Figura central da história do cinema português, Paulo Rocha faleceu ontem, aos 77 anos. Com os seus filmes "Os Verdes Anos" (1962) e "Mudar de Vida" (1966), destacou-se como um dos mobilizadores do movimento do Cinema Novo Português, que revelou outros nomes como Fernando Lopes ou António da Cunha Telles.
Nascido no Porto em 1935, abandonou os estudos de Direito, em Lisboa, partindo para Paris, em 1959. Lá, frequentou o Institut des Hautes Études Cinematographiques, onde obteve o diploma de Realização de Cinema. Foi assistente de realização estagiário de Jean Renoir em "Le Corporal Épingle" (1962).
De regresso a Portugal foi assistente de Manoel de Oliveira em "Acto da Primavera" (1963) e "A Caça" (1964), estreando-se na realização, em 1962, com "Os Verdes Anos", obra-chave do cinema novo. Teve ainda participações como actor em filmes de Jorge Silva Melo, Manoel de Oliveira, João Canijo, Fernando Lopes e Raquel Freire.
Foi director do Centro Português de Cinema e Adido Cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio, onde estudou a vida e obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua longa-metragem "A Ilha dos Amores".
Lançou vários actores importantes para o cinema e o teatro, sendo de destacar a actriz Isabel Ruth, com quem trabalhou em quase todos os seus filmes. O seu último filme "Se eu Fosse Ladrão... Roubava", terminado este ano, não tem ainda data de estreia.
Paulo Rocha vai a enterrar, amanhã, no cemitério do Prado do Repouso, saindo às 15h00 da Igreja de S. João da Foz, no Porto.
domingo, 30 de dezembro de 2012
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