©Mauricio Pisani
“Ninguém no Plural”, que estreia no dia 5 de Agosto no Espaço Beta do Sesc Consolação, S. Paulo, é uma adaptação colectiva da Companhia As de Fora de quatro contos do escritor moçambicano Mia Couto (vencedor do Prémio Camões deste ano): “ O Cesto”, “Meia culpa, meia própria culpa”, “A despedideira” e “Os olhos dos mortos”, publicados no livro “O fio das missangas”. A peça fica em cartaz até ao dia 27.
As actrizes Anna Zêpa e Tânia Reis constroem em cena cada uma das quatro mulheres que compõem os contos. A presença do homem (Kuarahy Fellipe), figura constante desses contos femininos, forte e determinante até mesmo na sua ausência (O Cesto e A despedideira), está em cena o tempo todo, acompanhando as trajetórias das personagens, como um contraponto, um antagonista.
Quatro contos, quatro mundos, quatro mulheres, quatro universos. A encenação parte de quatro espaços, preenchidos por seus objetos, cores, sons e cheiros. “Cada canto, cada ‘pequeno universo’, é um nicho onde os elementos de cada personagem se encontram, onde ela pode surgir e se desenvolver, se revelar de repente, completamente, diante da plateia e, ao mesmo tempo, os ecos desses quatro mundos ressoam uns nos outros, numa dramaturgia que deixa de ser linear e se constrói como uma teia, uma rede, onde os fios se ligam uns aos outros”, afirma a encenadora Rita Grillo.
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