quinta-feira, 24 de março de 2011

TARDE MUNDIAL DO TEATRO | A FÁBRICA DA RUA DA ALEGRIA – OS EMERGENTES DO PORTO?


TARDE MUNDIAL DO TEATRO A FÁBRICA DA RUA DA ALEGRIA – OS EMERGENTES DO PORTO? finaliza o ciclo de teatro do Porto que o Teatro Municipal São Luiz realiza em Lisboa desde o dia 18 de Fevereiro.

A 27 de Março, a partir das 15h00, na Tarde Mundial do Teatro, os públicos de Lisboa e do Porto juntam-se numa festa performativa e cheia de surpresas.

Uma antiga fábrica (sita na Rua da Alegria logo abaixo da Escola Superior de Musica e Artes do Espectáculo) tornou-se uma incubadora não oficial de novos projectos teatrais que agora vêm ocupar o Teatro São Luiz numa festa performativa cheia de surpresas – serão estes os emergentes do Porto?

O PÙBLICO VAI AO TEATRO
TEATRO MEIA VOLTA E DEPOIS À ESQUERDA QUANDO EU DISSER
ENTRADA PRINCIPAL - ÀS 15h00M/3
DURAÇÃO APROXIMADA 60 MIN

Um ciclo dedicado à produção teatral do Porto em jeito de retrato de família no teatro da capital. Incontornável na definição dos limites da criação e na contextualização dos movimentos artísticos, o público merece a nossa atenção. E se os artistas do Porto vão à capital, porque não ir também o seu primeiro público – conterrâneo e contextual –, se é de traçar um perfil da criação teatral destas Terras de Aquém-Douro que estamos a falar? Dia 27 de Março de 2011, chega às portas do Teatro São Luiz um autocarro cheio de público do Porto para ver o que pelo Porto se faz e para que o público de Lisboa veja quem pelo Porto vê. Mas será que vê? Se não viu, vai ver. E quem quiser, pode levar farnel.


DEAMBULAÇÃO (de UTÓPOLIS)
TEATRO DO FRIO
LARGO CAMÕES E CHIADO - ÀS 15h00 M/6
DURAÇÃO 20 MIN

Eles chegam vindos de outras rotinas em busca de novas perspectivas para os enquadramentos de sempre.

ARRUMADORES DE PESSOAS
RADAR 360º
ENTRADA PRINCIPAL - DAS 15h45 às 20h00

Existem os arrumadores de roupa, os de discos, os de livros, os de lixo... Mas nós, somos os arrumadores de pessoas!

Esta proposta artística vive da interacção com o público e com o espaço físico que acolhe a intervenção. Apostamos numa linguagem plástica forte e procuramos a nossa inspiração na sinalética e nas mensagens codificadas que revestem o nosso quotidiano. Introduzimos o cómico e o absurdo. Orientamos e Desorientamos as regras de organização que suportam as nossas deslocações de um lado para o outro.

Este acto performativo será o resultado de uma acção de formação sob a orientação da Radar 360, que irá decorrer ao longo do Ciclo de Teatro do Porto. O objectivo desta formação será experimentar as ferramentas essenciais que suportam o trabalho de um intérprete de teatro de rua.

DIMAS E GESTAS - Um espectáculo de café-teatro para crucificados
PALMILHA DENTADA
JARDIM DE INVERNO - DAS 16H00 ÀS 20H00
Frase enigmática destinada a criar curiosidade
Dimas, o bom, e Gestas, o mau ladrão, aguardam a chegada de um terceiro elemento que se adivinha que virá pois há uma cruz livre entre as cruzes onde os dois estão crucificados. Enquanto aguardam as personagens vagueiam pelas memórias da sua vida, pelas opções que tomaram e pelas oportunidades que perderam. Quando as personagens se cansam desaparecem, até porque é quase imoral pedir a actores que aguentem 4 horas crucificados. Nesses momentos os dois actores descansam, aproveitando para vaguear pelas memorias da sua vida, pelas opções que tomaram e pelas oportunidades que perderam.


METO A COLHER?!
PELE
LARGO DO PICADEIRO - DAS 16H15 ÀS 20H00

Esta instalação/performance contínua resulta da pesquisa e aprofundamento do tema da violência doméstica, ao longo dos últimos cinco anos, através de vários projectos com diferentes populações, nomeadamente vítimas e agressores. Numa estrutura em forma de cubo, vários intérpretes alternam entre si e recriam quadros domésticos, retratando as diferentes formas de violência no contexto da esfera privada. Como fundo, uma sonoridade constante e cíclica que sustenta a violência doméstica e a improvisação dos intérpretes. Diz o ditado popular que “Entre marido e mulher, ninguém mete a colher!”. Pegando nesta máxima tão profundamente enraizada no quotidiano dos portugueses, esta proposta transfere o espaço privado para o espaço público, desnudando-se aquilo que muitas vezes preferimos não ver, ouvir ou saber. O público opta se entra, ou não, neste espaço íntimo, para que simbolicamente possa, ou não, “meter a colher”.


SILÊNCIO (de DIZ QUE DIZ)
TEATRO DO FRIO
SALA PRINCIPAL - ÀS 16h15 / 16h50 / 17h30

Em Diz que Diz tomámos um poema e cantámos uma cena. Agora transbordamos essa cena numa atmosfera polifónica a algumas vozes e muitos lençóis.


