sábado, 20 de outubro de 2007

Vale o que vale


Rua Entreparedes, junto ao antigo Instituto Comercial, cerca das 21,30h. Vendem-se bilhetes para um espectáculo de teatro na tasca do lado. Na rua um vagabundo ameaça matar-se e pede três moedas, só aceita três moedas. As portas do velho instituto da cidade do Porto abrem-se e as salas, as escadas, os corredores, as grandes mesas, os armários, as gavetas transformam-se em espaço cénico. É “Vale o que Vale”.


A história de um roubo a um banco, perpetrado por um homem anónimo. Uma sátira económica e cómica sobre um suicídio.As almas dos funcionários do banco estão fechadas no cofre do velho banco. O público visita o banco, conduzido pelo “Camelo”, o vagabundo anfitrião. Aconteceu um acidente fatal. Esta é a história sobre esse acidente.As portas do cofre abrem-se e delas saem os espíritos daqueles que não conseguem parar de trabalhar. Mesmo depois de mortos.Tomé é um anónimo funcionário do banco.Um D.J. da rádio guloso e rico, uma italiana exótica coleccionadora de arte, um gerente do banco obcecado, uma artista hedonística, um grupo de vagabundos fundamentalistas, uma mãe e a sua família em quem não se pode confiar, todos eles conspiram contra Tomé numa viagem paranóica dia e noite, constantemente. Uma viagem onde ele experimenta o que o dinheiro pode e não pode comprar.Quando vale uma vida? Quanto vale a sua morte?

Vale o que Vale

Adaptação e Encenaçãode Lee Beagley
a partir da peça expressionista de Georg Kaiser
"Von Morgens bis Mitternacht"

Produções Suplementares
22 Setembro a 28 Outubro
Antigo ISCAP (R. Entreparedes, nº48) Porto

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