O Centro Dramático Galego estreia, como primeira produção da nova temporada, dia 24 de Outubro, ás 21.00 horas, no Salón Teatro de Santiago, "A boa persoa de Sezuán" com encenação de Nuno Cardoso.
O encenador português contou para esta proposta cénica com uma equipa artística transfronteiriça em que participa, entre outros, um elenco de 12 actores e actrizes.
"A boa persoa de Sezuán", versão em galego da obra de Bertolt Brecht com encenação de Nuno Cardoso, um dos nomes destacados da nova cena portuguesa. Na primeira produção da temporada 2008-2009, a companhia pública incorpora o dramaturgo alemão ao seu repertório através desta fábula amarga sobre a busca da bondade numa sociedade corrompida pelos excessos capitalistas. Após a estreia em Santiago de Compostela, onde apresentarão mais dois espectáculos (sábado ás 21.00 h e domingo ás 18.00 h), o CDG iniciará um digressão galega de três meses de duração apoiada financeiramente pela AGADIC (Axencia Galega das Industrias Culturais) e pela Fundación Caixa Galicia.
Para a montagem de “A boa persoa de Sezuán”, Nuno Cardoso conta com uma equipa artística galaico-portuguesa, da qual fazem parte 12 actores e actrizes (Rosa Álvarez, César Cambeiro, Antón Coucheiro, Mónica García, Rocío González, Roberto Leal, Rebeca Montero, Marta Pazos, Alberto Rolán, Machi Salgado, Toni Salgado e Hugo Torres), assim como Fernando Ribeiro (desenho do espaço cénico), José Álvaro Correia (desenho de luz), La Canalla (guarda-roupa), Víctor Hugo Pontes (assistente de encenação e movimento), Fran Pérez "Narf" (director musical) e Frank Meyer (tradução do texto para galego).
Processo criativo
O encenador português optou por um processo criativo similar ao que seguiu nos seus últimos espectáculos, assentes numa cuidada plasticidade e num exigente trabalho com os actores utilizando diferentes linguagens interpretativas. Neste sentido, o seu trabalho com os actores começou em Compostela há mais de dois meses com uma primeira fase de análise dramatúrgica onde se abordou a obra de Brecht desde a interacção e as improvisações. Elaborou-se assim uma linguagem comum a todo a equipa artística a partir da qual se construiu o espectáculo.
Bertolt Brecht escreveu “A boa persoa de Sezuán” no seu exílio nos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial. Esta "obra em modo de parábola", como foi definida pelo próprio autor, conjuga alguns dos traços mais característicos do teatro brechtiano para questionar a possibilidade de viver justamente numa sociedade injusta, num mundo de paradoxos e extremos onde há afrontamentos entre ricos e pobres, patrões e trabalhadores.
A versão do CDG situa o espectador num ambiente urbano totalmente degradado, dominado pelo asfalto e as omnipresentes luzes de néon. A obra começa com o aparecimento a Sezuán de três deuses - aqui encarnados por personagens bem reconhecíveis da cultura popular contemporânea - com a esperança de encontrar pessoas que sigam os seus conselhos, isto é, pessoas boas e justas capazes de transformar a sociedade. A primeira que descobrem é a única que os acolhe, Xan Te, uma prostituta a quem premeiam financiando-lhe outro meio de vida: uma pequena loja de venda de tabaco. Mas os habitantes de Sezuán não tardarão a tirar proveito das suas boas intenções…
ELENCO
Rosa Álvarez: A Muller / Puta / A Señora Yan / Transeúnte
César Cambeiro: O Carpinteiro / Deus / Cliente / Transeúnte
Antón Coucheiro: O Parado / O Vello / Deus / O Bonzo / Cliente
Mónica García: A Caseira / Puta / Deus / Transeúnte / Obreira
Rocío González: Xen Te / Xui Ta
Roberto Leal: O Avó / Xu Fu / Cliente / Transeúnte
Rebeca Montero: Xin / Puta / Transeúnte / Obreira
Marta Pazos: A Cuñada / Deus / A Vella
Alberto Rolán: O Sobriño / Sun / Transeúnte
Machi Salgado: O Policía / O Parado / Cliente / Transeúnte / Obreiro
Toni Salgado: O Home / Deus / Cliente / Transeúnte / Obreiro
Hugo Torres: Wan / O Coxo
O encenador português contou para esta proposta cénica com uma equipa artística transfronteiriça em que participa, entre outros, um elenco de 12 actores e actrizes.
