Poucos espectáculos se podem gabar de um vida tão dilatada no tempo como Aiguardent, que foi o primeiro solo de Marta Carrasco, estreado em 1995.
Aiguardent, que recebeu os Prémios Max para a melhor interpretação feminina de dança e a melhor coreografia, além do Prémio da Crítica de Barcelona, é uma viagem pela solidão humana, dominada pela raiva e inocência. A dualidade duma mulher no limite do abismo, presa da obsessão com o álcool. A sua fragilidade leva-a aos excessos mais contraditórios, deixando entrever que há numerosas mulheres com esta voz solitária “a voz de muitas águas” que embriaga o público.
O espectáculo está em Madrid, até ao dia 20 de Abril, no Abadia.
O espectáculo está em Madrid, até ao dia 20 de Abril, no Abadia.
Também o último espectáculo de Marta Carrasco J’arrive…! continua em digressão.
“J’arrive…! em francês quer dizer já vou, estou a chegar. Há mais de dez anos que eu estou correndo. Em J’arrive…! há muito do que dissemos ao longo destes dez anos, mas dito de agora. Portanto, dito de outra maneira. Não há nada igual porque eu não sou a mesma, sou outra. São dez anos mais de vida. Dez anos anos muito intensos ”
Depois de dançar em várias companhias, como Metros de Ramon Oller, Marta Carrasco empreende uma nova trajectória como solista, como criadora e intérprete no ano de 1995 com o espectáculo de dança-teatro Aiguardent.
“J’arrive…! em francês quer dizer já vou, estou a chegar. Há mais de dez anos que eu estou correndo. Em J’arrive…! há muito do que dissemos ao longo destes dez anos, mas dito de agora. Portanto, dito de outra maneira. Não há nada igual porque eu não sou a mesma, sou outra. São dez anos mais de vida. Dez anos anos muito intensos ”
Depois de dançar em várias companhias, como Metros de Ramon Oller, Marta Carrasco empreende uma nova trajectória como solista, como criadora e intérprete no ano de 1995 com o espectáculo de dança-teatro Aiguardent.
Desde esse momento combinou a criação de coreografias próprias – Aiguardent (1995), Blanc d’ombra. Recordant Camille Claudel (1998), Mira’m (2000), Eterno? Això sí que no! (2003) e Ga-gà (2005) - com direcção coreográfica de outros espectáculos, como: Pesombra, un espectáculo basado na obra de J. Salvat-Papasseit (Dir. M. Puyo, 1997); A la jungla de les ciutats, de B. Brecht (Dir. Ricard Salvat, 1998); El Maniquí, de M. Rodoreda (Dir. P. Planella, 1998); A little night music, de S. Sondheim y H. Wheeler, Lulu, de F. Wedeking (Dir. Mario Gas, 2000 y 2001), Bodas de sangre, de F. García Lorca (Dir. F. Madico, 2001), Ronda de mort a Sinera, de S. Espriu (Dir. Ricard Salvat, 2002), Diàfan, de Pep Bou (2003) e a versão teatral do musical El otro lado de la cama (Dir. J. M. Mestres, 2004).
No ano de 2005 participa na longa-metragem de Carlos Saura Iberia.
Entre outros prémios, recebeu o da Crítica Teatral de Barcelona 1996-1997 por Aiguardent e Pesombra; o Butaca (Premio del público) de 1999 e 2001 por Blanc d’ombra e Mira’m, respectivamente, e quatro Max de las Artes Escénicas, dois por Aiguardent, em 2003 e dois por Ga-gà em 2006 como “Mejor espectáculo de danza” e “Mejor Coreografía”. No ano de 2005, a Generalitat de Catalunya atribuiu-lhe o Premi Nacional de Dansa, como reconhecimento pela sua trajectória.
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