PALÁCIO DO FIM, de Judith Thompson, tradução Pedro Marques, com Ana Lázaro, Maria José Paschoal e António Filipe em cena no Teatro da Politécnica de 9 de Janeiro a 23 de Fevereiro, produção dos Artista Unidos.
Um dia, como eu sabia que ia acontecer, eles vieram ter connosco. Graças a Deus que deixaram a minha mãe levar a Laila, mas levaram o Nahdne da escola e a mim de casa. Tinha estado a cozer um ovo. Para comer com um convidado. É verdade. E os bandidos entraram.
E sabem quem eram? Podem perguntar-se, quem eram estes tipos da polícia secreta? Como é que eles reuniam tantos criminosos ávidos e sádicos? Bom, eu digo-vos, eram os rufias da zona. Eu reconheci um deles, costumava meter-se comigo e com o meu irmão quando íamos ao cinema. Assediava-me, dizia coisas nojentas e o meu irmão avisou-o. Eram estes tipos, estes fracassados, aqueles que torturam animais, as pessoas que tu evitas. Portanto. Levaram-nos para a prisão.
- Judith Thompson, Palácio do Fim
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