© Robson Fernandjes
O "filho espancado moralmente" e que está revelando o pai é o centro do espectáculo Carta ao Pai , com texto de Kafka. A identificação com o "ser brasileiro" é imediata. Para esta encenação, não foi necessário fantasiar este filho ou envolvê-lo de aspectos de 1919, ano em que foi escrito o texto. A busca do "teatro essencial" é feita ao serem entregues alguns fragmentos, de forma que a plateia os receba como "atualizantes".
O texto de Franz Kafka é encenado e interpretado por Denise Stoklos e tem estreia prevista para o dia 23 de Agosto no Teatro Anchieta, em S. Paulo.
Escrito em 1919 e só publicado postumamente, Carta ao Pai é um longo
desabafo do artista sobre a tumultuada relação que manteve com o pai, um
autoritário comerciante judeu. Na abordagem escolhida por Denise, o que
deve ir ao palco transcende a temática original. "Em Kafka, são tantas
as possibilidades de aproximação que qualquer coisa que você faça sempre
resulta em apenas mais uma leitura", diz ela, que também responde pela encenação. "O que fiz foi escolher alguns
fragmentos e ir criando um roteiro para que tudo faça sentido também
para quem não conhece a obra."
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