quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Teatro Taborda acolhe companhia portuense


O Teatro da Garagem faz o acolhimento de duas produções da companhia portuense Assédio, no Teatro Taborda: O Corte e O Produto. São dois textos de Mark Ravenhill montados no ano passado pela Assédio e que poderão agora ser vistos pelo público de Lisboa. O Corte, que integrou a programação oficial do XXX FITEI, será apresentado nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, e O Produto estará em cena nos dias 2 e 3 de Fevereiro.


O Corte
, de Mark Ravenhill

Paul é um alto funcionário do Estado. Aparentemente razoável e cioso dos trâmites da Administração, Paul aplica o Corte, uma punição cirúrgica ancestral que a opinião pública há muito critica e que a sua própria família combate. Susan, a sua mulher, vive ensimesmada em dramas domésticos desproporcionados, que amortece com calmantes, enquanto Stephen, seu filho, se envolve em movimentos estudantis pela abolição do Corte. O retrato oblíquo desta família revela uma preocupação latente com o conforto e com a cordialidade, como se fossem o substituto natural do afecto. Quando o poder troca de mãos, perante a força da mudança política e a exigência de que se prestem contas, Paul passa a ser o réu justo, ou o bode expiatório, face a um novo quadro de valores e a um novo modelo de humanidade. O carácter precário das instituições e da consanguinidade é posto a nu, num texto que alia o humor e a imprevisibilidade a um amplo conhecimento das relações.


FiCHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Tradução Constança Carvalho Homem

Encenação João Cardoso

Cenografia Sissa Afonso

Figurinos Bernardo Monteiro

Desenho de Luz Nuno Meira

Sonoplastia Francisco Leal

Interpretação Diana Couto, Hélder Guimarães, João Cardoso, Luciano Amarelo, Rosa Quiroga e Sandra Ribeiro


O Produto
, de Mark Ravenhill

Amy é uma jovem executiva de topo. Vítima indirecta do atentado de 2001 às Torres Gémeas, Amy carrega a morte de Troy como uma ferida por estancar. De regresso a Londres depois de uma viagem de trabalho, Amy conhece Mohammed, um muçulmano misterioso que lhe oferece boleia e com quem rapidamente se envolve. Até descobrir que Mohammed integra um corpo de suicidas da Jihad cuja missão é fazer explodir alguns dos mais célebres monumentos europeus… É este o mote para o delírio. James encarna a figura do produtor de cinema a quem apareceu um argumento vencedor. Entre o entusiasmo, o autismo e a total falta de bom-senso, e perante uma interlocutora calada e impaciente, James vai revelando os episódios insólitos do enredo e tentando aliciar Olivia, a actriz em ascensão que escolheu para protagonista. O que é, então, este produto? Uma visão caricaturada e hiperbólica da receita para os sucessos de bilheteira.

FiCHA ARTÍSTICA E TÉCNICA


Tradução Constança Carvalho Homem

Encenação Rosa Quiroga e João Cardoso

Cenografia Sissa Afonso

Figurinos Bernardo Monteiro

Desenho de Luz Nuno Meira

Sonoplastia Francisco Leal

Interpretação João Cardoso e Micaela Cardoso

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