“A nossa capacidade de indignação pode e deve levar-nos a ações construtivas, motivadas pela recusa da passividade e da indiferença. (…) Saber dizer sim. Agir. Combater. Participar na insurreição pacífica o que nos permite dar resposta a um mundo que não nos agrada. Numa palavra: empenhar-nos!” afirma o filósofo Stéphane Hessel.
Artistas e Públicos Indignados é uma “revolta! de gente da “cultura” perante uma conjuntura que representa um retrocesso civilizacional em termos de direitos de cidadania, uma “revolta” que é intérprete não só de um sentimento colectivo de desalento, ainda difuso, e que deseja encontrar uma linguagem certa para o denunciar.
Esta iniciativa de protesto dos sectores das Artes e da Cultura pretende promover a unidade de todas as diferenças sem as anular, não querendo ser patamar de divisão ou de sectarismo sectorial; deseja, isso sim, dar visibilidade a um movimento geral de indignação de artistas, criadores e demais trabalhador@s face ao actual estado de degradação, desinvestimento e desertificação do sector das Artes e da Cultura. Pretende, também, dar voz aos Públicos, que a ela têm direito, para que possam ser espectadores emancipados.
Este é um protesto que emerge, organicamente, da força conjunta de um país a requerer mais e melhor democracia, mais qualidade de vida e que luta também pela requalificação das condições de criação e pelo direito aos seus tempos de fruição e de reflexão.
A Arte e a Cultura são os elementos vitais para a construção de um mundo melhor, tecido de diálogos entre visões e entendimentos diferentes do mundo.
Queremos que a Arte e a Cultura nos ajudem a fazer um país melhor, um país que questione, critique e altere um modelo de sociedade que claramente falhou.
Artistas e Públicos Indignados fazem ouvir a sua voz no dia 17 de Setembro, pelas 17h na Praça do Rossio, e em qualquer lugar do país, e decidem habitar criativamente a rua com a sua arte e cultura.
Promotores:
Dolores de Matos, programadora, encenadora e actriz
Eugénia Vasques, Prof. Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, crítica teatral
Joaquim Paulo Nogueira, dramaturgo e investigador
Leonor Areal, cineasta
Margarida Paredes, escritora, antropóloga
Mário Nuno Neves, autarca e publico muito indignado
Paulo Raposo, Prof. Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE, antropólogo
Patricia Freire, programadora cultural
Rui Rebelo, músico
Sara Gonçalves, actriz
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