"A boa persoa de Sezuán", versão em galego da obra de Bertolt Brecht com encenação de Nuno Cardoso, um dos nomes destacados da nova cena portuguesa. Na primeira produção da temporada 2008-2009, a companhia pública incorpora o dramaturgo alemão ao seu repertório através desta fábula amarga sobre a busca da bondade numa sociedade corrompida pelos excessos capitalistas. Após a estreia em Santiago de Compostela, onde apresentarão mais dois espectáculos (sábado ás 21.00 h e domingo ás 18.00 h), o CDG iniciará um digressão galega de três meses de duração apoiada financeiramente pela AGADIC (Axencia Galega das Industrias Culturais) e pela Fundación Caixa Galicia.
Para a montagem de “A boa persoa de Sezuán”, Nuno Cardoso conta com uma equipa artística galaico-portuguesa, da qual fazem parte 12 actores e actrizes (Rosa Álvarez, César Cambeiro, Antón Coucheiro, Mónica García, Rocío González, Roberto Leal, Rebeca Montero, Marta Pazos, Alberto Rolán, Machi Salgado, Toni Salgado e Hugo Torres), assim como Fernando Ribeiro (desenho do espaço cénico), José Álvaro Correia (desenho de luz), La Canalla (guarda-roupa), Víctor Hugo Pontes (assistente de encenação e movimento), Fran Pérez "Narf" (director musical) e Frank Meyer (tradução do texto para galego).
Processo criativo
O encenador português optou por um processo criativo similar ao que seguiu nos seus últimos espectáculos, assentes numa cuidada plasticidade e num exigente trabalho com os actores utilizando diferentes linguagens interpretativas. Neste sentido, o seu trabalho com os actores começou em Compostela há mais de dois meses com uma primeira fase de análise dramatúrgica onde se abordou a obra de Brecht desde a interacção e as improvisações. Elaborou-se assim uma linguagem comum a todo a equipa artística a partir da qual se construiu o espectáculo.
Bertolt Brecht escreveu “A boa persoa de Sezuán” no seu exílio nos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial. Esta "obra em modo de parábola", como foi definida pelo próprio autor, conjuga alguns dos traços mais característicos do teatro brechtiano para questionar a possibilidade de viver justamente numa sociedade injusta, num mundo de paradoxos e extremos onde há afrontamentos entre ricos e pobres, patrões e trabalhadores.
A versão do CDG situa o espectador num ambiente urbano totalmente degradado, dominado pelo asfalto e as omnipresentes luzes de néon. A obra começa com o aparecimento a Sezuán de três deuses - aqui encarnados por personagens bem reconhecíveis da cultura popular contemporânea - com a esperança de encontrar pessoas que sigam os seus conselhos, isto é, pessoas boas e justas capazes de transformar a sociedade. A primeira que descobrem é a única que os acolhe, Xan Te, uma prostituta a quem premeiam financiando-lhe outro meio de vida: uma pequena loja de venda de tabaco. Mas os habitantes de Sezuán não tardarão a tirar proveito das suas boas intenções…
ELENCO
Rosa Álvarez: A Muller / Puta / A Señora Yan / Transeúnte
César Cambeiro: O Carpinteiro / Deus / Cliente / Transeúnte
Antón Coucheiro: O Parado / O Vello / Deus / O Bonzo / Cliente
Mónica García: A Caseira / Puta / Deus / Transeúnte / Obreira
Rocío González: Xen Te / Xui Ta
Roberto Leal: O Avó / Xu Fu / Cliente / Transeúnte
Rebeca Montero: Xin / Puta / Transeúnte / Obreira
Marta Pazos: A Cuñada / Deus / A Vella
Alberto Rolán: O Sobriño / Sun / Transeúnte
Machi Salgado: O Policía / O Parado / Cliente / Transeúnte / Obreiro
Toni Salgado: O Home / Deus / Cliente / Transeúnte / Obreiro
Hugo Torres: Wan / O Coxo
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