quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Massacre - Ópera para 5 cantores, nove instrumentos e electrónica


A imprevisibilidade é um dos traços do génio criativo do compositor austríaco Wolfgang Mitterer (n. 1958), cultor de uma linguagem de extremos, de tensões, multidimensional. Massacre é a primeira das suas óperas, género onde também inovou, fazendo coexistir composição acústica e electrónica, canto operático e improvisação. O libreto adapta “livremente” Massacre em Paris, peça do dramaturgo quinhentista Christopher Marlowe (inspirada no Massacre de São Bartolomeu, em Agosto de 1572, que deu início a uma onda de violência promovida por católicos contra protestantes), gesto que denuncia uma vontade de transportar o sangrento imaginário da intolerância religiosa para contextos mais contemporâneos. Apresentada em 2003 no Wiener Festwochen, ganha agora uma segunda vida, depois da T&M Paris – em associação com outros parceiros do Réseau Varèse, como a Casa da Música – ter encomendado ao encenador francês Ludovic Lagarde uma nova versão cénica, cuja estreia mundial acontece no palco do TNSJ.

Massacre - Ópera para 5 cantores, nove instrumentos e electrónica

música Wolfgang Mitterer
libreto Stephan Müller, Wolfgang Mitterer baseado em The Massacre at Paris, de Christopher Marlowe
encenação Ludovic Lagarde
dramaturgia Marion Stoufflet
cenografia Ludovic Lagarde, Sébastien Michaud
vídeo David Bichindaritz, Jonathan Michel
desenho de luz Sébastien Michaud
figurinos Fanny Brouste
interpretação Elizabeth Calleo, Valérie Philippin, Nora Petročenko, Jean-Paul Bonnevalle, Lionel Peintre (cantores) e Stéfany Ganachaud (bailarina)
direcção musical Peter Rundel
electrónica Wolfgang Mitterer
músicos Remix Ensemble: Angel Gimeno, Trevor McTait, António A. Aguiar, Vítor J. Pereira, Simon Breyer, Simon Powell, Jonathan Ayerst, Vítor Pinho, Mário Teixeira
co-produção T&M Paris, Casa da Música, Festival Musica, Schauspielfrankfurt; com o apoio de Réseau Varèse, subsidiado pelo Programa Cultura 2000 da União Europeia; em colaboração com o Théâtre de Saint-Quentin-en-Yvelines e Teatro Nacional São João e com a participação da Compagnie Ludovic Lagarde

20 e 21 de Setembro, no Teatro Nacional S. João, Porto

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