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"Solidão a Dois - Fragmentos" é a segunda montagem de uma trilogia iniciada em 2010 com o espectáculo 'Fragmentos Tchekhov'. Reúne varias linguagens, como as artes plásticas, o audiovisual, a dança e a literatura e contempla, como resultado do trabalho de pesquisa, as sugestões e reacções de destacados nomes das artes brasileiras ao trabalho desenvolvido.
Tendo o homem solitário como ponto de partida, a companhia utilizou a obra do artista plástico norte-americano Edward Hopper, retratista da angústia e do vazio humano; as instalações do artista franco-judeu Christian Boltanski, que em sua obra procura enfatizar o anónimo, a memória, a identidade e a perda; e a utilização de trechos da obra do romancista russo Fiódor Dostoievski, que coloca em evidência conflitos existencialistas e interpessoais em obras caracterizadas por cenas febris e dramáticas.
A aproximação com as obras destes artistas e das diferentes linguagens de artes em cena possibilitou ao espectáculo evidenciar o homem contemporâneo, que, apesar da globalização e das inúmeras ferramentas de comunicação, ainda se sente perdido na multidão.
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