sexta-feira, 14 de setembro de 2012
A construção da 'mulher fatal'
Em 1981, Rogério Vieira encenou e interpretou "Memórias de uma Mulher Fatal", de Augusto Sobral. Essa produção, que lhe valeu o Prémio Revelação da Casa da Imprensa, é agora revisitada pelo artista, até 23 de Setembro, na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II. Esta peça, de tons humorísticos, é um exercício teatral que coloca em confronto as várias facetas do “eu”. A história é a de Olinda, que decide escrever as suas memórias para celebrar o triunfo de uma vida como “mulher fatal”. Já profundamente imersa nas recordações, é interrompida por um telefonema, através do qual regressa ao passado com a ajuda do seu computador “Gestalt”. E é aí que surgem as contradições e se revela o dúbio valor das memórias, com a máquina a ousar corrigir Olinda.
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