A Companhia dos Pés, de Rio Preto, Brasil, tem em digressão o seu novo espectáculo “Plástico Bolha”, estreada no Teatro Municipal “Merciol Viscardi”, em Fernandópolis, no passado dia 6.
Há sete anos, a companhia é conhecida por usar a dança e o teatro contemporâneos como canal de expressão. E, desta vez, não é diferente. Mas o trabalho tem algumas características próprias. O uso de cordas para acrobacias aéreas, como em “Asas”, produção de 2008 que esteve no FITEI em 2009, dá lugar à uma pesquisa mais elaborada da cenografia em palco italiano, iniciada com “...” (o nome do espectáculo é mesmo assim: Reticências), em 2010.
Angélica Zignani assina a direcção artística e coreográfica. A produção é livremente inspirada no livro “Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos”, do sociólogo polaco Zygmunt Bauman. Assim como na obra literária, o espectáculo debruça-se sobre a influência da tecnologia nos afectos. O plástico bolha do título é uma alusão ao invólucro imaginário que protege as relações como se fossem mercadorias. “É uma metáfora de como tratamos a amizade em tempos de redes sociais, em que o mais importante tem sido o número de conexões”, diz Angélica.
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