Começa a segunda semana

A 2ª semana de teatro ibéro-americano começa à imagem de todo o FITEI, produzindo uma combinação improvável e inaugural entre Tchékov, Cyrano de Bergerac e o imaginário sensorial de Copacabana.

O encenador português Nuno Cardoso (Ao Cabo Teatro) fecha a sua triologia tchekhoviana com "as Três Irmãs" (21h30; TeCa) depois de já ter dirigido "Platonov" e "A Gaivota".

Luísa Pinto encena (21h30; Constantino Nery) uma adaptação de um texto de Jorge Louraço Figueira que reinterpreta o "Cyrano de Bergerac" à luz de uma contemporaneidade e uma urbanidade especiais, numa encenação que é também um exercício artístico e cívico de reinserção social, convocando para o mesmo palco actores profissionais e reclusos que aqui encontram forma de descobrirem e expressarem a sua sensibilidade artística e dramática.

Num espectáculo onde todos poderemos e deveremos cear, os sabores de Copacabana chegam-nos através do pensamento cénico de Sergi Ots e da companhia espanhola Ponte Pie (23h30; Fábrica da Rua da Alegria) acariciando o espectador com sensações visuais, intelectuais e, mais raras no teatro, sensações gastronómicas cozinhadas pelos donos de um restaurante estranhamente sem clientes até os espectadores serem seus deliciados comensais.

O ciclo "Vão de Escada", dedicado à exposição do talento das companhias emergentes da região, estreia-se como parte integrante deste 34º FITEI com "Histórias de Família" que nos serão contadas pelo Bisturi, grupo de ex-alunos da Academia Contemporânea do Espectáculo nascido em 2009 (17h; Estúdio Zero).