade no seio dos projectos artísticos.

Com direcção artística de Tiago Guedes e o objectivo de incentivar a investigação e experimentação artísticas e sensibilizar o público em geral para a Arte Contemporânea, o Festival Materiais Diversos realiza-se entre 10 e 25 de Setembro em Alcanena, Minde e Torres Novas, contando ainda com uma apresentação em Lisboa.

FALA DA CRIADA DOS NOAILLES no Porto

FALA DA CRIADA DOS NOAILLES QUE NO FIM DE CONTAS VAMOS DESCOBRIR CHAMAR-SE TAMBÉM SÉVERINE NUMA NOITE DO INVERNO DE 1975, EM HYÉRES, de Jorge Silva Melo, com Elsa Galvão, Vânia Rodrigues, Pedro Lamas, Pedro Mendes, António Simão, David Granada, Diogo Cão, Estevão Antunes, Inês Cunha, Jessica Anne, Joana Barros, Joana Sapinho, João de Brito, João Delgado, Marta Borges, Miguel Aguiar, Raquel Leão, Ricardo Batista, Rudy Fernandes, Sara Moura, Sérgio Conceição, Susana Oliveira e Tiago Nogueira, estará no Porto (TECA) de 16 a 19 de Setembro de 2010.

Esta co-produção Artistas Unidos / Culturgest, dirigida pelo próprio autor, é definida por ele como uma paródia inconsequente de Jorge Silva Melo.

Uma eterna criada evoca as ricas horas dos mecenas, os bailes loucos, a arte livre, o amor livre, o financiamento de L`Age D´Or de Luis Buñuel, tudo na altura em que se anuncia a vinda do realizador espanhol ao palacete de Hyères onde ainda vive o Conde de Noailles, mecenas que foi de tanta gente e tanto dos surrealistas: estamos a meio dos anos 70 ( do século XX) e os anos loucos já se foram, com as jóias da família. Muito livremente inspirado em O Meu Último Suspiro de Buñuel – e nas botinas de Diário de Uma Criada de Quarto de Buñuel, é claro. E Séverine era a Belle de Jour do romance de Joseph Kessel de que Buñuel e Oliveira se apropriaram, maliciosos.

Diz que é espanhol.

Espero que não seja aquele pequenito e entroncado
que me apalpava o rabo sempre que eu o ia servir
e que vinha cá com uma mulher diferente sempre
mesmo que fosse hoje e no dia seguinte e depois de
amanhã
era sempre uma mulher diferente grande rabo
grande peito mais altas que ele sempre
que ele era pequenito e entroncado quase careca
ou rapava o cabelo
era pintor.

Um Eléctrico Chamado Desejo

“Um Eléctrico Chamado Desejo” é uma obra-prima da dramaturgia do século XX que estabeleceu Tennessee Williams como um dos maiores autores americanos. Aqui, retrata-se o confronto entre os valores tradicionais do Sul da América e o materialismo agressivo da América moderna.

Blanche DuBois, uma frágil e solitária beldade sulista, decide visitar a sua irmã, Stella, que vive num bairro pobre de Nova Orleães.

Numa altura em que a sua vida se encontra em declínio, Blanche acaba por se confrontar com o marido de Stella, Stanley Kowalski, cujo temperamento rude tanto ofende como atrai a sua educada sensibilidade.

Enquanto o jazz dos anos 40 enche os bares locais durante a noite, as tensões crescem até atingirem um ponto de ruptura inevitável.

"Um Eléctrico chamado Desejo", na Sala Garrett, Teatro Nacional D. Maria II, de 09 de Setembro a 31 de Outubro. Encenação de Diogo Infante, com Alexandra Lencastre, Albano Jerónimo, Lúcia Moniz, Pedro Laginha, André Patrício, Estêvão Antunes, José Neves, Marques D’arede, Paula Mora e Sofia Correia.

FIMP - Festival Internacional de Mariontetas do Porto | 17 e 28 de Setembro de 2010

O FIMP - Festival Internacional de Mariontetas do Porto está de regresso ao Porto para mais uma edição que decorre entre 17 e 28 de Setembro de 2010. Dança, performance, artes plásticas, artes da rua e vídeo, são algumas das combinações possíveis, presentes na programação.

O programa completo será conhecido a 8 de Setembro. Mais informações em fimp2010.wordpress.com

Circular Festival de Artes Performativas | 6ª edição | 25 de Setembro a 2 de Outubro 2010, Vila do Conde

A 6ª edição do Circular Festival de Artes Performativas irá decorrer entre 25 de Setembro e 2 de Outubro de 2010, em vários locais de Vila do Conde.
O festival apresenta propostas que atravessam diferentes linguagens artísticas, como a dança contemporânea, a performance, as artes plásticas, o teatro e a música, privilegiando o envolvimento com os processos criativos.

