segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Tradição, revolução e desejo


Ana Deus (voz dos Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso) e João Sousa Cardoso (artista plástico que trabalha no cruzamento da estética com as ciências sociais) são os protagonistas de “Raso como o Chão”, um dos textos mais intensos de Álvaro Lapa (1939-2006), a apresentar no TeCA, no Porto, entre a próxima quinta-feira e sábado (13 a 15). Datado de 1977, este texto é representativo de uma obra onde a pintura e a escrita se cruzam, numa diversidade de referências literárias, pictóricas e filosóficas.

Um espectáculo para uma cantora e um conferencista, encarnados nos corpos e nas vozes destes cultores de um teatro desalinhado. “Raso como o Chão” lembra a tradição, a revolução e as comunidades de desejo, explora a articulação entre o tema e a sua variação, a literatura, o escrito pessoal e a informação, o recorte, a colagem e a repetição. E lembra ainda um conjunto de canções que permitem uma viva reflexão sobre o país, ontem e hoje, e o ânimo criativo que a linguagem pode mobilizar.

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