terça-feira, 7 de setembro de 2010

FALA DA CRIADA DOS NOAILLES no Porto

FALA DA CRIADA DOS NOAILLES QUE NO FIM DE CONTAS VAMOS DESCOBRIR CHAMAR-SE TAMBÉM SÉVERINE NUMA NOITE DO INVERNO DE 1975, EM HYÉRES, de Jorge Silva Melo, com Elsa Galvão, Vânia Rodrigues, Pedro Lamas, Pedro Mendes, António Simão, David Granada, Diogo Cão, Estevão Antunes, Inês Cunha, Jessica Anne, Joana Barros, Joana Sapinho, João de Brito, João Delgado, Marta Borges, Miguel Aguiar, Raquel Leão, Ricardo Batista, Rudy Fernandes, Sara Moura, Sérgio Conceição, Susana Oliveira e Tiago Nogueira, estará no Porto (TECA) de 16 a 19 de Setembro de 2010.

Esta co-produção Artistas Unidos / Culturgest, dirigida pelo próprio autor, é definida por ele como uma paródia inconsequente de Jorge Silva Melo.

Uma eterna criada evoca as ricas horas dos mecenas, os bailes loucos, a arte livre, o amor livre, o financiamento de L`Age D´Or de Luis Buñuel, tudo na altura em que se anuncia a vinda do realizador espanhol ao palacete de Hyères onde ainda vive o Conde de Noailles, mecenas que foi de tanta gente e tanto dos surrealistas: estamos a meio dos anos 70 ( do século XX) e os anos loucos já se foram, com as jóias da família. Muito livremente inspirado em O Meu Último Suspiro de Buñuel – e nas botinas de Diário de Uma Criada de Quarto de Buñuel, é claro. E Séverine era a Belle de Jour do romance de Joseph Kessel de que Buñuel e Oliveira se apropriaram, maliciosos.

Diz que é espanhol.

Espero que não seja aquele pequenito e entroncado
que me apalpava o rabo sempre que eu o ia servir
e que vinha cá com uma mulher diferente sempre
mesmo que fosse hoje e no dia seguinte e depois de
amanhã
era sempre uma mulher diferente grande rabo
grande peito mais altas que ele sempre
que ele era pequenito e entroncado quase careca
ou rapava o cabelo
era pintor.

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