Entre 28 de Setembro a 2 de Outubro, no teatro da Trindade está em cena Sósia, uma encenação de Lígia Roque.
Uma autora de peças radiofónicas conta a uma realizadora de peças radiofónicas a história que inventou sobre um Homem que acorda a meio da noite e depara com o seu Outro (sósia), que lhe veio comunicar a sua condenação à morte por um crime que ele (Outro) tinha cometido.
Este é um texto que faz uma reflexão filosófica sobre a justiça. Durrenmatt acreditava que não há culpados nem inocentes, já que todos somos culpados e responsáveis. Cada ser humano é o seu próprio juiz e por isso há sempre um outro/sósia á nossa espera. No final, a personagem do realizador chega finalmente ao parque supostamente real onde se encontra o deserto castelo da justiça e pergunta-se “e quer certamente que eu fique contente com isso?” ao que o escritor responde “temos mesmo de ficar muito contentes com isso”. Será “isso” a impossibilidade de acreditar na ficção ou de acreditar na justiça? Não será a justiça uma enorme ficção?
Texto de Durrenmatt com interpretação de Daniel Pinto, Daniela Vieitas, Joana Carvalho, João Castro e Sara Carinhas.
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