Na véspera de mais um aniversário da Revolução dos Cravos, o Teatro relembra e repensa a História. Escrito e encenado por Marta Freitas – jovem dramaturga nascida no pós-1974 de quem o TNSJ publicou recentemente uma peça breve no volume Oficina de Escrita Odisseia: Textos Escolhidos –, Diz-lhes que não falarei nem que me matem mergulha de cabeça na dura experiência de encarceramento político de Carlos Costa (n. 1928), resistente antifascista que esteve 15 anos preso e participou, com Álvaro Cunhal, na célebre fuga da fortaleza-prisão de Peniche. Resultado do testemunho pessoal e transmissível de Carlos Costa, bem como da extensa pesquisa realizada por uma autora que cresceu num contexto familiar fortemente marcado pelas experiências de repressão do Estado Novo, Diz-lhes que não falarei nem que me matem não pretende arvorar-se em manifesto político nem em documentário histórico. É apenas – trata-se de um imenso apenas – um espetáculo teatral que visa inquirir o combate por um ideal travado por aquele que está longamente confinado a quatro paredes, bem como sondar a necessidade de novos e prementes combates.
- in website TNSJ
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