O Príncipe de Homburgo, de Heinrich von Kleist, com tradução e dramaturgia de Luísa Costa Gomes e encenação de António Pires e Luísa Costa Gomes, estreou no TeCA, no Porto, onde se manterá em cartaz até 16 de Maio. Com interpretação de Graciano Dias, João Araújo, João Barbosa, João Ricardo, Luísa Cruz, Marcello Urgeghe, Margarida Vila-Nova e Mário Redondo, é uma co-produção da Ar de Filmes, Centro Cultural de Belém e TNSJ.
"Frederico Artur, Príncipe de Homburgo, sonha com a glória. Passeia, sonâmbulo, até ao jardim do palácio, na véspera da batalha de Fehrbellín, que em 1675 opôs o Brandeburgo de Frederico Guilherme aos suecos do Rei Carlos Gustavo. Dormindo, entrança uma coroa de louros. Aí o encontram o Eleitor do Brandeburgo e respectiva Corte. Troçando, o Eleitor impõe-lhe a coroa. Desta aparentemente inócua brincadeira se desencadeia o drama de magnas e inesperadas consequências de O Príncipe de Homburgo, última peça de Heinrich von Kleist, concluída há duzentos anos, poucos meses antes de o génio romântico se suicidar com a amante cancerosa, junto a um lago de Potsdam. Escrita numa Prússia ocupada pelo exército napoleónico, O Príncipe de Homburgo foi classificada pelo próprio Kleist como um “drama patriótico”, mas o seu protagonista órfão, imaturo, contraditório, cheio de fraquezas e delírios de grandeza devolve à nação uma imagem pouco favorável de si própria. Ao confrontar-se com a peça, a escritora Luísa Costa Gomes percebeu de imediato que não poderia ficar-se pela leitura: traduziu-a e, na companhia de António Pires, estreia-se na encenação, para nos restituir a tragédia solitária de um príncipe escandalosamente humano e a surpreendente dinâmica dramatúrgica da obra de Kleist."
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