Integram, entre outros, o programa:

Calhau!
"A corte de Urubu"
www.einsteinvoncalhau.com

Miguel Pereira
"Antonio Miguel"
www.orumodofumo.com

Companhia 7273
"Romance-s"
www.cie7273.com

O programa completo da 6ª edição do Circular estará disponível na sua totalidade em www.circularfestival.com a partir de 9 de Setembro.

A 6ª edição do Circular conta com o apoio do Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes, da Câmara Municipal de Vila do Conde e com a parceria do Teatro Municipal de Vila do Conde.

www.circularfestival.com
info@circularfestival.com

Destaques da temporada 2010/2011 do Teatro Nacional São João, no Porto

Já é conhecida a programação para a temporada 2010/2011 do Teatro Nacional São João, que arranca com a estreia a 15 de Setembro da peça 'A Gaivota', obra emblemática de Anton Tchékhov, com encenação de Nuno Cardoso.

Destaques da programação até Dezembro: a peça 'Fala da criada dos Noailles que no fim de contas vamos descobrir chamar-se também Séverine numa noite do Inverno de 1975, em Hyères', com autoria e encenação de Jorge Silva Melo, em cena de 16 a 19 Setembro no TeCA; "Sombras - A nossa tristeza é uma imensa alegria" de Ricardo Pais, 18 a 28 de Novembro, no TNSJ, as novas criações do Ensemble ("Dueto para Um" de Tom Kempinski, de 8 a 24 de Outubro no TeCA) e do Teatro Bruto ("Still Frank" de Daniel Jonas, a 11 e 12 de dezembro, no TeCA), o regresso a Portugal das coreógrafas Mathilde Monnier e La Ribot com a peça "Gustavia" a 10 de Dezembro no TNSJ, um espectáculo que que já foi apresentado em 2008 no Circular Festival de Artes Performativas, em Vila do Conde, e mais recentemente em 2009 na Culturgest, em Lisboa.

Fora do palco, destaque para "Odisseia: O Colóquio" que decorre a 26 e 27 de Novembro, no Mosteiro S. bento da Vitória, uma iniciativa conjunta do TNSJ, do Centro Cultural Vila Flor, do Theatro Circo de Braga e do Teatro de Vila Real, com o envolvimento activo da União dos Teatros da Europa, "em busca de linhas temáticas a desenvolver num ambicioso projecto em construção que tenderá a envolver a comunidade teatral da região Norte, dos criadores aos públicos, dos programadores aos mediadores, num processo de interrogação e qualificação das suas experiências, à descoberta dos mecanismos reais de diálogo entre a criação artística teatral e os processos políticos e sociais que determinam a contemporaneidade".

Programação completa e outras informações em www.tnsj.pt

Encontro de profissionais na Colômbia

Em Medelin, na Colômbia, está a decorrer a Sexta Fiesta de las Artes Escenicas. Aproveitando este evento, a Secretaria de Cultura Ciudadana de Medellin, associada à Redlat Colombia realiza nos dias 2, 3 e 4 de Setembro de 2010, um encontro entre profissionais das artes cénicas, espaço de intercâmbios e acordos, onde companhias e artistas de diferentes áreas cénicas apresentam os seus portfolios e espectáculos aos programadores internacionais.

Estão presentes directores de festivais e programadores de Portugal (FITEI), País Basco (Espanha), Argentina, Brasil, Peru, Equador, Nicarágua, Uruguai, República Dominicana e Coreia.

Autor e encenador argentino dirige o Teatro Oficina

A Fábrica, de Lautaro Vilo, é a mais recente criação do Teatro Oficina, em co-produção com O Cão Danado e Companhia. A peça estreia no dia 15 de Setembro, ficando em cena até dia 19, no Espaço Oficina.

Numa pequena cidade ventosa da Patagónia, Leo e Carlota herdam uma fábrica de chocolates mal localizada. Carlota enfrenta a responsabilidade e Leo, desapaixonado com a vizinha Roxi, escapa-se em jornadas de amor, infrutuosas tardes com a sua guitarra, e perigosas solidariedades com o seu amigo Victor. Paola, a cândida prima de uma cidade ainda mais pequena, chega para começar os seus estudos. Engenharia Eléctrica. Interessante, não é? E Antónia, a madrasta que “convive” com Roxi? E Victor? Todo o seu encanto, de onde vem? E Filipe, esse homem misterioso que caminha sozinho pela margem do rio? Esquecemo-nos de mencionar essa catrefada de cassetes que deixou o falecido pai. Este esquecimento foi intencional.

Lautaro Vilo, o autor e encenador de A Fábrica, nasceu em 1977, em Buenos Aires. É actualmente um dos mais interessantes criadores da nova geração do teatro argentino. Actor, dramaturgo, encenador e músico, já escreveu mais de uma dezena de obras.

Com tradução de Marcos Barbosa, A Fábrica é interpretada por Elenco Alheli Guerrero, Diana Sá, Emílio Gomes, Ivo Bastos, Pedro Almendra, Sara Barbosa e Teresa Arcanjo.