CEM LAMENTOS
TENDA DE SAIAS
SUB-PALCO - ÀS 16H30 / 17H15 / 18H00
"Sabe que pode contar tudo o que quiser... E a verdade é que precisa de desabafar... Guardou isso tempo de mais. E para quê? O importante é verbalizar. Pôr em palavras estes bocadinhos de realidade que nos pesam na mente... E há pedaços enormes e muito sujos. Sabe a que me refiro, não sabe? Aqueles pedaços mais sujos..."

Regra número 1: se aceitar este encontro, terá de estar seguro de que ele o irá mudar para sempre. Regra número 2: quanto mais expuser de si mesmo, mais probabilidades tem de vir a ganhar o prémio final. Regra número 3: a decisão da Mestre de Cerimónias é soberana. Regra número 4: as apostas apenas podem ser realizadas no momento reservado para tal. Regra número 5: este encontro nunca existiu. Regra número 6: o importante é acreditar. Regra número 7: não há regras. Marta Freitas


FIO DE PRUMO
COMPANHIA ERVA DANINHA
TRAVESSA DOS TEATROS - ÀS 16H30/17H30/18H30/19H30M/12
DURAÇÃO 15 MIN

Encontramo-nos num ambiente industrial assombrado pelos fortes ruídos das máquinas, pelo ar opaco envolto de uma névoa de pó. Perdidos neste amontoado de calor, tijolos e cansaço três malabaristas deixam-se levar pela poesia da construção. Da rigidez de um trabalho árduo nasce a maleabilidade da expressão máxima do corpo com o espaço e com os objectos que o rodeiam.

Neste excerto podemos visualizar uma composição de diferentes momentos deste espectáculo de Circo Contemporâneo. O seu carácter experimental surge do cruzamento entre o malabarismo, a manipulação de tijolos e outras expressões das artes performativas. O trabalho busca um olhar contemporâneo do individuo/artista e do seu lugar na sociedade e na criação.

PERSONAGENS FRAGMENTADAS
RADAR 360º
CAMAROTES DO 1º BALCÃO - ÀS 16h45 / 17h30 / 18h15M/3
DURAÇÃO 30 MIN

Do repErtório de espectáculos criados pela Radar 360º, extraímos algumas personagens e decidimos habitar zonas específicas do Teatro São Luiz. O público é convidado a fazer uma visita panorâmica a estes fragmentos, que transportam universos multidisciplinares e marcam a identidade da companhia.

Decidimos fragmentar os seguintes projectos:

O Baile dos Candeeiros (Projecto Concluído em fase de digressão e internacionalização)
Inspirados em rituais e tradições que remontam ao final dos anos 60, fomos buscar as bases para esta criação ao famoso Baile dos Cinco Candeeiros da Foz do Douro.

Histórias Suspensas (Projecto Concluído em fase de digressão)
Todos nós já ouvimos histórias… Todos nos já a contamos… E quem conta um conto…é um contador de histórias! O Tempo nas histórias ou pára ou passa muito rápido… Aqui suspende-se no olhar de quem assiste e partilha esta aventura!

Off Balance (Work in progress)
Procuramos o equilíbrio no desequilíbrio! Encontramos no absurdo e no burlesco a metáfora perfeita para existir. Reinventamos um mundo ao contrário…Rompemos regras, conceitos e preconceitos, com a vontade clara de comunicar… eu existo, estou aqui, olha para mim.

Zumanos (Projecto em fase de criação)
Uma metamorfose, algures entre Zoo e Humanidade, o indígena civilizado… Uma fronteira ténue, provocativa e simultaneamente poética… O Zoológico: espaço de ficção que pretende recriar a realidade através dos habitats naturais das diferentes espécies que nele habitam.


CENA 10 (de S.Ó.S.)
TEATRO DO FRIO
SALA PRINCIPAL - ÀS 18H30M/12
DURAÇÃO 10 MIN

Da fragmentação de S.Ó.S. tomámos três cenas em linha de montagem. Ascenção e queda. Abel e Caim. Raquel e Rodolfo. À velocidade da luz.


ÓPERA DOS CINCO EUROS
TEATRO DE FERRO com RADAR 360º E TEATRO DO FRIO
SALA PRINCIPAL - ÀS 19H00
M/12
DURAÇÃO 60 MIN

“(...) porém foi-nos parecendo que, da mesma maneira que o diplomado sub-empregado a recibo verde deveria sentir-se socialmente solidário do trabalhador sem contrato nem salvaguarda contra a adversidade, o actor sem tecto deveria sentir-se politicamente próximo do migrante sem eira nem beira. É pois de muitos infixáveis que o sonho deste espectáculo se fez e faz. Não imaginávamos que a realidade da actual perseguição movida contra as comunidades ciganas viesse trazer tanta e tão dura água ao nosso moinho. Para combater a tentação modelo único e a formatação made in Europe, os filhos de Caim, grudados aos valores da propriedade e da raiz, terão de reconhecer em si mesmos tudo quanto foram recalcando dos seus desejos inconfessados de nomadismo. Possa a Ópera de 5 Euros ser parte, ínfima mas parte, desse feliz reconhecimento.” Regina Guimarães, Setembro 2010

LIE ACT – THEATRE FOR THE E ARNOISE ’R’ US
FESTA DE ENCERRAMENTO
JARDIM DE INVERNO - ÀS 20H00

Um espectáculo que pretende levar-nos a uma viagem, provocar uma espécie de hipnose. Um concerto-performance de música electrónica, experimental, pop e electroacústica. O meio para fixar a performance de instrumentos musicais passará a ser agora a performance em si.

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