sexta-feira, 25 de maio de 2012

ANATOL - Nova produção TRUTA

O ciclo Anatol (1893), é uma peça composta por sete peças de um acto (episódios), faz uma crítica social, tomando por referência as relações íntimas do homem e da mulher. Anatol é um solteirão solitário, sem família, sem profissão, sem idade, sem ocupação, desiludido e decadente que busca a sua afirmação pessoal no amor e que sacrifica a dignidade da mulher ao procurar impôr as suas leis - mas sai vencido e humilhado. E não podia ser de outro modo. A mulher não é o elemento passivo, um simples objecto de prazer, vítima dos caprichos e da obsessão doentia de Anatol, marcado pelo ciúme; ele próprio acaba por ser a única vítima das suas obsessões - de facto ele foi o usado, sempre que recusou o amor da mulher emancipada. A sexualidade conhece uma nova moral, expressa na igualdade de direitos do homem e da mulher. Anatol é a primeira criação consequente duma nova forma de aprender a realidade, sempre mutável, inconstante, tal como são inconstantes os estímulos que vêm do mundo exterior. “As suas relações para com o mundo não resultam propriamente da reflexão, elas são exclusivamente transmitidas pelos sentidos. Há em Anatol uma capacidade de sentir e experimentar pelos sentidos. A realidade é em primeiro lugar compreendida como uma sequência de estímulos sensoriais e não como o lugar de decisões e de actuações próprias”.

Autor Arthur Schnitzler | Direcção artística de Tónan Quito

Interpretação Joana Bárcia, Miguel Borges, Mónica Garnel, Sérgio Praia e Sofia Marques

PEQUENO AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL DE BELÉM | de 24 a 27 de Maio


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